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F5 completa 10 anos trazendo leveza ao jornalismo da Folha

Média mensal de acessos do site passa de 22 milhões em 2021

Cleo, Neymar Jr. e Paolla Oliveira - Instagram
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São Paulo

Há 10 anos, no dia 31 de julho de 2011, estreava o F5, site de entretenimento da Folha. Na época, o terrorista Osama Bin Laden era morto em uma ofensiva americana no Paquistão, a Primavera Árabe mudava o mapa geopolítico do Norte da África e do Oriente Médio e, no Brasil, Dilma Rousseff (PT) acabara de assumir o primeiro mandato de presidente.

Por outro lado, era criado o concurso Miss Bumbum Brasil, o príncipe William se casava com a plebeia Kate Middleton, as panicats e funkeiras com nome de fruta viviam seu auge e Caetano Veloso estacionava o carro no Leblon. E, aos 90 anos, a Folha se aventurava na missão de criar um canal leve, divertido e informativo, que pudesse abraçar esses e outros assuntos.

"Criei o F5 em um momento no qual os sites estavam usando letras. Surgiram R7, G1... Pensei: 'Folha tem cinco letras, além de F5 ser a tecla do computador usada para atualizar as coisas'. Assim surgiu o site de entretenimento, fugindo completamente da fofoca", lembra o primeiro editor, Ricardo Feltrin, em entrevista recente ao jornal.

A ideia, desde o começo, era tratar todos os assuntos, por mais amenos que fossem, de forma jornalística. O foco não era a fofoca ou o colunismo social, mas as notícias que envolviam o universo dos famosos, além de outros assuntos inusitados que pudessem interessar ao leitor, mas não tinham espaço em outras editorias.

O nascimento foi pouco tempo depois da integração da redação da Folha Online, como era chamada a versão eletrônica do jornal então, com a equipe que editava o impresso. A fusão teve como objetivo que as editorias trabalhassem de forma conjunta nos conteúdos que iriam disponibilizar, qualquer que fosse a plataforma onde ele seria disponibilizado.

"O F5 obedecerá aos princípios que regem o jornalismo do Grupo Folha", anunciava o texto que apresentou o novo site na ocasião. "O novo portal se pautará pela atualização rápida, publicando curiosidades e notícias exclusivas da rede em tempo real."

Na estreia, o site contava com uma equipe de quatro colunistas exclusivos, falando sobre comportamento, celebridades e bastidores da TV. Único remanescente do grupo, Tony Goes escreve até hoje no site, opinando sobre tudo o que envolve o mundo do entretenimento.

Com o tempo, o time de colunistas se expandiu. Hoje, o site conta também com colunas sobre culinária (Aventura na Cozinha), o universo dos concursos de beleza (De Faixa a Coroa), sobre bastidores da televisão (Zapping), mundo digital (Bate-Papo na Web), literatura (Biblioteca da Vivi) e maternidade (Colo de Mãe).

Desde 2014, o site também passou a realizar o Prêmio F5, para destacar produções, atores, cantores e celebridades que se destacaram ao longo do ano. Os indicados são selecionados por uma comissão de repórteres e colaboradores, enquanto os vencedores são escolhidos pelo público.

Na estreia, a premiação contou com 20 categorias e, entre outros, entregou o prêmio de melhor novela para "Império", que atualmente é reprisada pela Globo. Em 2020, por sua vez, foram 30 vencedores e a premiação foi adaptada para contemplar categorias relacionadas ao ano marcado pela chegada do coronavírus ao país, como melhor programa feito durante a pandemia.

CAMPEÃO DE AUDIÊNCIA

A audiência do site respondeu positivamente desde a primeira publicação, uma entrevista com a atriz Alinne Moraes sobre o papel dela no remake da novela "O Astro" (Globo). Entre os famosos citados nos conteúdos campeões de cliques do site estão Cleo Pires, Paolla Oliveira, Scarlett Johansson, Neymar e Fernanda Paes Leme.

Sim, as pessoas querem conferir quais são as fotos sensuais mais curtidas da filha de Glória Pires e Fábio Jr. Também se interessam pela mansão onde o atacante costuma passar o Réveillon e, mesmo que neguem, adoram saber curiosidades da vida íntima de quem conhecem apenas pelas telas.

"O F5 sempre foi um canal com muita audiência", afirma Camila Marques, editora de Digital e Audiência do jornal. "É interessante destacar como já vimos, pelas redes sociais da vida, críticas ao fato de a Folha produzir e publicar reportagens com esta temática mais leve, sobre famosos, novelas e curiosidades. Criticam dizendo ser um jornalismo menor. Mas dados são dados: seja assinante, seja visitante esporádico, todo mundo lê o F5. Só em 2021, a média mensal de acessos passa de 22 milhões."

Mas a história do site não é contada apenas pelas coberturas leves. Outras notícias que tiveram grande apelo com o público foram as mortes do apresentador Gugu Liberato, em um acidente doméstico nos Estados Unidos em 2019, e de MC Kevin, neste ano, após cair da sacada de um hotel no Rio.

Em 2015, o drama de Andressa Urach, que foi parar na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) após o corpo dela rejeitar o hidrogel aplicado nas coxas, para deixá-las mais grossas, foi acompanhado de perto. Após quase morrer, ela virou evangélica e, mais recentemente, deixou a Igreja Universal disparando contra os bispos e voltou a se associar ao concurso Miss Bumbum, que a tornou famosa.

Têm destaque ainda as coberturas de Carnaval, com ênfase no que os famosos estão fazendo durante a folia, e de reality shows, como o BBB (Globo) e A Fazenda (Record). Além de acompanhar tudo o que acontece com os participantes confinados, os conteúdos incluem análises, acompanhamento da audiência e previsões de eliminação baseadas em enquetes e, desde o BBB 21, na popularidade digital dos participantes.

Outra mudança sentida ao longo da última década foi no tipo de dramaturgia consumida pelos brasileiros. Se antes as novelas reinavam absolutas, as séries vêm cada vez mais ganhando espaço e gerando interesse nos leitores com a explosão do número de plataformas de streaming.

A cobertura acompanhou a tendência e vem se debruçando cada vez mais sobre o formato, contando todas as novidades sobre as estreias mais populares e publicando entrevistas exclusivas com astros nacionais e internacionais.

O F5 em dez anos se moldou às muitas mudanças da sociedade, mas manteve sempre sua linha editorial básica: fazer jornalismo e levar informação.

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