Após ser processado pelos pais, homem de 30 anos deixa a casa da família
Pais alegam que Michael Rotondo não ajudava com os custos da casa e com tarefas domésticas
O homem de 30 anos que foi processado pelos pais por se recusar a deixar a casa deles finalmente abandonou o "ninho". Ele deixou a casa da família na sexta-feira, duas horas antes de vencer o prazo dado pelo juiz para que cumprisse a decisão judicial favorável aos pais.
De acordo com Christina e Mark Rotondo, o filho, Michael Rotondo, não ajudava com os custos da casa nem com as tarefas domésticas, e gastou o dinheiro que os pais ofereceram para que fosse viver em outro local.
O casal relatou à Justiça que Michael voltou a morar na casa da família há oito anos após ficar desempregado. O rapaz se recusava a sair mesmo depois de receber cinco cartas de despejo desde o início de fevereiro.
No dia 22 de maio, um juiz da Suprema Corte de Onondaga, no Estado de Nova York, deu razão aos pais de Michael. O advogado dos Rotondo, Anthony Adorante, disse que seus clientes não encontraram outra forma de obrigar o filho a se mudar.
As cartas de despejo
"Após discutir o assunto com sua mãe, decidimos que você deve deixar essa casa imediatamente", disse o pai na primeira carta de despejo enviada ao filho, em 2 de fevereiro, segundo os documentos do processo.
Quando Michael ignorou a mensagem, seus pais redigiram uma ordem de despejo propriamente dita, com a ajuda do advogado. "Você está sendo despejado por meio desta", diz o documento assinado por Christina em 13 de fevereiro.
"Medidas legais serão tomadas imediatamente se você não se mudar até 15 de março de 2018." Michael não saiu.
O casal escreveu, então, uma nova mensagem em 18 de fevereiro, oferecendo US$ 1,1 mil (cerca de R$ 4 mil) para que ele saísse. O texto incluía alguns comentários pessoais sobre o filho.
"Há empregos disponíveis para aqueles com um histórico profissional ruim como o seu. Consiga um - você precisa trabalhar", disseram os pais.
Em 5 de março, eles redigiram uma nova carta lembrando do prazo estipulado: "Não notamos nenhum sinal de que você está se preparando para sair. Saiba que tomaremos as medidas necessárias para garantir que você saia de casa como foi ordenado."
Em 30 de março, embora estivesse claro que Michael não tinha intenção de se mudar, os pais tentaram por uma última vez, com uma carta em que mandavam que o filho removesse seu carro quebrado da entrada da casa.
Em abril, os Rotondo desistiram de tentar sozinhos e recorreram à Justiça.
Seis meses de prazo
Numa audiência judicial, Michael argumentou que não foi notificado com antecedência suficiente e que precisava de um prazo mínimo de seis meses para deixar a casa dos pais.
O juiz do caso, Donald Greenwod, classificou o argumento de Michael de "indignante". O rapaz, que abriu mão de advogado e defendeu a si mesmo no processo, rebateu dizendo que "indignante" era o pedido de despejo.
"Não vejo por que não podem simplesmente esperar um pouco para que eu deixe a casa", afirmou, enquanto os pais dele observavam sentados.
Michael justificou dizendo que seis meses era um prazo "razoável para alguém que tem dependido de outras pessoas".
Mas ele reconheceu que gastou os US$ 1,1 mil que recebeu dos pais para se mudar e admitiu que não ajudava nas tarefas domésticas.
Nada do que o Michael disse convenceu o juiz, que concedeu a ordem de despejo.
Relação difícil
Ao sair da audiência, o homem de 30 anos declarou aos repórteres que recorreria da decisão. Contou que a relação com os pais se tornou "tensa" nos últimos tempos e que não falava ou interagia com eles em casa.
Michael também garantiu que tinha um emprego, mas não deu detalhes. "Meus negócios são meus negócios."
Briga por Lego na saída
Na sexta, Michael carregou seus pertences em sacolas pretas para fora da casa dos pais, enquanto cumprimentava os repórteres que acompanhavam o caso.
Mas a saída não foi absolutamente tranquila. Depois de guardar os bens no carro, o rapaz informou aos jornalistas que havia chamado a polícia porque o pai não deixou que ele retornasse à garagem de casa para buscar uns Legos. O brinquedo seria do filho de oito anos de Michael (que não vivia com eles).
O pai do homem de 30 anos não deixou o filho entrar e avisou que ele próprio buscaria o brinquedo.
Agentes da polícia chegaram ao local. Durante a confusão, os Legos apareceram, mas não se sabe quem tirou o brinquedo de dentro da casa dos pais de Michael.
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