'Onde Nascem os Fortes' acertou ao mesclar veteranos com novas apostas da emissora
Trilha sonora também foi destaque, incluindo de Gal Costa a Elton John
A série “Onde Nascem os Fortes” (Globo) chega ao fim nesta segunda (16) tendo a força de seu elenco como um trunfo para a história cair no gosto do público e da crítica. A série mesclou veteranos, como Fábio Assunção, Alexandre Nero e Patrícia Pillar, com atores jovens, como Alice Wegmann e Jesuíta Barbosa.
“O elenco todo é bom, mas destaco a Debora Bloch na pele de Rosinete. Foi uma trama de mulheres fortes e poderosas”, analisa o doutor em teledramaturgia Claudino Mayer.
Alexandre Nero aponta que o sucesso do trabalho é coletivo. “Acho que todos nós encaramos esse desafio de buscar o tom e a carga dramática de forma muito intensa, deixando de lado a tentação de ir pelo caminho mais fácil. Dá um orgulho”, conta.
Pelo lado da nova geração, Alice chamou para ela a responsabilidade de levar à TV uma mulher forte e decidida. “As pessoas têm me parado para falar da intensidade da Maria [papel dela]. Foi a personagem que mais exigiu de mim. Eu sei que sempre posso melhorar, mas tenho olhado para mim com mais carinho”, reflete a atriz, que é vista com bons olhos na Globo e já tem uma nova novela engatilhada.
SHAKIRA DO SERTÃO
Como os personagens Ramirinho e Shakira do Sertão, o ator Jesuíta Barbosa foi um dos grandes destaques da história de “Onde Nascem os Fortes” (Globo) —seu nome reinou entre os mais comentados nas redes sociais nos horários de exibição da série.
De acordo com ele, não foi fácil trabalhar com a dualidade dos personagens, mas o resultado valeu a pena.
“É um papel que foi muito difícil para mim. Por mais que sejam a mesma pessoa, são duas versões dessa pessoa. Enquanto o Ramirinho é muito aprisionado, a Shakira é liberdade. Então, por ter essa contradição, vira algo muito rico em cena”, destaca o ator, em entrevista ao site GShow.
No último capítulo da trama, inclusive, há grande chance de Ramiro/Shakira ser apontado como autor do disparo que matou Nonato (Marco Pigossi). O crime teria sido cometido a mando do pai, Ramiro (Fábio Assunção), com quem sempre viveu uma complicada relação. O ator, claro, faz mistério.
E por falar em Fábio Assunção, Barbosa revela como o ator o ajudou a ter destaque. “O Fábio é um homem radiante, tem uma luz interna e externa que me deixa à vontade. É muito generoso”, diz.
TRILHA SONORA
A série também acertou na trilha sonora. Na lista de artistas que embalaram as histórias com sua voz, destacam-se Gal Costa, com “Vapor Barato”, Elton John, com “Your Song”, Fagner, com “Jura Secreta”, e Zé Ramalho, com “Canção Agalopada”.
O autor George Moura conta como as músicas influenciam positivamente na construção de cada narrativa.
“O diretor José Luiz Villamarim usa a trilha como um recurso paralelo para contar a história. Isso desde o processo de ensaios e filmagem. Nós, autores, sugerimos canções e opinamos, mas a decisão final se dá no momento da sonorização do capítulo antes da exibição”, comenta.
A trilha, bastante marcante e com músicas de mensagens fortes, é eclética. Tanto que há espaço até para o sertanejo “50 Reais”, de Naiara Azevedo. A melodia serviu de pano de fundo para as cenas de Jesuíta Barbosa como Shakira do Sertão.
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