'Mulheres Apaixonadas', o retorno: Tony Ramos relembra tiroteio
Sequência parou o Leblon e foi aplaudida por multidão: novela de Manoel Carlos volta ao ar no dia 29 na TV Globo
A partir de 29 de maio, Tony Ramos será um bom sujeito à tarde e malvado à noite. Intérprete do vilão Antônio La Selva em "Terra e Paixão", o ator será visto novamente como o saxofonista Téo de "Mulheres Apaixonadas", próximo título do Vale a Pena Ver de Novo, na Globo.
Na novela de Manoel Carlos, exibida originalmente há 20 anos, Téo toca com sua banda no bar de um hotel na zona sul do Rio de Janeiro, cenário que por vezes foi alvo das piadas do Casseta & Planeta, nos tempos em que a Globo tinha programa de humor na grade regular.
No início da história, Téo se apresenta em um casamento monótono com a Helena da vez, papel de Christiane Torloni. A relação logo dá sinais de crise.
Téo é irmão de Lorena (Susana Vieira), pai de Luciana (Camila Pitanga), fruto de um romance com a cantora Pérola (Elisa Lucinda, também no ar atualmente em "Vai na Fé", novela das sete), e Lucas (Victor Cugula), filho biológico de Fernanda (Vanessa Gerbelli), com quem teve um caso anos atrás.
No final da novela, ele terá a prova de DNA que o mostra como pai da pequena Salete, também filha de Fernanda. A personagem lançou Bruna Marquezine na TV, aos 8 anos, já sob aplausos na época.
Para Tony, há várias cenas marcantes nesse enredo, como o fim do casamento com Helena e o momento em que ele toma conhecimento de que Salete é sua filha.
Mas a sequência mais memorável das gravações está na sequência da troca de tiros que acaba atingindo Fernanda: "A cena mais marcante, sem dúvidas, é quando Vanessa Gerbelli e eu estamos numa rua do Leblon, a Dias Ferreira, e bem realisticamente, o Papinha [Rogério Gomes], diretor da novela, realiza um tiroteio. As filmagens duraram dois dias, e a TV Globo avisou a toda aquela área que teria essa gravação."
"Nesse tiroteio entre policiais e assaltantes", segue Tony, "o Téo e a Fernanda ficam no meio". "Consequentemente, ela recebe uma bala, vai para o hospital e acaba falecendo. O meu personagem também recebe tiro, fica na UTI por vários capítulos. Ali houve, sem dúvidas, vários momentos de muita emoção. E é inesquecível como há uma virada na história da novela naquele momento", relembra o ator.
A gravação citada por Tony atraiu, na época, mais de 1.500 curiosos e, ao todo, mais de 400 pessoas estiveram envolvidas nas filmagens, entre diretor, assistentes de direção, câmeras, cenógrafos, produtores de arte, figurinistas, seguranças, equipe técnica e coordenadores de trânsito. Para simular o engarrafamento, foram usados 120 carros de figuração, com 100 figurantes e 20 dublês de ação circulando no set a céu aberto.
Profundo conhecedor da obra de Maneco, que recentemente completou 90 anos, Tony Ramos já esteve em várias novelas do autor, inclusive como gêmeos ("Baila Comigo", 1981), e enaltece o texto do dramaturgo: "Eu brincava com ele, conversando, e falava sempre: ‘Maneco é aquele que olha pela janela, mas não olha por olhar; ele olha tentando entender cada ser humano’. E daí surgem as grandes e atuais histórias dele".
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