Pedro Bial volta ao estúdio: confira novo cenário do Conversa
Há até lugar para banda, mas sem plateia presencial; programa também inaugura formato de séries temáticas
Depois que a pandemia nos forçou a ver as vantagens das entrevistas remotas, o Conversa, programa que sucedeu o Programa do Jô nos inícios de madrugada da Globo, resolveu aproveitar o formato mesmo com a retomada dos encontros físicos. Mas a proposta de trafegar entre a casa do apresentador e algumas entrevistas em estúdio neutro ou no local onde estava o entrevistado, de certa forma, diluiu um pouco a identidade do Conversa.
Ter um cenário titular dentro de estúdio pareceu agora, à Globo e ao apresentador, a melhor forma de conjugar todas as possibilidades de entrevista. Assim, a atração volta ao ar na próxima terça-feira, 7 de março (na verdade, já madrugada do dia 8), com cara própria em um novo cenário, que até abre espaço para a apresentação de banda quando for o caso de receber músicos, mas já não dispõe daquela plateia que fazia a alegria do Programa do Jô e o do próprio Bial nos três primeiros anos do Conversa.
Bial tampouco volta a ter uma banda própria. Seria mais bacana? Seria, mas a verdade é que o custo de produção não mostra compensação em relação ao benefício que o programa traz. As conversas são, de fato, o alvo do investimento prioritário, com a missão de reverberar e pautar outras conversas, por redes sociais ou não, no dia seguinte.
O apresentador também não pretende abandonar o formato remoto, especialmente pela oportunidade que isso lhe dá em conversas internacionais. Daí a configuração desse novo cenário, que comporta papos de videochamadas.
"Na pandemia encontramos um jeito de fazer com outros recursos, novos. E decidimos levar essas ferramentas, que descobrimos fazendo o programa de casa, para o estúdio, onde faremos presencial, mas será também um polo central para eu falar com todo o mundo via link de internet", explica Bial.
Diretora artística do programa, Monica Almeida corrobora que a nova temporada condensa o melhor de todo aprendizado dos últimos anos: "Vamos aproveitar um pouco de tudo o que aprendemos. Aprendemos a fazer o remoto, o que nos propiciou entrevistas que eu não sei se conseguiríamos presencial, como com o Obama e tantas outras."
Monica lembra que o "formato híbrido" também permitiu que a equipe fosse ao encontro do entrevistao em locações, fora do estúdio, "algo mais íntimo". "Isso nos rendeu entrevistas lindíssimas, como com Mateus Aleluia e Ailton Krenak. Faremos uma mistura muito boa de tudo isso no estúdio".
Outro destaque está no conteúdo: a edição contará com séries temáticas, compostas por entre dois e cinco programas, proporcionando um aprofundamento no assunto ou no entrevistado. "Teremos programas que poderão durar duas noites ou uma semana inteira, e isso a partir de um tema ou de alguém que encarne esse tema e irradie através de outros convidados", acrescenta Bial.
Ainda neste ano, o jornalista estará à frente do Linha Direta, programa sobre crimes que a Globo promete trazer de volta em uma versão reciclada.
Com direção artística de Monica Almeida, o Conversa com Bial vai ao ar na TV Globo de segunda a sexta, após o Jornal da Globo, mas vai evitar estrear nova temporada na segunda-feira, dia em que a Globo promove um verdadeiro jogo da discórdia com o espectador interessado no Tela Quente, no Jornal da Globo ou no Bial, em função do Jogo da Discórdia do BBB, que empurra toda a programação para mais tarde.
O Conversa com Bial também é exibido no canal internacional da Globo e no Globoplay, onde fica disponível de modo completo ou em áudio, em formato de podcast.
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