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Zapping - Cristina Padiglione

BBB 23: Globo cresce ao mostrar que vale meter a colher em briga de casal

Programa agiu rápido com alerta de Tadeu Schmidt a Gabriel Tavares sobre Bruna Griphao, e fugiu da tentação de explorar barraco maior

Uma mulher loira de blusa de alcinha preta esta sentada no sofá, um homem agachado à sua frente, de boné, segura o colar que está pendurado no pescoço dela
Gabriel e Bruna Griphao em momento de estresse - Instagram
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São Paulo

Em sua 23ª edição, e já tendo presenciado casos similares antes, o BBB agiu rápido e de modo acertado para frear o que já se configura um relacionamento abusivo entre Gabriel Tavares e Bruna Griphao, tendo a moça como uma vítima incapaz de perceber a situação, como acontece normalmente na vida real, digo, fora da casa da Globo.

Tadeu Schmidt foi curto e objetivo na sua intervenção: repetiu frases que apontam para esse quadro e reações de outros participantes na convivência com o casal, para dizer que certas coisas não são aceitas "nem de brincadeira em uma relação afetiva".

"Estou aqui para fazer um alerta antes que seja tarde", começou Schmidt.

Antes que alguém diga que Boninho, o maestro do reality, não faça nada além de sua obrigação, aí está Emily Araújo, vencedora do BBB 17, para parabenizar a Globo e lembrar em suas redes sociais que nem sempre foi assim --ela mesma foi vítima de situação similar, que só mereceu clara intervenção do programa quando ela esteve à beira de uma agressão física.

A Globo tem bons motivos para aproveitar o assunto até como um merchandising social.

É altamente eficiente discutir isso num reality show, muito mais do que em um telejornal ou novela, porque trata-se de um exemplo prático, de verdade, vendido como entretenimento, e portanto como informação que alcança o telespectador pelo lado emocional.

Faltou essa clareza em outras ocasiões vistas no histórico do BBB. Quando ela chegava, vinha com atraso, ou só depois de um dos envolvidos em episódios similares ser eliminado do jogo.

A decisão leva em conta o risco de a direção do programa afetar as relações dentro da casa, o que deve acontecer na mínima medida possível, e também de deixar de faturar com o dito "quanto pior melhor", como acontece usualmente na "Fazenda", da Record. Como se sabe, quanto maior o barraco, maior é a repercussão e audiência.

Não é possível tirar proveito de situações de violência emocional configuradas a partir da repetição de um determinado comportamento, como acontece no caso de Bruno. O BBB, assim como a Fazenda, está muito focado em punir agressões físicas, mas é preciso o mínimo de bom senso para intervir, sim, em casos como este.

O QUE DISSE TADEU

"Cara de Sapato falando sobre o casal Gabriel e Bruna: 'Vocês são um casal muito chato', disse Cara de Sapato. Tina falando sobre o mesmo casal: 'Vocês dois são tóxicos'. Fora algumas caras incomodadas diante de certas cenas entre Gabriel e Bruna."

"Vocês estão percebendo que tem alguma coisa errada? Estou aqui para fazer um alerta antes que seja tarde. Quem está envolvido em um relacionamento, talvez nem perceba, ache que é normal. Mas quem tá de fora consegue enxergar quando os limites estão prestes a serem gravemente ultrapassados".

Tadeu sublinhou uma frase dita por Gabriel a Bruna: "Olha esse diálogo que aconteceu ontem. Bruna falando: 'Eu sou o homem da relação'. Gabriel falando: 'Mas já já você vai tomar uma cotoveladas na boca'".

"Gabriel, em uma relação afetiva, certas coisas não podem ser ditas nem de brincadeira. Esse é o recado que eu queria deixar para vocês", alertou o apresentador.

A intervenção aconteceu pouco antes da formação do primeiro paredão da casa, neste domingo (22), e o casal se afastou nos momentos seguintes. Schmidt poderia enumerar até outros exemplos do mau comportamento de Gabriel com Bruna, mas concentrou-se nas frases mais contundentes.

Zapping - Cristina Padiglione

Cristina Padiglione é jornalista e escreve sobre televisão. Cobre a área desde 1991, quando a TV paga ainda engatinhava. Passou pelas Redações dos jornais Folha da Tarde (1992-1995), Jornal da Tarde (1995-1997), Folha (1997-1999) e O Estado de S. Paulo (2000-2016). Também assina o blog Telepadi (telepadi.folha.com.br).

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