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Zapping - Cristina Padiglione

Galvão Bueno diz que sentirá falta de Casagrande na Copa do Qatar

Narrador fala que poderá voltar a trabalhar com o comentarista e comenta a ausência de antigos companheiros de Globo

Galvão Bueno e Walter Casagrande Jr.
O narrador Galvão Bueno e o comentarista e ex-jogador Walter Caagrande Jr. em transmissão de futebol na Globo - Divulgação
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São Paulo

A despedida de Galvão Bueno como narrador da Globo está marcada para acontecer ao final da Copa do Qatar, em 18 de dezembro deste ano, mas sem boa parte do time que acompanhou o principal nome do esporte na TV ao longo dos últimos 30 anos.

Durante a entrevista que Galvão deu ao jornalista Paulo Passos e a mim para a Folha (confira a publicação aqui) sobre as expectativas para o seu último mundial e os momentos marcantes de sua trajetória de mais de 40 anos de Globo , ele admitiu que sentirá falta de vários companheiros que estiveram com ele até a Copa da Rússia, como os repórteres Tino Marcos e Mauro Naves, além dos comentaristas Arnaldo Cézar Coelho e Walter Casagrande Jr., hoje colunista da Folha.

"O Casa é um amigo querido, o Casa é um cara que tem um coração desse tamanho, é um cara que não foi ao fundo do poço, ele foi pra baixo do fundo do poço e voltou", disse Galvão, lembrando da recuperação do comentarista e ex-jogador de problemas com a dependência química. O narrador citou então a comoção de Casagrande ao final do mundial da Rússia, quando ele celebrou o fato de ter encerrado sua primeira Copa fora do Brasil, na função de comentarista, completamente sóbrio.

"Uma das maiores emoções que eu tive foi o fim da Copa de 2018, com aquela declaração dele, que eu comecei a chorar ao lado dele. Eu tive uma participação muito próxima a ele nessa recuperação dele e ele sempre reconheceu publicamente isso. Não trabalhar com ele agora, eu vou sentir falta."

O narrador, que pretende ter seu próprio canal no ambiente digital após a saída da Globo, e já tem acordo fechado com a Play9, empresa do youtuber Felipe Neto, deixou ainda no ar a possibilidade de voltar a trabalhar com Casagrande. "A gente se fala, está sempre se falando, quem sabe não tem um lugar pra ele nesse projeto novo?"

A resposta em que Galvão se estendeu sobre o comentarista que o acompanhou desde a Copa de 2002 veio a partir da pergunta sobre o suposto alívio do pai de Neymar com a saída de Casagrande da Globo, no início de julho, conforme relatou reportagem da revista Placar.

Galvão então disse que "Neymar virou uma entidade". A cada crítica que o jogador recebe, sua irmã "vai às redes sociais" para rebater e seu pai faz "textos pesados".

Assim como Casagrande, que ganhou destaque no catálogo do Globoplay com um documentário (Casão num Jogo Sem Regras é um dos títulos mais vistos da plataforma), Galvão também terá direito ao seu documentário no streaming, produção que vem sendo realizada pela equipe da própria Globo, sob direção de Sidney Garambone, para contar sua trajetória.

PODE ISSO, ARNALDO?

O narrador lembra ainda que será uma Copa "sem Tino, sem Mauro Naves, sem Casa, sem Ronaldo, sem Falcão e sem Arnaldo", ainda que demonstre boa expectativa em voltar a narrar ao lado de Júnior, comentarista que irá ao Qatar, além de Caio Ribeiro, enquanto Ana Thais Matos ficará a serviço do mundial no Brasil, como a maioria dos profissionais escalados para a transmissão da vez.

O repórter Erick Faria ocupa o espaço que foi de Tino Marcos e Mauro Naves nas reportagens presenciais no Oriente Médio.

A equipe que a Globo levará ao Qatar será a mais enxuta já levada a uma Copa desde os anos 1980. Entre os narradores, apenas Galvão e Luís Roberto, tratado como seu sucessor no futebol da Globo, viajarão pela TV aberta. Cléber Machado, Renata Silveira e Gustavo Villani assumirão o microfone diretamente do Brasil.

"Eu acho que vai ser muito bacana, vou conversar bastante com o Júnior. Seremos dois narradores da TV aberta lá, eu e Luís Roberto. O Sportv vai com Luiz Carlos e Milton Leite, e o restante será feito do Brasil", reforça Galvão. "Na Rússia já foi assim, [a Copa] foi praticamente toda feita do Brasil. Nós éramos uma equipe um pouquinho maior."

Zapping - Cristina Padiglione

Cristina Padiglione é jornalista e escreve sobre televisão. Cobre a área desde 1991, quando a TV paga ainda engatinhava. Passou pelas Redações dos jornais Folha da Tarde (1992-1995), Jornal da Tarde (1995-1997), Folha (1997-1999) e O Estado de S. Paulo (2000-2016). Também assina o blog Telepadi (telepadi.folha.com.br).

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