Fim do Vídeo Show foi determinado por sucessivas derrotas
Tentativas de reforma não funcionaram
Anunciado na terça (8) em um comunicado sobre a programação de janeiro, o fim do Vídeo Show é resultado de sucessivas reformas que não deram certo na tentativa de combater as derrotas de audiência para a Record.
Quadro de fofocas pilotado por Fabíola Reipert, com Reinaldo Gottino e Renato Lombardi no Balanço Geral, A Hora da Venenosa liderou a audiência do horário em 2018, por 9,9 pontos a 9,6. Parece pouco, mas, para a liderança da Globo, é o suficiente para se declarar um fracasso.
Há 35 anos no ar, o programa de variedades mais longevo da Globo se despede nesta sexta-feira. A partir de segunda, a Sessão da Tarde começará mais cedo (às 14h), sendo sucedida por uma seleção de episódios de "A Grande Família".
Desde a saída de Otaviano Costa da bancada, a Globo tentou lançar novos nomes na apresentação, ao lado de Joaquim Lopes e Sophia Abrahão, apelando até para ex-BBBs e nomes do humor, como Márvio Lúcio, o Carioca (ex-Pânico) e Maurício Meirelles (ex-CQC).
Apresentador do programa por 13 anos (de 1987 a 2000), em sua melhor fase, Miguel Falabella disse que não lamenta o fim do Vídeo Show porque “tudo tem seu ciclo”. “Terminar, tudo termina. Nós terminamos, imagina um programa! As boas lembranças ficarão”.
DESFECHO NÃO FOI PLANEJADO
Surpresa até mesmo para a equipe, que só soube ontem do fim do programa, a decisão de colocar fim ao Vídeo Show veio sem planejamento, contrariando uma tradição no histórico da Globo. Tanto assim que a emissora usará “A Grande Família” como tapa-buraco.
A escolha por um programa que fez sucesso por 14 anos, capaz de atrair todas as idades e faixas sociais, vale como teste para um novo projeto ou até outras reprises.
Sem um projeto imediato para combater a liderança da Record no horário, a Globo ao menos deixará de gastar com uma produção inédita, tapando essa vaga com "Sessão da Tarde", em que o filme nunca é inédito, seguida de outras reprises.
São altas as apostas em torno de Fernanda Gentil para um novo projeto diário à tarde. A jornalista deixou recentemente o Esporte Espetacular para se dedicar a um novo programa de entretenimento, ainda não divulgado.
Depois de acertar a renovação de contrato de Sabrina Sato, a Record ajustou a situação de Marcos Mion, que chegou a ficar uma semana desempregado. A emissora renovou seu compromisso com Mion pelos próximos três anos.
OUTROS DRAMAS
O canal Viva vai reprisar "Terra Nostra” (1999), “O Cravo e a Rosa” (2000) e “Porto dos Milagres” (2001) na próxima temporada, começando por “Porto”, que estreia no dia 11 de fevereiro, no lugar de Vale Tudo . Como foi adiantado aqui, “Roda de Fogo” (1986) voltou para a gaveta pela segunda vez.
Muitos noveleiros vêm fazendo barulho na internet contra a nova seleção de folhetins do Viva, todos produzidos há menos de 20 anos. Os telespectadores do canal têm franca predileção por tramas mais antigas.
Até bem pouco tempo atrás, a Globo sustentava uma política de reservar as novelas das duas últimas décadas ao Vale a Pena Ver de Novo, deixando as mais velhas de fato no Viva, mas parece que essa estratégia mudou.
NO FOGÃO
A Record acaba de abrir inscrições para o Top Chef, mais um reality show de gastronomia. O comando será de Felipe Bronze, astro de programas do gênero no canal pago GNT. Na trilha do sucesso do Masterchef, o reality terá só profissionais em cena.
MEMÓRIA
Como parte das comemorações por seus 50 anos, a TV Cultura estuda produzir um remake de algum programa de seus vasto acervo. Quem Sabe Sabe e É Proibido Colar lideram as preferências para a realização de uma nova versão.
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