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Celebridades

Veterano em tramas bíblicas, Felipe Cunha diz que se cansa se ficar parado

Protagonista de 'Topíssima', ator se prepara para entrar em 'Gênesis'

Felipe Cunha Instagram/felipeocunha

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São Paulo

Após uma sequência de personagens bíblicos, o ator Felipe Cunha, 34, se prepara para viver mais um. Com sete anos de carreira na TV, o artista acumula participações --grandes e pequenas-- em seis novelas e séries religiosas da Record. Agora, entrará também em "Gênesis".

Cunha, que começou no teatro e no cinema, estreou na TV em "Vitória" (Record, 2014-2015) antes de passar por “Milagres de Jesus”, “Os Dez Mandamentos”, “A Terra Prometida”, “Apocalipse”, “Lia” e “Jesus”. Agora, dará vida a Ruben, o mais velho dos 12 filhos de Jacó, na última fase de "Gênesis".

Sua chegada a "Gênesis", no entanto, fará com que o ator apareça em dose dupla na TV, já que a Record também reprisa atualmente "Topíssima" (2019), novela que ele protagonizou e classifica como um divisor de águas, justamente por ser uma trama contemporânea em meio a tantos trabalhos religiosos.

“Estava acostumado com as [novelas] bíblicas que têm uma estética e um clima diferentes. Fazer uma novela que mostra história atual foi quase como recomeçar. Traz esse frescor do diálogo, da vida, da correria”, recorda Cunha, que continua: “Recordar é viver. Não se reprisa o que não foi legal”.

O ator comemora, inclusive, a boa audiência da reprise, em torno dos oito pontos no Ibope, com picos de 12 pontos, o que fez a Record investir na segunda temporada da trama. A princípio, Felipe Cunha e Camila Rodrigues estavam confirmados, mas a emissora teve de paralisar a programação na pandemia.

“O projeto seria rodado no final de 2020 ao término de ‘Amor sem Igual’. Mas desorganizou tudo, não sabemos o que vai rolar. Mas é do interesse da casa que tenha uma nova leva de episódios, pois senão não estariam reprisando a primeira parte. Estamos à mercê da vacina. Com andamento dela, até o meio do ano talvez surja possibilidades mais claras desse retorno”, diz o ator.

Enquanto aguarda, Cunha se diverte revendo a primeira parte. “Engraçado, nunca gostei muito de me ver na TV, mas essa eu assisto, é importante avaliar o que deu certo. Estou todos os dias buscando possibilidades, aprendendo a fazer o que amo de novas formas. ‘Topíssima’ foi uma escola”, afirma.

Na trama, Cunha dá vida a Antônio, um homem de origem humilde e líder comunitário do Vidigal, no Rio, que assume o sustento da família após a morte do pai. “Os maiores índices de Ibope dela foram em Salvador. Por isso que gravamos o último capítulo na capital baiana e que ‘Topíssima 2’ seria filmada lá. Estive em Salvador no último mês e a repercussão é enorme. Me aproximei mais do público”, conta.

VIDA DE DIRETOR E NOVOS PROJETOS

Mas nem só de atuação vive Felipe Cunha. Durante toda a sua trajetória, o artista conciliou a carreira em frente às câmeras com a por trás delas. Agora, se prepara para concluir um de seus projetos mais audaciosos: a realização de uma série de terror, segmento pouco explorado no Brasil.

A série, intitulada “Prenúncio”, tem Camila Rodrigues no elenco. A história, segundo Cunha, ainda é embrionária e o martelo a respeito dela não foi batido. Porém, a ideia base da trama gira em torno de uma criança que nasce com um distúrbio psicológico que a faz reviver situações traumáticas. Na trama, ela perde o irmão afogado, perdeu o pai e a mãe foi internada pelo mesmo fator psicológico.

“E esses surtos que ela tem são o que movimentam as situações que rodeiam o terror da trama. Mas ela não consegue se lembrar do que fez. Tem amnésia após as crises”, afirma ele. “Eu nunca fui de ver terror, mas quando o projeto chegou para mim, a estética dele me interessou. Se nas cenas da TV nós queremos iluminar, nas cenas de terror nós queremos colocar sombras”, explica.

A ideia dele é transformar o roteiro em três temporadas de sete episódios casa. Apesar de ser um segmento inédito no Brasil, ele cita como exemplos “Desalma”, do Globoplay”, e “Cidade Invisível”, outro projeto brasileiro disponível na Netflix com protagonismo de Marco Pigossi.

“Estamos transitando mais nesse universo fantástico e para mim foi um tremendo desafio. Tomara que vire uma série. Seria uma grande conquista esse ano”, afirma Cunha. O projeto foi lançado em versão de curta-metragem em festivais e agora há uma negociação com o intuito de colocá-lo em formato de série e vender a plataformas.

Além de “Prenúncio”, Cunha coloca as suas fichas num documentário que aborda a história de vida da paranormal e terapeuta baiana Halu Gamashi. A tendência é que ele seja lançado neste primeiro semestre. Cunha também rodou um filme com Cássia Linhares que deve ser lançado assim que a pandemia deixar.

Não bastasse tudo isso, Cunha ainda tem para tirar do papel um piloto de sitcom com Aline Riscado no elenco que é baseado na peça de comédia “Acredite, um Espírito Baixou em Mim”. Porém, mais uma vez a pandemia fez com que ele deixasse de lado a obra. A tendência é que ela seja vendida a uma emissora de TV aberta até o final do ano.

DO EXÉRCITO PARA OS PALCOS

Muita gente não sabe, mas o ator e diretor Felipe Cunha tem carreira militar. Em 2005, aos 18 anos, ele entrou para o Exército e por lá ficou até 2014, ano de sua estreia na TV com a novela “Vitória". Mas engana-se quem pensa que ele deixou a carreira militar por causa da dramaturgia.

“As duas coisas seguiam paralelas. Eu era um militar que fazia teatro. Em Belo Horizonte, sempre houve um movimento teatral forte. Mesmo não sendo parte do eixo Rio - São Paulo, BH tem um celeiro cultual grande do qual sempre fiz parte. Em 2014 só dei seguimento a esse ramo”, relembra ele, mineiro de Araçuraí.

Os nove anos no Exército foram importantes para Cunha, afirma ele. “Sou filho de uma professora e de um autônomo. Foi uma maneira de financiar meus estudos. Através do militarismo que estudei. Sem contar o verniz social que o Exército te dá nos quesitos respeito e comprometimento”, afirma.

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