Socialite vítima de suposto cárcere privado voltará ao edifício Chopin com medida protetiva, diz amigo
Regina Gonçalves, 88, foi autorizada a retornar a seu apartamento e terá segurança reforçada
Regina Lemos Gonçalves, a socialite carioca que teria sido vítima de cárcere privado em seu apartamento no edifício Chopin, foi autorizada pela Justiça nesta quinta-feira (25) a retornar à sua casa.
João Chamarelli, amigo de Regina e porta-voz da família, informou ao F5 que a socialite obteve uma medida protetiva de urgência contra José Marcos Chaves Ribeiro, seu antigo motorista, que a família acusa de tê-la dopado e mantido em cárcere privado por mais de um ano. O caso corre em segredo de Justiça.
A socialite, que teria fugido de José Marcos, está na casa do irmão, no Rio. De acordo com o amigo, o apartamento começou a ser higienizado e a expectativa é que Regina retorne neste final de semana, com segurança reforçada.
A medida protetiva de urgência foi deferida pelo Tribunal de Justiça do Rio e impõe a Ribeiro que mantenha pelo menos 250 metros de distância de Regina e do edifício Chopin.
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E GOLPE FINANCEIRO
A relação de Regina e Marcos teve início em 2011, quando ele foi contratado como motorista da socialite, que é viúva do empresário Nestor Gonçalves.
Segundo familiares e amigos próximos de Regina, o motorista ganhou confiança da viúva e passou a tomar conta de seus imóveis, carros e outros bens. Aos poucos, começou a interceptar telefonemas e impedi-la de receber visitas. Familiares e amigos divergem se os dois tinham um relacionamento amoroso.
Em 2014, o sobrinho de Regina, Álvaro McWhite, desconfiou que Marcos drogava a tia com remédios para dormir, falsificava documentos e a agredia fisicamente. O homem teria roubado mais de R$ 20 milhões em joias e obras de arte e vendido um imóvel de Regina por R$ 5 milhões, embolsando o valor. O sobrinho diz não ter ido à polícia por medo de represália.
Vizinhos do edifício Chopin deram por falta da socialite após ela ficar meses sem ser vista e permanecer inacessível por telefone. Soube-se depois que Regina teria passado todo o tempo, cerca de um ano e meio, confinada no imóvel.
José Marcos foi procurado pela reportagem diversas vezes desde o início da semana, mas não atendeu às ligações.
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