Record foi TV que menos deu espaço para a morte de papa Francisco; Globo noticiou caso por 7h
Emissora de Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus, até falou do assunto, mas de forma discreta, em pouco mais de 15 minutos da sua programação
Assunto de destaque na imprensa mundial na segunda-feira (21), a morte de papa Francisco dominou o noticiário da TV brasileira. Menos na Record. A emissora da Barra Funda foi a que menos deu tempo de tela para o fato em sua programação.
Levantamento realizado com exclusividade pela coluna mostra que, no dia em que o papa morreu, a Record falou do assunto em todos os seus telejornais, inclusive no Jornal da Record, exibido em horário nobre. Mas de forma bem discreta.
Somados, os telejornais só transmitiram reportagens sobre a morte do pontífice por 15 minutos e 10 segundos. O Fala Brasil, outro jornal de rede da emissora, abriu espaço para o assunto por um minuto e 40 segundos.
O Hoje em Dia, que mistura jornalismo e entretenimento, ocupou um minuto e cinco segundos de sua programação para noticiar o fato. Todas as outras citações foram no Balanço Geral e no boletim Jornal da Record 24 Horas, exibidos ao longo da programação.
Dedicar um tempo curto para assuntos da Igreja Católica é prática comum na Record desde os anos 1990, quando Edir Macedo comprou a empresa. A Record também fez uma cobertura discreta sobre a morte do papa João Paulo 2º, em 2005; e a saída do papa Bento 16, em 2013.
A Globo foi a emissora aberta que mais deu tempo ao assunto, com 7 horas e 54 minutos, divididos em seus telejornais, flashes durante a programação e atrações de entretenimento, como o Encontro com Patrícia Poeta e Mais Você com Ana Maria Braga. Somente o Jornal Nacional e o Jornal Hoje, somados, dedicaram 4 horas.
Já o SBT, que foi a primeira TV aberta a noticiar a morte do papa, falou sobre o assunto por 4 horas e 35 minutos em rede nacional. Somando o tempo dos programas que foram ao ar apenas para São Paulo e para cidades que não tinham programação regional, foram 7 horas e 48 minutos.
Foi a segunda rede a mais falar do caso, pouco à frente da Band, que dedicou 4 horas e 32 minutos de sua programação para repercutir o caso.
A RedeTV! falou por 1 hora e 54 minutos, entre boletins e seus principais telejornais. A expectativa é que a cobertura aumente na TV brasileira, com a realização do conclave para a escolha do novo papa.
A Globo enviou Cesar Tralli, Nilson Klava e Murilo Salviano para reforçar a cobertura já feita por Ilze Scamparini no Vaticano. O SBT deslocou seu correspondente na Europa, Sergio Utsch. Band e RedeTV! fizeram o mesmo.
Até a tarde desta terça (22), a Record não mostrou jornalistas fazendo a cobertura in loco nem divulgou planos de enviar algum profissional para a Itália.
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