'Pecado Capital' volta ao ar após 46 anos; veja como estão os atores hoje
Com Francisco Cuoco e Betty Faria, folhetim de 1975 chega ao Globoplay
Com Francisco Cuoco e Betty Faria, folhetim de 1975 chega ao Globoplay
"Dinheiro na mão é vendaval/É vendaval/Na vida de um sonhador/De um sonhador". Os mais antigos que escutam o início da música de Paulinho da Viola logo se lembram da novela "Pecado Capital", de 1975 e 1976, da Globo. A canção foi encomendada ao compositor e feita e gravada por ele em 24 horas para a abertura da trama assinada por Janete Clair.
No folhetim, que estará disponível aos assinantes do Globoplay a partir desta segunda-feira (31), Carlão (Francisco Cuoco) é um motorista de táxi que se vê diante de um impasse moral após ladrões esquecerem no carro dele uma mala com dinheiro roubado: entregar a grana à polícia ou usar o valor para resolver seus problemas?
A trama também aborda o complicado relacionamento de Carlão com Lucinha (Betty Faria), mulher de gênio forte e ambiciosa que vira modelo e se envolve com o rico empresário Salviano Lisboa (Lima Duarte). Veja a seguir por onde andam os principais atores do elenco da novela, considerada uma das melhores de Janete Clair e que ganhou um remake em 1998, mas que não obteve o mesmo sucesso.
Antes de ser escalado para fazer o herói nada convencional de "Pecado Capital", Francisco Cuoco já era querido pelo público por interpretar galãs como Cristiano Vilhena da primeira versão de "Selva de Pedra" (Globo, 1972) e o médico Fernando Silveira de "Redenção", novela da TV Excelsior de 1966, que teve impressionantes 596 capítulos e ficou dois anos no ar.
Em 1975, o ator seria o protagonista Luis Roque Duarte, de "Roque Santeiro", quando a trama de Dias Gomes foi censurada pela ditadura militar. "Pecado Capital", de Janete Clair, substitui a história usando os mesmos protagonistas. Assim, Cuoco virou o motorista de táxi Carlão, personagem que ficou marcado na extensa carreira do artista.
Na parceria com Janete Clair —também autora de "Selva de Pedra"— o ator fez outros papéis de destaque como Herculano Quintalhina de "O Astro" (1977). Em 1998, Cuoco interpretou o rival de Carlão, Salviano Lisboa, no remake de "Pecado Capital", escrita por Gloria Perez e que não teve tanto sucesso como a primeira versão.
Ao lado de Betty Faria, o ator relembrou o casal Carlão e Lucinha no especial da Globo "70 Anos esta Noite", que homenageou as sete décadas da telenovela no Brasil. O último folhetim do ator foi "Segundo Sol" (2018). Ele também atuou no especial de Natal "Juntos a Magia Acontece" de 2020, e fez uma participação como ele mesmo em "Salve-se Quem Puder" (Globo, 2020-2021).
Assim como Carlão não era um galã tradicional, Lucinha, interpretada por Betty Faria, não tinha nada das mocinhas ingênuas que marcavam as novelas até então. De personalidade forte, ela é uma mulher independente e ambiciosa.
Lucinha foi um marco na carreira da atriz que, assim como Francisco Cuoco, estava escalada inicialmente e já tinha até gravado cenas de "Roque Santeiro". Quando a novela de Dias Gomes foi enfim ao ar, quase dez anos depois, em 1985, nem ela nem o ator seguiram nos papéis de Roque Duarte e viúva Porcina, assumidos então por José Wilker (1944-2014) e Regina Duarte.
Além de Lucinha, Tieta, da novela de mesmo nome de 1989, é outro grande marco na trajetória de Betty Faria na TV, que teve sucesso em outras produções televisivas como "Água Viva" (Globo, 1980), "A Indomada" (Globo, 1997) e "A Força do Querer" (Globo, 2017). Seu último folhetim na Globo foi "A Dona do Pedaço" (Globo, 2019), além de ter feito uma participação como ela mesma em "Salve-se Quem Puder" (Globo, 2020-2021).
Aos 80 anos, Betty Faria segue contratada da Globo e cheia de planos.
Um dos grandes nomes da teledramaturgia no Brasil, Lima Duarte, 91, estará na próxima semana na nova novela da Globo: "Além da Ilusão". O ator, que estreou na TV na extinta Tupi, fez personagens que entraram para a história dos folhetins como Zeca Diabo de "O Bem-Amado" (Globo, 1973), Sinhozinho Malta de "Roque Santeiro" (em 1973 e em 1985), Sassá Mutema de "O Salvador da Pátria" (Globo, 1989) e Lázaro Venturini de "Meu Bem, Meu Mal" (Globo, 1990).
Salviano Lisboa, o rico e autoritário empresário que se apaixona por Lucinha e se humaniza por amor em "Pecado Capital", também é um personagem marcante na carreira do ator. Lima Duarte fez uma participação especial no remake do folhetim de 1998 —é o assaltante que mata Carlão, então vivido por Du Moscovis, no último capítulo.
Mais conhecido atualmente por seu trabalho como diretor, Dennis Carvalho, 74, estreou na Globo na frente das câmeras em "Pecado Capital" —ele já trabalhava como ator na Tupi e tinha sido escalado inicialmente para interpretar Roberto Mathias na versão de "Roque Santeiro" que foi censurada pela ditadura (posteriormente fez parte do elenco da novela que foi efetivamente ao ar em 1985, mas em outro papel menor: o produtor Marcos Tomazzini).
Em "Pecado Capital", Carvalho é Nélio Porto Rico, dono de uma pequena agência de publicidade e o responsável por descobrir o potencial de Lucinha como modelo. Como ator, ele fez outros trabalhos na emissora com destaque para Pedro Henrique, ex-marido da protagonista vivida por Regina Duarte no seriado "Malu Mulher" (Globo, 1979-1980).
Como diretor, Carvalho fez parte de outros grandes sucessos como a própria "Malu Mulher", "Dancin' Days" (Globo, 1978-1979), o remake de "Selva de Pedra (Globo, 1986), "Vale Tudo" (Globo, 1989), "O Cravo e a Rosa" (Globo, 2000), "Celebridade" (Globo, 2003-2004), "Rock Story" (Globo, 2016-2017), "Segundo Sol" (Globo, 2018), entre outros.
Em "Pecado Capital", Elizangela faz o papel de Emilene, irmã da protagonista Lucinha, que tem uma paixão secreta por Carlão. Antes de se dedicar à profissão de atriz, ela começou na carreira artística ainda criança e se destacou como apresentadora.
Em novelas, teve diversos personagens marcantes ao longo de sua trajetória como Rosemary Pontes de "Pedra Sobre Pedra" (Globo, 1992), a fogosa Magnólia de "Por Amor" (Globo, 1997), e a massagista Noêmia de "O Clone" (Globo, 2001-2002), que atualmente está no ar no Vale a Pena Ver de Novo.
Em 2017 fez muito sucesso como a sofrida Aurora, mãe da protagonista Aurora em "A Força do Querer". Seu último trabalho na Globo foi em "A Dona do Pedaço" (Globo, 2019).
Milton Gonçalves já estava na Globo há pouco mais de dez anos fazendo novelas e séries, quando fez parte do elenco de "Pecado Capital". Na época, segundo o site Teledramaturgia, de Nilson Xavier, ele pediu à autora Janete Clair que lhe desse um personagem que usasse terno e gravata. O objetivo era mostrar um ator negro em papel de destaque.
Assim surgiu o renomado psiquiatra Percival Garcia, que sofria preconceito por ser negro. Gonçalves fez muitos outros papéis de destaque na TV brasileira como o corrupto deputado Romildo Rosa de "A Favorita" (Globo, 2008) e mais recentemente o honesto e trabalhador Eliseu de "O Tempo Não Para" (Globo, 2018-2019).
Em 2019, o ator integrou o elenco do especial de Natal "Juntos a Magia Acontece", que pela primeira vez foi protagonizado por uma família negra. No início de 2020, ele sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) isquêmico e ficou três meses hospitalizado.
Ele ficou com sequela na voz e na perna esquerda e faz diariamente sessões de fisioterapia e fonoaudiologia, segundo relatou Catarina Gonçalves, filha do ator à colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo.
No ar atualmente em "Um Lugar ao Sol" como Eva, mãe de Rebeca (Andrea Beltrão) que tem Alzheimer e vive numa clínica de repouso, Débora Duarte estreou na TV aos cinco anos no seriado "Ciranda, Cirandinha", da TV Tupi.
A atriz integrou o elenco de diversas produções televisivas na Globo e em outras emissoras. Destaques para a protagonista Eloá, de "Corpo a Corpo" (1985) e Maria do Socorro em "Terra Nostra" (1999), ambas na Globo, e Teresa Giácomo em "Canavial de Paixões" (2003-2004), no SBT.
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