Gustavo Mioto lança DVD e diz que se sentiu 'meio inútil' sem apresentações
Sertanejo não curtiu fazer lives e não deve voltar a fazê-las
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Campeão de visualizações de músicas no Youtube e nas plataformas digitais, o cantor Gustavo Mioto, 24, diz que não se apega a números. Ele gosta mesmo é de fazer shows e ver o público cantando suas músicas em frente ao palco, o que ainda não pode devido à pandemia de Covid.
Mas isso não quer dizer que o cantor ficou parado. Nesta quinta-feira (19), ele lança o seu quarto DVD, intitulado “Inconfundível”, com nove músicas inéditas, produzidas durante a pandemia, entre elas, “Restrição Sentimental”, com participação da cantora Marília Mendonça, 25.
“A música fala sobre aqueles vícios em cafeína e chocolate e como isso tudo parece com o amor que não faz bem e a gente insiste nele. Eu falo justamente [na música] que tenho vícios e o maior não está nem nessa lista”.
A partir desta quinta, as músicas do DVD estarão disponíveis em todas as plataformas digitais e o vídeo de “Restrição Sentimental” será lançado no canal oficial do cantor no YouTube, às 21h. Os clipes das faixas “Não Parei de Sofrer” e “Não Usa Ele Não” já estão disponíveis na plataforma, com 3,6 milhões e 10 milhões de visualizações, respectivamente.
Já as faixas “Ciúme”, “Não Tô Chorando Não”, “Dói”, “Final Definitivo”, “Chocolate” e “Geladeira” serão nas próximas semanas, sempre às terças e quintas-feiras, no canal do cantor. Ele não revelou qual dessas músicas será disponibilizada na próxima terça (24).
Mioto diz que é muito gratificante ter Marília Mendonça em um projeto tão especial, porque ela é uma grande amiga, que sempre apoiou a sua carreira. “Estávamos esperando a hora certa para amarrar esse momento, que agora aconteceu. Espero que a galera goste”, diz Mioto.
O DVD foi filmado em junho no Espaço das Américas, uma das maiores casas de shows de São Paulo, sem público. Para compensar essa ausência, ele investiu na interatividade com a música por meio de cenário, efeitos especiais e vídeos.
Segundo o cantor, o novo trabalho é completamente diferente de tudo o que já fez , tem solos de guitarra no meio da música e referências de artistas que ele gosta. “Estou muito ansioso para dividir com a galera. Eu quero ter esse feedback, principalmente de quem me acompanha desde o começo”.
Apesar de estar muito feliz com o novo projeto, Mioto avalia que poderia ter ficado ainda melhor se, na gravação, tivesse a presença e a energia do público. “Eu sinto muita falta do público justamente para voltar a me orgulhar do meu rendimento no palco”.
Nem mesmo as duas lives em que participou, em abril e junho do ano passado, foram suficientes para diminuir a saudade que ele sente dos palcos. Pelo contrário, Mioto diz que não se realizou e não tem mais vontade de fazer lives. “Eu não curti, sem o povo eu não vou voltar a fazer de novo”.
O cantor revelou que esse um ano e meio de pandemia tem sido difícil para ele, que desde os 13 anos está acostumado a estar na estrada fazendo shows todos os finais de semana. “Meu estado emocional depende muito do palco, da estrada, das viagens”.
Para ele, a parte mais legal da música é o show, as viagens, estar no palco e ter contato com o público. Mas a pandemia tirou isso dele e deixou apenas a parte burocrática, que Mioto não gosta de fazer.
“O artista vive da troca. Se a gente faz [música] para o povo e não tem contato, não tem o que fazer, para quem fazer. Eu fiquei me sentindo meio inútil”.
O artista lembrou ainda que muitos artistas que não têm uma grande estrutura como a dele estão passando dificuldade sem poder fazer shows há mais de um ano e meio. Para ele, falta uma organização para os shows voltarem à medida que a vacinação contra Covid avança.
Mioto, que apoia a vacinação, avalia que os shows poderiam voltar com menos público em outubro. “A gente pode pedir carteira de vacinação ou exame para comprar o ingresso como os Estados Unidos que estão fazendo shows com 20, 30 mil pessoas”.
O cantor também está negociando a sua primeira mini turnê internacional nos Estados Unidos, cancelada em março do ano passado devido a pandemia. Ele tinha shows marcados na Flórida, tanto nas cidades de Miami quando em Orlando, na Carolina do Norte, em Nova Jersey e em Massachusetts. "A gente teve uma conversa com os Estados Unidos e não cancelamos a turnê", garante.
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