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Desfile da Victoria's Secret volta politicamente correto com modelos trans e plus size

Evento retorna ao calendário fashion nesta terça (15), após severas críticas à falta de diversidade e à acusação de assédio de um executivo; brasileira Valentina Sampaio participa

Mulheres sorridentes de lingerie
'Angels' de desfile da Victoria's Secret em 2016 - Martin Bureau/AFP
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São Paulo

Seis anos após sumir do calendário fashion mundial, o badalado e polêmico desfile anual da Victoria's Secret está de volta. Ele vai acontecer nesta terça-feira (15), a partir das 20h, em Nova York. O catwalk de mulheres lindas em lingeries com pedras preciosas incrustadas e asinhas de anjo igualmente adornadas são o chamariz do megaevento —que a consultora de moda Costanza Pascolato já classificou como 'cafonérrimo'—, com transmissão ao vivo pelas redes sociais da marca.

No desfile de 2024, participam nomes como Gigi Hadid, 29, Candice Swanepoel, 35 e Paloma Elsesser, 32. A atração musical será Cher, confirmando a tradição de escalar estrelas pop para cantar no evento: Katy Perry, Taylor Swift, Lady Gaga, Justin Timberlake e Jay-Z já fizeram apresentações por lá antes da pausa.

A presença da brasileira Adriana Lima, 43, é um dos destaques do casting deste ano. Uma das maiores "angels" de todos os tempos, ela retorna às passarelas da grife, da qual é parceira desde 2001. Sua trajetória inclui 18 desfiles.

Após uma série de críticas à falta de diversidade e à objetificação do corpo das mulheres em seus "fashion shows", a Victoria's Secret decidiu tentar se readequar e anunciou a modelo trans brasileira Valentina Sampaio, 23 como uma das "angels" deste ano.

Valentina é cearense e já fazia parte do casting da marca desde 2019, mas a ela ainda não havia sido dada a oportunidade de desfilar na passarela do ultramidiático evento (a confirmar se continua com seu público cativo). Além dela, a modelo plus size americana Devyn Garcia, 23, está confirmada.

O histórico recente da Victoria's Secret inclui a figura de um controverso ex-chefe de marketing, Ed Razek. Em 2018, quando ainda ocupava o posto, ele disse em entrevista ser "impossível" incluir modelos transgênero e plus size no seu elenco —exatamente o que a grife faz agora.

Dois anos depois, Razek foi acusado de assédio por supostamente tentar beijar as modelos e pedir que elas se sentassem em seu colo. Ele negou as acusações.

Até então, nomes como o de Adriana, Gisele Bündchen, Lais Ribeiro e Alessandra Ambrosio, além de Heidi Klum e Tyra Banks, eram responsáveis por colocar as famosas asas nas costas e ostentar roupas e acessórios caríssimos. Gisele usou um sutiã cravejado de diamantes no desfile do ano 2000, avaliado na época em US$ 15 milhões. A ver o que vem por aí na noite desta terça.

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