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Celebridades
Descrição de chapéu Todas

Entenda a relação das modelos Bella e Gigi Hadid com a Palestina

Irmãs foram acusadas de antissemitismo por posts nas redes e por comparecem a protestos

No tapete vermelho, uma mulher loura de vestido cor de rosa, mesma cor de sua meia calça e sandálias, aparece ao lado de uma morena de vestido longo preto, sem alça
Modelos têm ascendência palestina - Theo Wargo/AFP
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São Paulo

Por trás do andar confiante nas passarelas mais badaladas do mundo, Bella e Gigi Hadid carregam uma marcante história familiar. Mohamed Hadid, pai das irmãs, antes de ser um magnata do mercado imobiliário de luxo, foi um dos cerca de 700 mil palestinos deslocados da terra que passou de protetorado britânico para território do estado de Israel em 1948.

Esse processo é chamado pelos palestinos de nakba, palavra árabe para catástrofe. Naquele período, em 1947, acontecia uma guerra civil entre árabes e judeus, seguida de uma guerra entre o recém-formado estado de Israel e os países árabes vizinhos, como Egito, Iraque, Líbano e Síria. Nesse momento, os avós das irmãs Hadid e o pai delas, ainda bebê, já estavam refugiados na Síria.

Por causa desse histórico familiar, Bella e Gigi já demonstraram apoio à causa palestina em diversas ocasiões. Vale lembrar nos Estados Unidos, país onde vivem e que se posiciona como o maior aliado de Israel, essa demonstração de apoio pode causar atritos.

Bella declarou ao podcast Rep que várias empresas interromperam contratos e que amigos cortaram relações. Além disso, a modelo comprou briga com canais de comunicação oficiais do governo israelense —e até com políticos.

Em 2021, depois de ir a um protesto em prol da Palestina em Nova York, a conta oficial de Israel no X, então Twitter, afirmou que ela apoiava que judeus fossem jogados ao mar e que isso significava que a modelo também apoiava a eliminação do estado de Israel.

No protesto, Bella empunhava a bandeira palestina e vestia lenços tradicionais palestinos, enquanto cantava "do rio ao mar, a Palestina será livre".

Poucos dias após a publicação, um anúncio de página inteira no New York Times acusava ela, a irmã e a cantora Dua Lipa de serem antissemitas por apoiarem a causa palestina. O autor era o rabino ortodoxo Shmuley Boteach, ex-apresentador de um programa de televisão "Shalom in the Home". Ele conclamava que as três condenassem o Hamas imediatamente.

Aquele era um momento de tensão menor do que agora. Na época, o conflito entre árabes e judeus escalava por causa de um bairro em Jerusalém chamado Sheikh Jarrah. O governo israelense emitiu uma ordem de despejo para as famílias palestinas que ali residiam e isso gerou uma série de protestos, que ganharam projeção internacional —e apoio das celebridades.

Agora, a situação é diferente. Depois de um atentado do grupo Hamas, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu declarou guerra, além de dizer que havia expectativa de um conflito longo.

Bella ainda não se pronunciou sobre o conflito. Ela mantém a descrição "Palestina e holandesa" como parte da sua biografia no Instagram, onde também mantém publicações sobre seu apoio à causa. Menos vocal, Gigi não se pronunciou e não mantém mensagens de apoio à causa em suas redes sociais.

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