Adoro ser chamada de corninha e gozo vendo meu namorado transar com outras
Conheça o fetiche cuckqueen, em que a mulher adora assistir ao parceiro se divertir
Um animal sem chifres não tem como se defender e, se você não foi corno, é só porque não ficou sabendo ainda. Quem é monogâmico e curioso dificilmente vai passar a vida sem trair ou ser traído (ou os dois) e amargar essa dor. Ainda bem que tem gente que encara essas coisas com mais leveza –e, às vezes, com tesão. Encontrei o casal Malu e José (nome falso) dia desses em um dos bares da vida.
Papo vai, papo vem, ela me contou que gosta muito de se sentar em uma cadeira no quarto e ver o namorado beijando, chupando, dedando e metendo em outras moças. Ela falou que ele faz isso com muita perícia e todo mundo goza bastante nessas ocasiões.
"Uma vez, enquanto ele estava comendo outra, eu gozei três vezes. A primeira foi olhando e tocando uma siririca, a segunda foi roçando nela e a terceira foi tocando uma siririca do lado deles."
O processo de descoberta foi longo. Malu me contou que ficou alguns anos em um relacionamento tóxico e cheio de ciúme com um homem. Quando se viu livre da situação, começou a ter encontros também com mulheres e a curtir muito sexo lésbico.
Um tempo depois, conheceu José, e eles começaram a namorar e a fazer ménages com outras moças. Então eles criaram um perfil de casal no Tinder, onde deixam claro o que querem. Sempre tem alguém disponível. "Gostamos de encontrar, jantar, tomar um drink e dar beijos triplos em lugares públicos antes de irmos pra casa transar."
Ela conta que a maioria das mulheres quer ser "marmita de casal" e se divertir de modo casual, sem interesse em desenvolver uma relação de trisal. Ainda assim, elas obviamente querem ser bem tratadas. O date antes da foda é parte da fantasia e as moças que saem com eles gostam do fato de que eles conversam sobre vários assuntos além de sexo.
Depois de vários ménages, Malu notou que também curtia muito quando ficava meio "escanteada" olhando os dois parceiros. Ela começou, então, a falar sobre isso no TikTok. "Foi lá que me disseram que isso é ser cuckqueen."
Essa é a expressão que nomeia mulheres que curtem a ideia de "ser corna". A versão masculina desse fetiche, em que o cara gosta de ver a conje ser macetada por outro rapaz ou mulher, se chama cuckhold.
Em alguns casos, Malu apenas observa. Em outros, depois de assistir, ela também entra na transa se a outra moça estiver com vontade. "Eu gosto muito de beijar e abraçar, adoro fazer mulheres gozarem, comer elas com cintaralho, mas só de olhar eu já curto muito."
Mas o fetiche de corna não se limita ao momento da transa com outra pessoa. Malu diz que gosta de observar os movimentos do namorado e pedir para reproduzir depois, no sexo a dois. "Peço pra ele me comer como ele comeu a outra. Nossa vida sexual a dois é bem interessante, a gente fica falando e lembrando. Eu gosto que ele me chame de corna. Nossa intimidade como casal ficou mais forte e nos comunicamos com o olhar."
Caso a curiosidade tenha batido: não, eu não transei com o casal! Ménage e suruba não são a minha. Mas, pelos relatos de Malu, parece que tanto José quanto ela sabem muito bem o que estão fazendo durante o sexo. Sabem usar os dedos, a língua, encontrar o clitóris (essa coisa tão básica) e meter no ritmo que a parceira quer. Falam que sempre se comunicam, perguntam se a outra pessoa está curtindo e como ela gosta.
Portanto, se você homem leu essa coluna e pensou "que sortudo esse cara", pense que a sorte só acompanha os hábeis. Não adianta você querer ter duas mulheres à disposição se não sabe comer nem sequer uma direito.
Fico imaginando em quão broxante seria eu estar sentada em uma cadeira vendo um cara sem localização geográfica chupando uretra e depois bombando por dois minutos. Antes de querer pegar geral, aprenda a pegar direito.
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