Maior concurso de miss para transgêneros elege representante brasileira em SP; veja candidatas
Final do Miss International Queen Brazil 2024 será no sábado (25), no Teatro Mars
Na noite de sábado (25), acontece em São Paulo a coroação da próxima representante do Brasil no concurso de beleza Miss International Queen (MIQ), que é exclusivo para mulheres transgênero. Um grupo de 17 candidatas participa da disputa, que tem formato similar aos tradicionais certames do setor, com etapas preliminares classificatórias.
Na ocasião, estará presente a holandesa Solange Dekker, 27, eleita em junho passado a atual Miss International Queen. Ela desembarcou na capital paulista na manhã de quinta (23) para acompanhar a competição e deve conhecer alguns pontos turísticos da cidade. Natural de Amsterdã, Solange venceu a 17ª edição do certame e é a primeira europeia a vencer o título mundial.
Além de entrevista preliminar com os jurados, as misses também serão avaliadas em provas de talento e de traje típico. Na final, elas desfilam em traje de gala, traje típico e as finalistas responderam a perguntas do júri no palco.
A nova representante brasileira será coroada no palco do Teatro Mars, que fica na região da Bela Vista (zona central de SP), em cerimônia aberta ao público, com ingressos à venda no Sympla por R$ 50. Ela inicia na sequência sua preparação para viajar à Tailândia no próximo ano para a etapa internacional.
Quem passa a coroa é a paraense Isabella Satorinne, 29, Miss International Queen Brazil 2023, que defendeu o país no último mundial, mas não sobreviveu ao primeiro corte de 11 semifinalistas.
MAIOR CONCURSO TRANS
Uma das competições nichadas mais conhecidas do universo dos concursos de beleza, o Miss International Queen surgiu em 2004 na Tailândia, país famoso por sua tolerância e aceitação a pessoas transgênero. A cultura trans é tão presente na sociedade tailandesa que a cirurgia de redesignação sexual é uma das especialidades da medicina do país, o que atrai pacientes do mundo todo.
As vencedoras tornam-se embaixadoras da Royal Charity Aids Foundation of Thailand, fundação tailandesa em prol do combate à Aids, que recebe anualmente a doação dos lucros do evento.
A única brasileira que reinou no trono mundial foi a paulista Marcela Ohio em 2013. Além disso, o Brasil bateu três vezes na trave e ficou em segundo lugar com a pernambucana Aleika Barros (2007), com a carioca Jéssika Simões (2012), com a mineira Valeska Dominik (2015) e, mais recente, com a cearense Lavine Holanda (2017).
Com 19 anos de existência, o evento é considerado o maior concurso de beleza para mulheres transgênero no mundo. Apesar de sua periodicidade anual, ele não foi realizado em três ocasiões, por motivos distintos: em 2021, devido à restrições impostas pela pandemia de Covid-19; em 2017, em respeito à morte do rei tailandês Bhumibol Adulyadej; e, em 2008, por conta de conflitos políticos armados no país asiático.
Uma curiosidade é que, em 2010, quem defendeu o Brasil foi a estilista Michelly X, responsável por desenhar e produzir figurinos para famosos como Xuxa, Anitta, Ivete Sangalo, Pabllo Vittar e Gloria Groove. Em 2020, ela também assinou o traje típico da gaúcha Julia Gama no Miss Universo daquele ano, quando a representante brasileira ficou em segundo lugar, perdendo apenas para a mexicana Andrea Meza.
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