Miss Grand: Isabella Menin encerra reinado como uma das melhores misses da atualidade
Grupo de 69 candidatas disputa final da edição 2023 nesta quarta-feira (25), no Vietnã
Na quarta-feira (25), chega ao fim o reinado da brasileira Isabella Menin, 27, como Miss Grand International. Exatamente um ano após ser vitoriosa no concurso de 2022, ela coroa uma sucessora no trono mundial. O momento acontecerá no Vietnã, país-sede da atual edição, onde um grupo de 69 misses sonham em também ocupar o posto —o evento terá transmissão ao vivo pelo YouTube, no canal GrandTV.
O encerramento do ciclo consagra a paulista, natural de Marília (SP), como uma das misses mais celebradas nos últimos anos, não só no Brasil, mas em todo o mundo. Por aqui, despertou esperanças no público amante do mundo miss após quebrar um jejum de décadas sem grandes faixas e coroas mundiais.
Segundo o site especializado Global Beauties, a última vitória brasileira tinha sido havia 51 anos, no Miss Mundo 1971, com a médica carioca Lúcia Petterle. A página utiliza como base o "Grand Slam", nome dado ao grupo que reúne os cinco maiores concursos de beleza femininos, onde estão: Miss Universo, Miss Mundo, Miss International, Miss Supranational e, claro, o Miss Grand International.
Já no resto do mundo, a mariliense encantou o público com sua atitude e postura. Resgatou o perfil de uma miss carismática e teatral, emprestando ao papel de porta-voz uma atuação de blogueira —tudo isso sem deixar de ser uma filantropa angelical. Assim, erradicou a tendência global de misses semi-apáticas, inspiradas em modelos e com aparições pontuais.
Exemplo disso é que, nas redes sociais, a modelo entregou produção de conteúdo quase que diária, com tudo que os amantes do setor querem ver: uma cidadã global em ação, com glamour e "carão". Foram inúmeros eventos, ensaios e viagens. Para se ter uma ideia, enquanto Miss Grand, Isabella esteve em mais de 10 países no último ano, como: Indonésia, Tailândia, Filipinas, Camboja, Vietnã, Inglaterra, Ilhas Maldivas, Espanha, República Tcheca, Equador, Peru, Colômbia e duas vezes no Brasil.
Apenas a atual Miss Mundo, a polonesa Karolina Bielawska, 24, fez tantas viagens —porém, há de se considerar que a colega tem seis meses a mais de reinado que Isa, já que venceu sua coroa em março de 2022. Portanto, seja em estúdios pela Tailândia —sua residência oficial nos últimos 12 meses—, seja em viagens para outros países, em dias de descanso ou trabalho, Isabella fez direitinho a lição de casa de "aparecer".
A fórmula deu tão certo que hoje a paulista tem no Instagram quase o dobro de seguidores (1,2 milhão no @isanmenin) que a atual Miss Universo, a norte-americana R'Bonney Gabriel, 28 (774 mil no @rbonneynola). Como reflexo, na mesma rede, a conta do Miss Grand International (@missgrandinternational) ultrapassou nesta semana o alcance do principal concorrente (@missuniverse): são 5,9 milhões contra 5,6 milhões de seguidores —uma diferença de cerca de 300 mil perfis.
O objetivo da brasileira, claro, não foi alcançado sozinho. Além da ajuda e suporte de profissionais e parceiros, como a diretoria do CNB (Concurso Nacional de Beleza), que realiza a etapa nacional do Grand, ela teve como principal pilar sua mãe. A mariliense Adriana Novaes, que também é miss, é considerada por Isabella como sua mentora, coach e principal inspiração no mundo das faixas e coroas. Não há um discurso de agradecimento em que a filha não cite a mãe, que ajudou a montar toda a estratégia que a levou a cravar seu nome na história do mundo miss.
A vitória também movimentou toda uma rede de negócios no Brasil, de micro e pequeno portes, que permeiam o universo dos concursos de beleza. Empresários viram sua procura e demanda por serviço aumentar, afinal, jovens que também sonham com a coroa encontraram na conquista de Isabella uma motivação a mais para trilhar o mesmo caminho.
Se beneficiaram dessa onda profissionais como coaches e professores de inglês, oratória, passarela, inteligência emocional e conhecimentos gerais. Também estão na lista designers de roupas, vestidos, fantasias, joias e sapatos, além de cabeleireiros, maquiadores e outros.
2ª VITÓRIA CONSECUTIVA
Apesar das comparações com outros certames do setor, o Miss Grand International possui uma identidade própria e regras bem claras, como alardeia sempre o seu proprietário, o empresário tailandês Nawat Itsaragrisil, 50. "Os concursos de beleza precisam desafiar as novas gerações. Esse público não assiste mais à TV, eles estão nas redes sociais. E é lá que meu concurso está", disse Nawat em entrevista à coluna, em junho passado.
Com alto investimento e produções impecáveis, o Grand é o atual "namoradinho" do setor, pois é considerado um dos favoritos de missólogos e fãs. Agrada bastante seu dinamismo e também sua ideia de mesclar a importância do apoio a projetos sociais, sem deixar de lado o ritmo fashion e despojado. Nascida em 2013, a competição alcançou grande notoriedade em pouco tempo e celebra neste ano sua 11ª edição.
Para a final, o Brasil tem a esperança de conseguir uma segunda vitória consecutiva (chamada no meio de "Back to Back"), com a carioca Adriana Yanca, 27, eleita Miss Grand Brasil 2023 em junho. Natural de Belford Roxo (RJ), a modelo é cirurgiã-dentista e disputou 10 concursos antes de conquistar o tão sonhado título de Miss Brasil.
Além de Isa Menin do Brasil, já se consagraram vencedoras do Miss Grand International misses do Vietnã (2021), Austrália (2015), Cuba (2014), Estados Unidos (2020), Indonésia (2016), Paraguai (2018), Peru (2017), Porto Rico (2013), República Dominicana e Venezuela (2019). Além de Vietnã e Indonésia, o concurso já foi realizado na Venezuela, em Mianmar, na Tailândia e nos Estados Unidos.
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