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De faixa a coroa
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miss brasil Miss Universo

Isabella Menin, Mia Mamede, Letícia Frota... Confira 10 destaques do mundo miss em 2022

Com conquistas inéditas, concursos de beleza tiveram evolução de vários anos em um

A brasileira Isabella Menin (esq.) reage ao ser anunciada como a Miss Grand International 2022 - MGI/Divulgação
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São Paulo

O ano de 2022 foi repleto de "primeiras vezes" nos concursos de beleza, tanto no Brasil quanto no resto do mundo. E não estamos falando apenas de resultados inéditos, mas de feitos históricos.

Apesar de o setor ainda estar se recuperando dos reflexos da pandemia de Covid-19, principalmente em termos de agenda, pode-se dizer que houve uma evolução de vários anos em um. Isso porque houve novidades importantes que —mesmo chegando com bastante atraso— não eram aguardadas para agora, principalmente considerando-se o ritmo lento com que as novidades são incorporadas ao "mundo miss".

Ao longo do ano, a coluna De Faixa a Coroa cobriu os maiores eventos do mundo miss e relembra abaixo 10 fatos que mostram que 2022 foi um ano de conquistas nesse tipo de evento.

PAULISTA ISABELLA MENIN VENCE MISS GRAND

Por aqui, o ponto alto foi os brasileiros voltarem a sentir o que é vencer um grande concurso de miss. Foi isso que aconteceu em outubro, quando a paulista Isabella Menin, 26, emocionou até as organizações nacionais de outras franquias ao conquistar o título de Miss Grand International.

Natural de Marília (interior de SP), a modelo quebrou um jejum de mais de 50 anos sem coroas para o Brasil (considerando os cinco que fazem parte do Grand Slam da Beleza). Foi a primeira vez que muita gente viu uma grande vitória acontecer, não apenas entre as novas gerações de fãs, mas também entre a velha guarda, que nasceu após a última conquista —que havia sido em 1971, com a médica carioca Lúcia Petterle no Miss Mundo (ou Miss World, no original).

O vídeo com o momento da coroação, em que Menin chora muito no palco de uma grande casa de espetáculos na Indonésia, rodou as redes sociais brasileiras com uma rapidez impressionante. Da mesma forma, a notícia do título se multiplicou na imprensa brasileira, com centenas de registros. A primeira entrevista da brasileira como Miss Grand International foi dada à coluna.

BRASILEIRAS ARRASAM EM CONCURSOS TEEN E KIDS

Houve outras vitoriosas brasileiras, essas nas categorias Teen e Kids. Agora em dezembro, a adolescente paulista Karen Gentil venceu o Miss Teen Model Universo, na Espanha, enquanto a brasiliense Sandra Luiza Lima Caetano venceu o Miss Teen Charm International, em outubro. Do lado infantil, a pequena goiana Charlotte Moroni, de 6 aninhos, venceu o Mini Miss Universo, na Colômbia.

MIA MAMEDE QUEBRA JEJUM PARA OS CAPIXABAS

Ainda no Brasil, tivemos, pela primeira vez, uma capixaba coroada Miss Brasil Universo: a modelo e jornalista Mia Mamede. Coroada em julho, em São Paulo, ela encerrou uma abstinência de 68 anos sem coroa no concurso para o Espírito Santo. Em 14 de janeiro, ela disputa o Miss Universo 2022 em Nova Orleans, nos Estados Unidos.

LETÍCIA FROTA VENCE COROA INÉDITA PARA O AMAZONAS

Outro ineditismo foi o da jovem Letícia Frota, 20, que em agosto se tornou a primeira amazonense no trono de Miss Brasil Mundo. Ela foi coroada em Brasília, apenas uma semana após Isabella Menin vencer o Miss Grand Brasil —os dois concursos são promovidos pela mesma organização, o CNB (Concurso Nacional de Beleza).

MISS BRASIL TERRA DÁ R$ 75 MIL EM PRÊMIOS

Por falar em organização, quem apareceu sob nova direção, e repaginado, foi o Miss Brasil Terra. Com comando da jornalista Flávia Cavalcante, 51, dona da faixa de Miss Brasil Universo 1989, o evento foi realizado em outubro, em São Paulo, e elegeu a paulista Jéssica Pedroso, 23. Vale lembrar que a nova patrocinadora, a empresa Riformato Construtora, distribuiu R$ 75 mil em prêmios para as misses finalistas.

MULHER TRANS COMPRA MISS UNIVERSO

No âmbito global, as principais notícias, sem dúvida, vieram do Miss Universo. Em outubro, foi anunciado que a empresária tailandesa Anne Jakapong Jakrajutatip comprou a empresa organizadora da seleção por US$ 20 milhões (pouco mais de R$ 100 milhões). O fato ganhou repercussão mundial, já que, além de Anne ser a primeira mulher dona do concurso —um dos empresários a deter a franquia foi o ex-presidente americano Donald Trump—, ela é uma mulher transgênero.

MISS UNIVERSO FLEXIBILIZA REGRAS

Coincidência ou não, pouco antes desse anúncio, em agosto, o Miss Universo resolveu expandir suas fronteiras e flexibilizou suas regras, após 71 anos de história. Foi anunciado que, a partir de 2023, o certame passa a aceitar mulheres que sejam ou foram casadas, assim como grávidas ou que tenham filhos —pontos que antes invalidavam a candidatura.

A idade para inscrição no concurso, no entanto, segue a mesma: é preciso ter entre 18 e 28 anos. Vale lembrar que a candidatura de mulheres trans é aceita no Miss Universo desde 2018.

MISS MUNDO SUPERA PANDEMIA

Ainda no âmbito internacional, o Miss Mundo, que havia sido vencido pela pandemia, deu a volta por cima e mostrou que também pode ser flexível e moderno. Após cancelar a final de sua 70ª edição, em dezembro de 2021, por um surto de coronavírus entre as candidatas, a data foi reagendada para março de 2022.

E assim foi feito, com um grupo menor de meninas, mas ainda na ilha caribenha de Porto Rico. Foi a primeira vez que o concurso, que tem sede em Londres, teve um país latino como anfitrião. A vencedora foi a polonesa Karolina Bielawska, que levou a segunda coroa para seu país, após mais de 30 anos de jejum.

VOLTA AO PRESENCIAL PÓS-PANDÊMICO

Outros concursos que também superaram a crise sanitária foram o Miss Terra (ou Miss Earth, no original) e o Miss International —ambos voltaram a ter eventos presenciais. O primeiro, nas Filipinas, havia realizado seleções 100% virtuais em 2021 e 2020, enquanto o segundo, no Japão, tinha optado por suspender as edições dos dois anos anteriores.

MULHER NEGRA VENCE MISS SUPRANATIONAL

No Miss Supranational, outra boa "primeira vez": quem ganhou foi a sulafricana Lalela Mswane. Com a vitória, ela inaugurou uma era na indústria dos concursos de beleza feminina, já que entre os maiores certames do gênero, apenas o Supranational ainda não havia coroado uma mulher negra.

De faixa a coroa

Fábio Luís de Paula é jornalista especializado na cobertura de concursos de beleza, sendo os principais deles o Miss Brasil, Miss Universo, Miss Mundo e Mister Brasil. Formado em jornalismo pelo Mackenzie, passou por Redações da Folha e do UOL, além de assessorias e comunicação corporativa.
Contato ou sugestões, acesse instagram.com/defaixaacoroa e facebook.com/defaixaacoroa

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