Morte de Martha Rocha e Júlia Gama eleita Miss Brasil marcaram 2020 no mundo miss
Apesar da pandemia, ano foi de evolução positiva no setor de concursos de beleza
No início de janeiro, especialistas em concursos de beleza analisavam que 2020 já começava com o pé direito no setor. Para eles, havia uma onda de otimismo calcada nos bons resultados das misses e misters brasileiros no cenário internacional de 2019.
Nessa esteira, o primeiro mês do ano começou a todo vapor, com a paraibana Lala Guedes tornando-se a primeira nordestina eleita Miss Grand Brasil e a baiana Mari Gonzalez, que foi miss, despontando como uma das participantes do BBB –edição que, mais tarde, tornara-se histórica na TV brasileira.
Claro que nenhum dos missólogos previa a pandemia do novo coronavírus, decretada em março, no meio do caminho. Mas apesar dos adiamentos de agenda, 2020 não foi um ano perdido no âmbito das faixas e coroas.
Os destaques ficaram por conta da aposta das organizações em renovação de perfil para se manter presente nesse momento. Um dos pontos altos foi em setembro, com o anúncio da modelo goiana Rayka Vieira como a primeira candidata trans a disputar um título de Miss Brasil. Também teve uma edição nacional 100% virtual do Miss Cadeirante e o certame presencial Miss Coreia Brasil, seguindo todos os protocolos da OMS (Organização Mundial da Saúde), em um teatro de São Paulo.
Já no início de julho, as manchetes dos jornais e da TV foram invadidas pelo termo "miss" com a morte de Martha Rocha, aos 87 anos, em Niterói (RJ). Popularmente conhecida como a primeira Miss Brasil, a baiana nascida em Salvador foi celebrada não só pela sua relevância histórica e sua beleza estonteante, mas também pelo seu legado de consagrar a beleza como um caminho de oportunidades –fórmula aproveitada até hoje por todos que se lançam no mundo do entretenimento.
Outro grande acontecimento, que mobilizou o público e acabou tornando-se um grande respiro no meio da pandemia, foi sem dúvida a revelação da gaúcha Júlia Gama como a representante do país na próxima edição do Miss Universo. Com a Covid-19, ela foi eleita a portas fechadas, por um júri técnico, que avaliou algumas moças com perfil competitivo para o internacional, que é o mais conhecido dos concursos por aqui.
O nome de Gama começou a borbulhar nos grupos de fãs e na redes sociais em julho, depois que o empresário gaúcho Winston Ling assumiu o posto de novo dono da franquia do Miss Universo no Brasil. Mas à época ela ainda morava na China, e parecia impossível que Gama fosse empossada por esse quesito logístico.
Foi daí que outros nomes surgiram e um rebuliço de apostas se formou na internet, deixando óbvia a ansiedade dos fãs. Até que, finalmente no fim de agosto, a gaúcha foi coroada em uma live, onde surgiu discursando fluentemente não só em português, mas também em espanhol, inglês e –pasmem–cantonês.
Desde então ela vem se preparando e devidamente registrado sua evolução em seu perfil no Instagram: além de aulas, orientações e procedimentos estéticos, Gama perdeu 15 Kg, interage frequentemente com seus seguidores e tem tido bom espaço na imprensa.
Ainda no cenário nacional, no fim de novembro e início de dezembro dois eventos do ramo mobilizaram a atenção na cidade de Brasília: a capital federal ganhou muito brilho ao ser a sede do Miss Brasil Supranational e do Mister Brasil CNB 2020. Respectivamente vencidos pela potiguar Deise Benício e o amazonense William Gama, ambas as competições foram presenciais, porém seguindo as medidas sanitárias exigidas e sem presença de público.
Através de uma transmissão online e ao vivo, os dois concursos entraram na residência dos espectadores –a essa altura saturados de uma quarentena tão longeva–, levando esperança de um 2021 melhor, mais leve e mais belo.
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