'Renascer': Expectativa por remake abre apostas para elenco
Há torcida por Isabel Teixeira e Marcos Palmeira, mas nomes ainda estão em fase de definição
A bolsa de apostas para a escalação do elenco do remake de "Renascer" está aberta nas redes sociais e sites interessados no assunto, mas o diretor artístico Gustavo Fernandez e o autor Bruno Luperi, embora já tenham uma lista de nomes cotados para os principais papéis, ainda não fecharam as escalações de atores para a releitura de mais uma novela de Benedito Ruy Barbosa.
A produção irá ao ar logo após "Terra e Paixão", de Walcyr Carrasco, que tem previsão de ficar no ar até 2024 na Globo.
Com estreia prevista para janeiro, "Renascer" poderia ter de novo Marcos Palmeira no papel do patriarca, repetindo a saga de "Pantanal". Isso aconteceu nos anos 1990: ele foi filho de José Leôncio (Cláudio Mazo) na versão original, pela Rede Manchete e, três anos depois, filho de José Inocêncio (Antonio Fagundes) na trama da Globo, a primeira do autor no horário nobre.
Agora, viveria os dois patriarcas com distância de apenas dois anos. Embora essa alternativa venha a ser o déjà vu do déjà vu, não seria incoerente com a ordem dos fatores que deu origem a "Renascer".
Em 1993, a saga de Inocêncio, que faz um pacto com a prosperidade ao plantar um facão ao pé de um suntuoso jequitibá, veio exatamente na esteira de "Pantanal", com propósito declarado da Globo em mostrar que era capaz de fazer algo como a Manchete havia feito três anos antes. Nesse contexto, a presença de Palmeira em "Renascer", de novo como filho mais apegado ao pai, mas também mais desprezado, só endossava esse elo com o sucesso de "Pantanal".
Outra alternativa forte seria Irandhir Santos, que também esteve em "Pantanal" e é nordestino de Pernambuco, origem mais próxima do enredo, que se passa em Ilhéus, na Bahia.
Em 93, nem Fagundes nem Leonardo Vieira, lançado na ocasião, que vivia Inocêncio jovem, eram da região, mas as novas demandas por diversidade de cores e sotaques na tela faria da escolha por um nordestino uma estratégia simpática ao enredo.
Outro nome forte para a trama é Isabel Teixeira, ainda sem definição de personagem --mesmo que a tentação de vê-la de novo no papel da mulher que se liberta do marido nos faça enxergá-la como Dona Patroa, tipo que projetou Eliane Giardini há 30 anos.
É grande também a expectativa por Tião Galinha, que foi magistralmente interpretado por Osmar Prado, outro ator em evidência no remake de "Pantanal". E por Jacutinga, dona de bordel que foi vivida por Fernanda Montenegro na "Renascer" original.
O grande desafio de Gustavo Fernandez, que também dirigiu "Pantanal" na Globo, e Luperi, neto do autor e responsável pela adaptação da obra, é fugir das repetições que remetam ao universo de José Leôncio, Juma Marruá e companhia, até porque a produção de "Renascer", a essa altura, tão próxima de "Pantanal", já é um atestado de que a Globo quer reprisar a prosa de Benedito Ruy Barbosa para tentar repetir o sucesso do ano passado.
Mesmo assim, é esperado que algumas grifes do cenário pantaneiro se repitam no mundo do cacau baiano. Além de Isabel Teixeira e Marcos Palmeira, há boas chances de vermos de novo ali Murilo Benício, Alanis Guinle, Osmar Prado e Gabriel Sater. E na melhor das hipóteses, as referências ao universo do autor serão bem-vindas, sempre tratadas como mais uma homenagem a Ruy Barbosa.
Fernandez ainda está envolvido com o fim das gravações de "Justiça 2", série de Manuela Dias que estreará em breve no GloboPlay. O diretor trabalha para encerrar um título antes de se debruçar sobre o outro, mas tem alinhavado com Luperi as escolhas da nova "Renascer". A escalação da maioria das personagens virá mais rapidamente a partir da definição do ator que fará Inocêncio, pai de quatro filhos.
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