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Zapping - Cristina Padiglione

Vinte anos depois, Glória Perez lembra como criou 'O Clone'

Diretor da novela, Jayme Monjardim também recorda do sucesso, que volta à Globo

As atrizes Giovanna Antonelli (à esq.) e Letícia Sabatella, em cena da novela "O Clone", produzida pela rede Globo - Divulgação
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“O Clone" está de volta à tela da Globo, a partir da primeira segunda-feira de outubro (4), no “Vale a Pena Ver de Novo”, marcando os 20 anos da exibição original da novela de Glória Perez.

O folhetim conta a história de um amor proibido entre a muçulmana Jade, interpretada por Giovanna Antonelli, 45 anos, e o brasileiro Lucas, vivido por Murilo Benício, 50. Dirigida por Jayme Monjardim, a obra foi marcada por inovação tecnológica, ao unir clonagem humana e cultura árabe.

A autora conta que a ideia surgiu do caso da ovelha Dolly, criada por clonagem. “Se era possível clonar uma ovelha, não seria possível clonar um ser humano?” A partir daí, desenvolveu questões relacionadas aos conflitos de identidade de uma pessoa feita em laboratório como cópia de outra, passando pelos limites éticos da ciência.

“Para se contrapor a esse ocidente que desafiava Deus criando a vida, fui buscar uma sociedade inteiramente submetida a Deus: os muçulmanos. Por isso eles entraram na trama”, afirma. E assim foi criado um dos maiores sucessos da teledramaturgia brasileira.

E para representar o Brasil, nada melhor que o bar da Dona Jura, interpretada por Solange Couto, 64, ponto de encontro dos moradores do bairro São Cristóvão, na Zona Norte do Rio. Com humor, a novela consagrou bordões como "Né brinquedo não" e “Cada mergulho é um flash”.

“Os bordões nascem da escuta. De andar na rua, de frequentar ambientes populares, como a gafieira, por exemplo”, revela Gloria. Segundo ela, que passou cerca de 40 dias entre o Egito e o Marrocos, para a construção de seus personagens, reassistir a novela é uma forma de revisitar também um tempo do passado.

“Acho que esse é um dos motivos que levam o público a gostar tanto de rever novelas. Durante um tempo das nossas vidas convivemos com os dramas daqueles personagens, eles se tornam íntimos de nós”, afirma.

Para Monjardim, a trama é um dos trabalhos que mais impactaram sua trajetória. "Essa novela é um marco na minha vida, sempre digo que os trabalhos são como filhos, e alguns deles como “O Clone” e “Terra Nostra”, por exemplo, vivi de forma muito intensa, eles irão estar comigo para sempre no coração”, diz.

“O Clone” foi escrita por Gloria Perez, com direção de núcleo e geral de Jayme Monjardim, direção geral de Mário Márcio Bandarra e Marcos Schechtmann, e direção de Teresa Lampreia e Marcelo Travesso.

No elenco estão ainda Juca de Oliveira (o cientista Albieri), Eliane Giardini (que deu voz à expressão "arder no mármore do inferno"), Adriana Lessa, Reginaldo Faria, Vera Fischer, Antonio Calloni, Letícia Sabatella, Marcello Novaes, Neuza Borges, Nívea Maria, Stênio Garcia, Jandira Martini, Carla Diaz, Juliana Paes, Cissa Guimarães, Marcos Frota, Beth Goulart, Nívea Stelmann, Myriam Rios, Roberto Bonfim e Elizângela, entre outros.

Zapping - Cristina Padiglione

Cristina Padiglione é jornalista e escreve sobre televisão. Cobre a área desde 1991, quando a TV paga ainda engatinhava. Passou pelas Redações dos jornais Folha da Tarde (1992-1995), Jornal da Tarde (1995-1997), Folha (1997-1999) e O Estado de S. Paulo (2000-2016). Também assina o blog Telepadi (telepadi.folha.com.br).

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