No terceiro episódio de Mano a Mano desta 2ª temporada do podcast, Brown, 51, conversa com Seu Jorge, 51, e Jeferson De, 54, sobre a importância do cinema para a sociedade, música e infância na periferia. O bate-papo, que vai ao ar nesta quinta-feira (7), no Spotify, marca a estreia do formato mesa-redonda nesta 2ª temporada.

Cineasta premiado, De estreou nos cinemas em 2021 com "Doutor Gama", filme sobre a vida do abolicionista Luís Gama (1830-1882). Durante a conversa, ele fala sobre produções interpretadas por pessoas negras que tratam suas realidades cotidianas.

"O máximo da representatividade é quando você assiste a um filme e fala: 'Pô, tá falando da minha quebrada'. Na frente da câmera, temos um poder muito grande. A grande virada são pretas e pretos por trás das câmeras, e 'Cidade de Deus' foi um passo para isso", diz.

"Fui no casamento do Lenny Kravitz, encontrei Denzel Washington e ele disse que assistiu 'Cidade de Deus' cinco vezes", conta Seu Jorge. Brown complementa: "Fiz questão de sentar na segunda fileira, eu e mais três amigos, não consegui nem dormir naquela noite, sonhei com o filme!" revela.

A conversa ainda destaca outra produção estrelada por Seu Jorge, dessa vez apenas em áudio: "Paciente 63", audiossérie do Spotify vencedora do Prêmio APCA como melhor podcast em 2021. "Não contávamos com tanto sucesso. Para mim, foi o início do gênero no Brasil. Mexe no imaginário", diz Seu Jorge sobre a produção, que estreou sua segunda temporada em fevereiro.

O cantor também relembrou os sucessos de Bebeto, o rei do suingue, e cantou trechos de "Minha Preta", de 1978, com Brown. Sobre os Racionais, Seu Jorge questiona o rapper: "Como explica Racionais, Brown? Teve uma época que a gente só via camiseta do Olodum e do Racionais", comenta. "Pô, você falando isso eu choro", responde o MC.

As infâncias de Jeferson De em Taubaté, no interior de São Paulo, e de Seu Jorge na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, também são abordadas pelo trio. Nesta temporada, o rapper já recebeu Emicida e Jojo Todynho.