Renato Kramer

'Eu sou um homem um tanto quanto feminino', diz Sidney Magal

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O cantor Sidney Magal esteve no "Programa do Jô" (Globo) da última quinta-feira (9) e presenteou o apresentador com o seu mais recente DVD "Coração Latino" e uma camiseta da sua grife "Latin Lovers".

Logo de início, Jô quis saber se o cantor tem mesmo alguma ascendência cigana. Magal explicou: "Eu tenho uma coisa muito distante, segundo meus avós, que era um tataravô húngaro de uma tribo cigana que eu não cheguei a conhecer".

E acrescenta: "Os meus pais não são ciganos, mas por causa da (canção) "Sandra Rosa Madalena" eles vão aos meus shows até hoje, falam comigo em dialeto que eu não domino realmente, não entendo nada do dialeto cigano – e eles me dizem que a história que eu sei da minha vida não é essa: você não nasceu da sua mãe, você foi deixado por uma cigana na porta da sua casa! Então a coisa virou uma realidade na minha vida, de ser um cigano verdadeiro sem saber", declara Magal.

Sobre o seu encontro com a então jovem Magali , sua esposa há .. anos, o cantor revelou a sua verdadeira "love story" que vai até virar filme. "Eu a conheci num programa de televisão em Salvador (BA) – ela tinha então 16 anos de idade, e eu (13 anos mais velho) fiquei muito impressionado, pedi que ela fosse conversar comigo", relata Magal.

"Então me sentei na frente dela, comecei a chorar compulsivamente, nem eu mesmo sabia porque, e disse para ela: eu só estou aqui pra te dizer que você é a mulher da minha vida, eu quero casar com você, você vai ser a mãe dos meus filhos e eu tô perdidamente apaixonado por você! Ela pensou que eu era um psicopata, lógico!". "E era!", retruca Jô.

Magali estava no programa concorrendo à mais bela estudante da Bahia, entre mais de 70 candidatas. "Eu bati o olho nela e te juro que eu vi sentada ali a mulher que me traria muitas felicidades. Nos vimos apenas por 3 vezes, nos casamos e somos casados até hoje!", comemora o cantor.

Sobre o grande número de imitações que fazem do performer Sidney Magal o cantor confessou: "Eu sou muito besta pra isso, as melhores imitações que eu vi na década de 70 eram das crianças – elas davam um banho me imitando, eu ficava impressionadíssimo. Depois, ao longo da carreira, vários adultos vieram a me imitar: o Stepan Nercessian era ótimo. Mas eu sou muito crítico nesse

sentido. O (Marcelo) Adnet outro dia me imitou no "Fantástico" – mas eu fico achando sempre que é muito caricato, que não é exatamente o Sidney Magal que eu sou. Mas isso é vaidade de artista, com certeza!", conclui.

"O que é que o seu filho fala quando você exagera um pouco?", perguntou o apresentador. Magal ri e explica: "O Rodrigo falava, hoje em dia com 25 anos já nem fala tanto. Mas ele falava principalmente por causa dos meus gestos – eu sou um homem um tanto quanto feminino e masculino – eu acho isso natural, todos nós somos assim", enrola um pouco o cantor.

Mas não se furta de responder: "Então eu passava muito a mão no cabelo, eu fazia um olhar especial e ele me dizia: meu pai, você tá muito veado! (Gargalhada geral) E eu dizia, meu filho, não é muito veado, é feminino – essa vaidade é feminina. Não existia ainda esse excesso de vaidade masculina de hoje. E eu reafirmava: é o lado feminino do seu pai. Artista não tem sexo, pronto! Nós somos bissexuais no palco". "Só no palco?", cutucou Jô. "Fora do palco também", admitiu Magal.

"Todo o ser humano é bissexual", arrematou o cantor. "Todo o ser humano é bissexual, só que uns exercem mais do que os outros – tem um lado predominante", observou o apresentador.

"Você é muito sacoleiro?", mudou de assunto Jô. "Demais!", respondeu Magal sem titubear. "Até nisso eu tive sorte. A minha mulher não suporta shopping. Eu já adoro fazer compras. E não consigo entrar numa loja para comprar uma camisa vermelha que eu não saia com uma azul, uma verde, uma amarela, uma cor de abóbora! O cara me convence, eu compro e fico feliz da vida!", confidencia o 'latin lover'.

"E isso é com tudo, com decoração, com tudo!", acrescenta o cantor. "Já é um lado da coisa de veado", provoca Jô. "Também!", assume Magal. "E eu adoro decorar a casa, a minha mulher não se preocupa com decoração – então aonde eu viajo, tenho que trazer uma lembrança". "É coisa de veado também!", insiste Jô. "Eu sei!", exclama Magal com afetação. "Esse gesto também!", não deixa passar o apresentador. "Pois é, o que é que a gente pode fazer? No começo da carreira ainda me incomodava, agora eu quero que se dane!", declara o 'amante latino' soltando a franga.

Esbanjando simpatia, Sidney Magal encerra a sua deliciosa participação no "Programa do Jô" cantando os seus hits "Meu Sangue Ferve Por Você" e a indefectível "Sandra Rosa Madalena". É ovacionado.

Crédito: Tomás Rangel/Folhapress Sidney Magal
Sidney Magal

Renato Kramer

Natural de Porto Alegre, Renato Kramer formou-se em Estudos Sociais pela PUC/RS. Começou a fazer teatro ainda no sul. Em São Paulo, formou-se como ator na Escola de Arte Dramática (USP). Escreveu, dirigiu e atuou em diversos espetáculos teatrais. Já assinou a coluna "Antena", na "Contigo!", e fez críticas teatrais para o "Jornal da Tarde" e para a rádio Eldorado AM. Na Folha, colaborou com a "Ilustrada" antes de se tornar colunista do site "F5"

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