Ativistas ambientais são acusados por ataque à estátua de Degas nos EUA
Dupla de manifestantes pode ser condenada a pagar multa estimada em cerca de R$ 1,2 milhão
Dois ativistas ambientais que realizaram uma ação violenta contra uma famosa estátua de Degas no museu de Washington foram detidos, nesta sexta-feira (26), e acusados, informou o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
Timothy Martin e Joanna Smith, de 53 anos, estão sendo acusados de ter jogado tinta, em 27 de abril, no pedestal e na caixa de acrílico que protege "La petite danseuse de 14 ans" (A pequena dançarina de 14 anos, em tradução livre), exposta na Galeria Nacional de Artes. Os dois se entregaram à polícia na manhã de sexta-feira e foram presos.
Além disso, eles terão que responder por "conspiração para cometer um crime contra os Estados Unidos" e "dano" ao museu, acusações passíveis de uma pena de cinco anos de prisão e multa de 250.000 dólares (cerca de R$ 1,2 milhão).
Segundo a nota à imprensa, a dupla causou 2.400 dólares (R$ 12.025) de prejuízo ao museu, que teve que retirar a obra do escultor de exibição por dez dias. Quando realizaram sua ação - uma das primeiras desse tipo na América do Norte - os dois ativistas estavam sendo filmados pelas câmeras do jornal The Washington Post.
"Precisamos que nossos líderes tomem medidas sérias para dizer a verdade sobre o que está acontecendo com o clima", disse Smith no vídeo, sentada ao pé da pequena estátua, com as mãos cobertas de tinta vermelha.
Esta "rebelião não violenta" foi reivindicada pelo pequeno grupo Declare Emergency, que pediu ao presidente americano, Joe Biden, que declarasse estado de emergência pelo clima. Durante o outono (do hemisfério norte) de 2022, principalmente na Europa, os ativistas ambientais multiplicaram as ações contra obras de arte, um mecanismo com o qual pretendem alertar a opinião pública sobre a mudanças climáticas.
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