Globo corre para tentar evitar fracasso comercial da nova temporada de No Limite

A área comercial da Globo está na correria para tentar evitar que o No Limite - Amazônia, nova temporada do reality show apresentado por Fernando Fernandes, fique com suas cotas publicitárias encalhadas. Apenas um dos quatro pacotes de patrocínio foi negociado até o fechamento desta reportagem. O programa tem estreia prevista para a próxima terça (18).

O F5 apurou que a Nabisco, da marca de biscoitos Oreo, foi a única que fechou contrato até o momento. A empresa comprou um espaço principal, que dá direito a reclames na TV aberta e no Multishow, onde os episódios do reality de aventura serão reprisados. O valor pago foi de R$ 27,7 milhões.

Nos últimos dias, o setor de vendas da empresa tenta fechar ao menos mais uma cota. Existem negociações em andamento, e empresas que têm como bandeira a ecologia e a sustentabilidade vêm sendo procuradas para atrelarem sua marca (e seu discurso) ao reality, gravado na Amazônia.

Caso não consiga mais uma negociação, a Globo teria uma redução de patrocinadores do No Limite em relação a 2022, quando o programa estreou com duas marcas anunciantes.

Para o mercado, a Globo afirma que o No Limite terá um padrão técnico similar aos realities de streaming feitos por empresas estrangeiras, como Netflix e HBO Max. Quem produz o programa este ano é Endemol Shine Brasil, dona do Survivor, formato original da atração criado nos Estados Unidos. J.B de Oliveira, o Boninho, não está envolvido no projeto. A Endemol já produz o The Masked Singer Brasil na Globo.

A atual temporada é a última de um contrato que a Globo assinou em 2021 para a produção de três temporadas do No Limite. Consta no documento que derradeira poderia ser feita pela produtora dona do formato. A emissora apenas seria responsável por pagar os custos de produção e o cachê do elenco. Não está confirmada a continuidade para 2024.

Procurada, a Globo não comentou até a última atualização desta reportagem.