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Televisão

Camila Queiroz diz que exigências para seguir em 'Verdades' não fugiram do padrão

Atriz afirma que não se opunha a morte de Angel desde que fosse uma decisão do autor

Camila Queiroz - Instagram/camilaqueiroz
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São Paulo

A atriz Camila Queiroz, 28, disse que as exigências contratuais que fez para gravar as cenas finais de "Verdades Secretas 2" não "fogem dos padrões de contrato de outros artistas". Ela também voltou a negar que quis alterar o desfecho de Angel, a protagonista da trama.

"A única coisa que eu quis era saber qual seria o rumo da minha personagem para que eu, enquanto atriz, pudesse definir a construção de personagem", afirmou Camila em uma série de vídeos publicados no Stories do Instagram na noite desta segunda (20).

"Porque eu precisava saber se eu estava construindo a personagem para a sua finalização ou se eu estava prospectando a personagem para uma próxima temporada", disse. A atriz acrescentou que, na época, mandou uma mensagem para o autor da novela, Walcyr Carrasco, dizendo que não se opunha a morte de Angel na trama. "Desde que isso fosse uma decisão dele."

O último capítulo de "Verdades Secretas 2" foi ao ar na sexta (17) no Globoplay com dois desfechos. Segundo divulgado pela colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo, nesta segunda (20), existe uma possibilidade concreta de a atriz voltar à Globo para atuar em uma terceira temporada da novela, apesar da saída conturbada dela da trama.

Em 17 de novembro, a Globo anunciou o desligamento de Camila Queiroz em um comunicado duro à imprensa, falando que a atriz fez "demandas contratuais inaceitáveis" para assinatura da extensão do contrato.

Dias depois, em entrevista ao colunista Tony Goes, do F5, Ricardo Waddington, diretor de entretenimento da Globo, afirmou que a atriz, para estender o seu contrato em sete diárias, fez um "conjunto de exigências que não existe no mundo da produção audiovisual". "Ela queria alterar o desfecho da Angel. O Tony Ramos não pode fazer isto, a Fernanda Montenegro não pode fazer isto", afirmou ele na ocasião.

Na noite desta segunda (20), Camila afirmou que estava muito emocionada e realizada pela conclusão da novela e que desejava esclarecer alguns pontos sobre a polêmica. "Muito foi falado sobre exigências contratuais inaceitáveis para que eu pudesse continuar gravando a obra. Vocês sabem que a vida de um artista, assim como de vários outros profissionais, é regida por um acordo de vontades. Essas supostas exigências que eu fiz nada fogem de padrões de contratos de artistas ou de qualquer outro profissional que busca ter uma organização do seu desenvolvimento", disse.

Ela completou que no caso de "Verdades Secretas 2", sugeriu uma "garantia pela obra". "Porque me dedicar a mais uma temporada significaria para mim ter que abrir mão de outros projetos". "É como quando você vai alugar uma casa, um carro, você tem que dar uma garantia. Essa garantia é em comum? Eu acho que não."

Ela também agradeceu o apoio da família, dos amigos e, em especial, do seu empresário Ricardo Garcia, que vem sendo apontado como o responsável por dificultar as negociações entre a Globo e a atriz. "Eu queria aproveitar e reforçar a importância do Ricardo Garcia que é meu empresário, nisso tudo. Ele foi uma das pessoas que mais lutou pela minha continuidade no projeto, ele nunca mediu esforços para o melhor andamento da minha carreira. Todas as ações dele eram em comum acordo comigo, tinham o meu consentimento", afirmou.

Camila disse ainda que seu marido, o ator Klebber Toledo, é sócio de Garcia na produtora, mas cuida de outras áreas na empresa e não é o responsável pelo gerenciamento da carreira dela.

A atriz acrescentou que todos estão suscetíveis ao erro e que tudo o que aconteceu a afetou muito. "Mas os caminhos que eu segui foram baseados na minha convicção, nos meus valores, no meu propósito de vida." Ela afirmou que não quer mais falar sobre o assunto e finalizou dizendo que "ser mulher, jovem, artista não é fácil."

"O preconceito contra a mulher é o mais histórico que existe. Ele não está definido a um único lugar, é estrutural, está na nossa sociedade, na nossa cultura como um todo", concluiu.

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