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Televisão

'O Cravo e a Rosa' volta ao ar com brigas e amor entre Catarina, a fera, e Petruchio, o machão

Novela será reprisada no Viva a partir desta segunda (25)

Cena de 'O Cravo e a Rosa', novela de 2000
Cena de 'O Cravo e a Rosa', novela de 2000 - Divulgação
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São Paulo

Nos anos 1920, uma mulher não querer casar e brigar para ter os mesmos direitos dos homens era um grande escândalo. Imagine então para a filha de um conservador banqueiro que deseja ser prefeito da cidade de São Paulo. Mas Catarina, a fera, vivida por Adriana Esteves, não se intimida com o que os outros pensam em “O Cravo e a Rosa” (Globo, 2000-2001), comédia romântica deliciosa que volta ao ar nesta segunda (25) no canal Viva, às 23h (com reapresentação às 13h30).

O que a feminista não esperava era encontrar Petruchio (Eduardo Moscovis), um machão caipira que está cheio de dívidas e vê no casamento com a herdeira a única chance de se salvar do atoleiro. A união dos dois, cheia de brigas para lá de divertidas, mas também muito encantamento, já virou um clássico da TV.

“O Cravo e a Rosa” é o primeiro trabalho de Walcyr Carrasco na Globo. O autor vinha de um grande sucesso na Manchete, Xica da Silva (1996-1997), e repetiu a parceria com o diretor Walter Avancini (1935-2001).

 

Com a novela, a dupla conseguiu impulsionar a audiência da faixa das seis da emissora carioca. Agradou tanto o público que a trama durou mais que o dobro do previsto. Programada inicialmente para ter 90 capítulos, foi prolongada a pedido da Globo e chegou aos 221 episódios, com duração de pouco mais de oito meses.

Para escrever a história, Carrasco contou que se inspirou no clássico “A Megera Domada”, de William Shakespeare. Outra referência do autor foi a novela “O Machão”, de 1965, escrita por Ivani Ribeiro (1922-1995) para a TV Excelsior e readaptada em 1974 por Sérgio Jockyman (1930-2001) para a TV Tupi.

Além de Catarina e Petruchio, outros núcleos e personagens são destaques em “O Cravo e a Rosa”.
Um deles é o romance entre Mimosa (Suely Franco), empregada fiel da feminista, e Calixto (Pedro Paulo Rangel), tio de Petruchio.

O tímido e engraçado Cornélio (Ney Latorraca), que faz tudo o que a megera da sua mulher, Dinorá (Maria Padilha), quer também é sucesso entre o público. A reprise da novela é uma boa oportunidade ainda para matar a saudade de Eva Todor (1919-2017), intérprete de Josefa. Mãe de Dinorá, ela atormenta a vida do genro Cornélio.

“O Cravo e a Rosa” apresenta também muito romantismo na pele da doce Bianca (Leandra Leal), irmã de Catarina, que sonha com o amor verdadeiro. A jovem fica dividida entre dois homens: o bonitão Heitor (Rodrigo Faro) e o professor Edmundo (Ângelo Antônio).

No começo da história, interessado só no dinheiro de Bianca, Heitor finge ser romântico dando a ela poemas de amor. Mas os textos, na verdade, são escritos por Edmundo. 

A novela já passou duas vezes no Vale a Pena Ver de Novo da Globo, em 2003, e em 2013. 

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