Prestes a viver primeira vilã, Alice Wegmann diz que 'ainda não atingiu seu auge na carreira'
'Cada vez mais precisamos contar histórias de mulheres fortes'
'Cada vez mais precisamos contar histórias de mulheres fortes'
Um dos grandes destaques da TV em 2018 na pele da heroína Maria, da série “Onde Nascem o Fortes” (Globo), a atriz carioca Alice Wegmann, 23, é uma das principais apostas da nova safra de talentos da emissora. Com o coração aberto, ela abre o jogo e conta que o estouro da personagem não ocorreu de uma hora para a outra.
"Ela de fato marcou. Mas foi meu oitavo trabalho na emissora. Já passei duas vezes por ‘Malhação’, por duas novelas das 18h e outras duas das 21h. Fiz série. Foi tudo uma construção, tenho uma base e uma bagagem forte para sustentar”, afirma a atriz, que começou a carreia aos 11 anos.
De acordo com especialistas em televisão ouvidos pelo F5, Alice Wegmann é hoje uma das mais promissoras atrizes da Globo. Feliz com a boa fase, a artista prefere o caminho da modéstia e destaca que existem outros nomes no mesmo patamar que ela.
"Agradeço muito esse título de promissora, mas ainda tenho muito o que aprender. Estou em meio a uma geração muito forte. Olho para o lado e reconheço muitos comigo. Está sempre surgindo gente nova, até porque em cada personagem a gente experimenta algo novo. Na pele de Maria, por exemplo, eu pude amadurecer enquanto atriz e pessoa."
Com o retorno positivo do público e da crítica, Alice sonha em amadurecer com papéis envolventes. "Sinto que ainda não atingi o meu auge na carreira, foi apenas um pico. Espero fazer muitas outras coisas tão boas.”
Alice se prepara para interpretar Dalila Abdallah, a grande vilã de "Órfãos da Terra", próxima trama das seis da Globo, com previsão de estreia para março após "Espelho da Vida". A trama é escrita por Thelma Guedes e Duca Rachid e vai abordar a questão dos refugiados.
"Dalila é uma libanesa, malvada das boas e bem intensa. Será uma trama com a qual eu estarei até setembro. Só depois dela que pensarei em fazer cinema e outras séries”, diz a atriz.
Personagens fortes são os papéis favoritos da atriz. “Eu me divirto mais. Toda mocinha tem seu valor, mas precisamos contar histórias de mulheres fortes, que não esperam o príncipe encantado." Alice também se considera uma no seu dia a dia. E diz muitas vezes não ter a sua atuação devidamente compreendida na luta pelo feminismo.
"Eu também sofro com isso. Muita gente ainda não entendeu o significado desse termo. Acham que é o contrário de machismo. [...] Feminismo é lutar por direitos iguais e tentar ter uma sociedade mais igualitária. Vemos casos de abuso, assédio, sempre inferiorizando as mulheres. E ainda acham que feminismo é ‘mimimi’”, diz a atriz.
Questionada sobre sonhos, Alice afirma não ter grandes planos. Segundo ela, tal qual a música de Zeca Pagodinho, o melhor é “deixar a vida levar”. "Eu não tenho grandes sonhos, acho que o que mais gosto são as surpresas da vida. Claro que um dia quero ter uma família. Quero também trabalhar até os 90 anos e ser feliz."
E, no que depender das produções protagonizadas por ela até agora, esse caminho contará com sucessos. "Há inúmeros tipos de personagens que não fiz e que gostaria de fazer. Quero sempre experimentar o máximo de mim. Já no âmbito pessoal, quero que 2019 seja um ano de mais calmaria, pois 2018 foi muito intenso", diz a atriz.
Com apenas 23 anos, Alice Wegmann se encaixa no novo perfil que a Globo busca: jovens talentosos e cheios de disposição para encarar produções tanto para a TV aberta (em queda de audiência) quanto para as plataformas de vídeos sob demanda. Apesar de jovem, a atriz já era bastante experiente quando teve seu principal papel na emissora. Ela havia emplacado trabalhos no teatro e no cinema.
"Toda essa bagagem lhe deu maturidade para interpretar Maria na supersérie ‘Onde Nascem os Fortes’. Era uma personagem forte, resiliente e determinada, que lembra a percepção popular da mulher nordestina. Alice teve que enfrentar cenas desafiadoras”, analisa Dirceu Lemos, especialista em TV. “Ela consegue ir da delicada e simpática mocinha à mulher implacável, o que aumenta o leque de opções de personagens interpretáveis, em diferentes obras”, completa Lemos.
Para Claudino Mayer, pesquisador da USP (Universidade de São Paulo), Alice vive uma geração de papéis fortes, com ousadia, rebeldia e versatilidade. “São representações de jovens da sociedade que lutam por objetivos políticos e sociais. A atriz preenche uma lacuna em determinadas produções e passou a ter destaque. Conseguiu poder para construir personagens fortes e marcantes."
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