Aos 23, Giulia Be enfrenta seus medos em nova fase de uma carreira de números impressionantes
Cantora com 600 milhões de visualizações no YouTube sai em primeira turnê disposta a acabar com a sensação de vulnerabilidade que o palco lhe traz
É curiosa a carreira da cantora Giulia Be. Aos 23 anos, ela já foi indicada ao prêmio de Artista Revelação no Grammy Latino (2021), tem mais de 3 milhões de seguidores no Instagram, 600 milhões de visualizações no YouTube e 1,7 bilhão de streams no somatório das plataformas digitais. Números impressionantes, ainda mais se for levado em consideração que nunca saiu em turnê.
Chegou a hora. Por mais que conte com a lealdade de seu fã-clube virtual, ela sabe que é primordial botar o pé na estrada. Na última quinta-feira (13) ela lançou a versão deluxe de "Disco Voador", seu segundo álbum, com cinco novas faixas e, a partir de agosto, voilá!, a cantora dá início à sua primeira tour.
Subirá ao palco, onde admite se sentir mais vulnerável, em cidades do Brasil e de Portugal. "Associo vulnerabilidade à coragem", diz. As pessoas costumam colocar como opostos, mas se expor e se colocar sem filtro para o público demanda coragem", explica ela em entrevista ao F5. Os shows, em teatros, terão clima intimista, "como se estivesse na sala da minha casa ou no meu quarto".
A cantora conta que se preparou de "corpo, mente e espírito" para a transição dos vídeos, lives e programas de televisão para os palcos. Giulia pratica a terapia Theta Healing —técnica energética que teria o poder de atrair sucesso e confiança através de meditação ao acessar a frequência 'theta' do cérebro. "Consegui fortalecer meu espírito, minha mente e minha fé", diz.
Giulia também teve de se disciplinar para superar as críticas que recebia ainda no início da (breve) carreira —ela começou a cantar aos 17 anos, quando abandonou o curso de direito para se dedicar à música. Comentários como "Giulia Be é o terror dos fonoaudiólogos, que dicção horrível", escrito por um internauta após uma participação dela no Encontro em 2021, eram frequentes.
Numa autocrítica, ela diz que não tinha preparação técnica mesmo, e odiava fazer aquecimento vocal. Aos poucos, foi sendo convencida de que precisava se aprimorar para aproveitar ao máximo o seu talento natural. Deu certo. Giulia está confiante e se diz preparada para encarar todos os desafios que surgirem. Os palcos, inclusive. "Hoje minha voz é mais forte", afirma.
A vida pessoal também anda numa fase ótima. Ela está com os quatro pneus arriados pelo americano Conor Kennedy, sobrinho-neto do ex-presidente dos EUA John F. Kennedy. E a recíproca é verdadeiríssima. Os dois andam num chamego só, apesar da distância que às vezes os separa. "A gente está fazendo o relacionamento funcionar da melhor maneira possível", diz. "Ele ama o Brasil e está disposto a morar aqui por um tempo", comemora.
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