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Rosana Hermann

Paulo Vieira é genial, e quem discorda está errado!

Triunfo do artista é aquele que não desperta inveja, só torcida

Paulo Vieira
Paulo Vieira - Eduardo Anizelli - 19.out.21/ Folhapress
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O Brasil está apaixonado por Paulo Vieira. E com toda razão. Paulo Vieira é um criador original, um comediante excepcional, um comunicador genial. E mais do que tudo, ele é encantado. Como diria Fabio Porchat, tem coisa ali.

Tem muita coisa ali, aliás, como Porchat percebeu há muitos anos, quando o apadrinhou e como milhões puderam confirmar quando Paulo fez a Elsa de "Frozen" no Domingão com Huck (Globo), dublando e dançando como uma ninfa diáfana de barba preta. Foi simplesmente incrível, icônico, épico e fez com que o nome de Paulo Vieira ficasse dois dias nos assuntos mais comentados do Twitter.

Conheci Paulo Vieira em 2016, quando Porchat me convidou para ser chefe da sala de roteiro do Programa do Porchat. Paulo começou como sidekick de Fábio, sempre alerta para fazer um comentário esperto e dividir a cena com o apresentador. Mas logo a mente efervescente de Paulo gerou quadros, séries e começou a brilhar também no quadro Emergente como a Gente, idealizado, roteirizado e estrelado por Paulo. A única coisa ali que ele não criou foi o nome, uma sacada do sensacional Victor Camejo.

Hoje, todo mundo conhece Paulo por seus quadros no Fantástico, suas participações divertidíssimas no BBB, seus programas nos canais a cabo, suas participações em programas da Globo, as campanhas publicitárias que faz e sua presença marcante nas redes sociais. Foi no Twitter que Paulo desenrolou a história de Pablo e Luizão, respectivamente um amigo de seu pai e o próprio. O fio fez tanto sucesso que virou série do Globoplay. Por falar nisso, numa entrada ao vivo no Jornal Nacional na noite de segunda-feira (15), Maria Beltrão disse que "soube que Péricles vai ser pai de Paulo Vieira", ou seja, muita gente concluiu que Péricles talvez faça o papel de Luizão.

Quem vê Paulo onipresente pensa que o sucesso apenas bateu em sua porta. Errado. Paulo vem construindo essa carreira há mais de uma década (para Ana Maria Braga, afirmou já serem 20 anos). Foi em 2010 que ele criou o primeiro grupo de stand-up do Tocantins, o Tô na Comédia. Depois vieram os prêmios, as participações cada vez mais frequentes, os convites, até que a grande ascensão para a TV aberta acontecesse em 2016 com Porchat.

Hoje, vendo o tamanho do sucesso de Paulo Vieira, lembrei de um momento na virada cultural de São Paulo de 2014, quando ele fez um show de stand-up para um público praticamente inexistente. Ele ali, no palco e alguns poucos gatos pingados esperavam por Porchat, que se apresentaria a seguir. Paulo não perdeu o rebolado. Fez o show, divertiu-se, gravou um vídeo mostrando que não tinha ninguém, que estava ali quase sozinho. É esse talento sem ego, de quem é capaz de rir de si mesmo, que faz de Paulo Vieira não só um artista excepcional, mas um ser humano querido.

Desejo a Paulo Vieira tudo o que de melhor a vida puder dar. Amor, saúde, prosperidade, alegria, amigos, fãs, tudo. Porque o sucesso dele não tem ostentação. O triunfo dele é aquele que não desperta inveja, só torcida.

Paulo Vieira é abençoado.
Paulo Vieira é o Brasil feliz de novo.

Rosana Hermann

Rosana Hermann é jornalista, roteirista de TV desde 1983 e produtora de conteúdo.

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