Maria Zilda tem primeira derrota em ação judicial que move contra a Globo; saiba mais
Justiça negou pedido para que emissora apresente contratos de reprises e tramas em que ela atuou
A atriz Maria Zilda Bethlem teve uma primeira derrota em uma ação que move contra a Globo. Ela pede uma indenização pelo baixo pagamento por parte da emissora de reprises de novelas que a tiveram no elenco. O caso está em primeira instância.
O caso corre na 28ª Vara Cível da Comarca do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), segundo documentos obtidos pela coluna. Maria Zilda havia pedido para que a Globo fosse obrigada a mostrar, em juízo, os contratos que ela assinou.
A Justiça negou, com a alegação de que ainda não haviam elementos para o pedido ser aceito. A Globo já se defendeu, com a alegação de que sempre cumpriu os contratos de reprises feitos com atores.
Na manifestação oficial da ação, Maria Zilda diz que foi contratada da Globo por 40 anos e que, durante o período em que ficou no ar, não havia uma legislação específica ou algo em contrato que estipulasse um valor para disponibilização em reprises de TV por assinatura ou streaming.
Por causa disso, na visão de sua defesa, os direitos conexos ficaram confusos e complexos. Outra queixa é que os valores pagos nos últimos anos não foram explicados pela emissora e são baixos até para a realidade do mercado.
Em 2020, durante uma live no Instagram com a colega Maria Padilha, Maria Zilda reclamou publicamente da Globo pelos pagamentos feitos ao canal Viva. Naquela ocasião, era reprisado o remake de "Selva de Pedra" (1986).
"Sabe quanto eles me pagaram por toda a novela 'Selva de Pedra'? Faço questão de dizer: R$ 237,40. Pela lei, a gente ganha 10% de tudo o que ganhou na novela durante um ano. Então, para você ganhar R$ 237, é porque você ganhava isso por mês, então você ganhou durante um ano R$ 2 mil? Você trabalhou dez meses ganhando R$ 200? Para reprise, funciona. Quando mostra no Viva, eles alegam que não são donos. Eu não me conformo com isso", disse.
A ideia da atriz é que sua ação vire um precedente para outros atores que reclamaram dos pagamentos nos últimos anos. Nomes como Mateus Solano, Tuca Andrada, Sergio Marone, Nívea Stelmann e até Sonia Braga já se queixaram da Globo pelas quantias pagas pelos direitos conexos de reprises.
Maria Zilda não pede um valor exato na ação. Seu desejo é que a Justiça obrigue a Globo a rever os contratos e pague o que for justo. A seu ver e de sua defesa no processo, são 10% do valor estimado da obra.
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