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De faixa a coroa
Descrição de chapéu Miss Universo

Miss Universo se une a concorrente e novo comandante provoca ex-presidente

Concurso faz parceria com Miss Grand International para tentar melhorar edição de 2025

A imagem é dividida em duas partes. À esquerda, duas mulheres estão posando, vestindo trajes elaborados e adornos de beleza, com coroas e joias. À direita, um homem e uma mulher estão em um palco, levantando as mãos em celebração, com um fundo iluminado e decorado, sugerindo um evento de premiação ou concurso.
As atuais vencedoras do Miss Grand International e Miss Universo (esq.) e os atuais donos dos respectivos concursos (dir.) - Reprodução/Instagram
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São Paulo

A organização do Miss Universo surpreendeu a todos ao anunciar uma parceria inédita com o Miss Grand International, considerado até então o seu maior concorrente no setor. O concurso deu "carta branca" para que o empresário tailandês Nawat Itsaragrisil, 59, dono do Grand, comandasse toda a operacionalização da próxima edição do mundial, que acontece no final de novembro na Tailândia.

O acordo foi selado com uma conferência de imprensa realizada em Bangcoc, capital do país asiático (assista reportagem ao final do texto), com a presença de Nawat e dos atuais proprietários do Miss Universo: o empresário mexicano Raúl Rocha Cantú e a magnata tailandesa Anne Jakrajutatip, 46.

Também aconteceu no palco do evento o encontro inédito das atuais detentoras dos títulos de Miss Universo, a dinamarquesa Victoria Kjaer Theilvig, 21, e de Miss Grand International, a indiana Rachel Gupta, 21.

Na ocasião, em um discurso em tom de provocação, Nawat deixou claro que, além da parte artística, a união entre os gigantes do mundo miss também tem um sentido estratégico. "Não me incomodo com nenhum outro concurso de beleza, não me importo com algum [concurso] que ainda esteja nascendo. Venha lutar conosco, estamos prontos", iniciou ele.

"E, por favor, não copiem o Miss Universo. O Miss Universo é único, assim como o Miss Grand International. [ ...] Estão fazendo cópias. Algumas pessoas mudaram de concurso e querem tentar. Ela estava trabalhando com o Miss Universo e quer sobreviver, então está voando ao redor do mundo para ficar em algum lugar e copiar o Miss Universo. Desculpe, estamos muito além e eu não consigo mais te enxergar daqui (sic)", finalizou.

Possivelmente, a mensagem foi direcionada à executiva norte-americana Paula Shugart, 65, que agora está apostando todas as suas fichas no recém-nascido Miss Cosmo International, que este ano realiza sua segunda edição. Com 25 anos de trabalho no Miss Universo, 23 deles como presidente, Paula deixou o cargo em novembro de 2023, cerca de um ano depois de Anne, via sua empresa JKN Group, ter comprado o Miss Universo pelo valor de US$ 20 milhões (cerca de R$ 100 milhões).

A partir da esquerda, a americana Paula Shugart (ex-presidente do Miss Universo), a tailandesa Anne Jakrajutatip (dona do concurso) e Amy Emmerich (ex-CEO do Miss Universo)
A partir da esquerda, a americana Paula Shugart (ex-presidente do Miss Universo), a tailandesa Anne Jakrajutatip (dona do concurso) e Amy Emmerich (ex-CEO do Miss Universo) - Lillian Suwanrumpha/AFP

A saída de Paula se deu repleta de polêmicas, com direito a acusações de corrupção em sua gestão, feitas por Anne. Ela se defendeu com uma carta aberta publicada nas redes sociais e, recentemente, entrou com uma ação judicial contra a tailandesa na Justiça do país asiático.

INSATISFAÇÃO DOS FÃS

A parceria com o Miss Grand chega após o Miss Universe enfrentar insatisfação dos fãs e especialistas no setor —chamados de missólogos—, sobre o show final de coroação da última edição, realizado em 16 de novembro, na Cidade do México. Segundo as críticas, a transmissão pelo YouTube foi repleta de erros, principalmente de câmeras, e o roteiro deixou muito a desejar em emoção.

"O evento final de fato decepcionou, sem falar que houveram muitas dificuldades de infraestrutura ao longo dos dias de confinamento. Talvez o Miss Universo não tenha mensurado corretamente a logística, não só de dia a dia mas também de palco, em relação à grande quantidade de mulheres competindo em 2024", analisa Renan Lima, 33, integrante do Grupo Universo Miss (@grupouniversomiss), fazendo referência ao número recorde de quase 130 candidatas da 73ª edição do certame.

Por sua vez, a final do Miss Grand em 2024, que aconteceu em 25 de outubro também na Tailândia, foi considerada um espetáculo de entretenimento, com muitas luzes e elementos de palco, bastante elogiada pelos seguidores do mundo miss. Inclusive, na ocasião, a gaúcha Talita Hartmann, representante do Brasil, ficou em quinto lugar e as imagens da final repercutiram bastante por aqui.

De faixa a coroa

Fábio Luís de Paula é jornalista especializado na cobertura de concursos de beleza, sendo os principais deles o Miss Brasil e o Miss Universo.

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