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De faixa a coroa
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Miss Universo

Miss Universo 2024: Concurso trouxe recordes numéricos entre caos operacional

Vencedora foi a dinamarquesa Victoria Kjaer, primeira loira em 20 anos

Chidimma Adetshina, a Miss Nigéria, aplaude Victoria Kjaer, Miss Dinamarca, vencedora do Miss Universo 2024 - Carl de Souza/AFP
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Cidade do México

Em sua 73ª edição, cuja final foi realizada na noite deste sábado (16), na Cidade do México, o Miss Universo deixou claro quais os caminhos que pretende seguir daqui para frente. A mensagem da organização, que é dirigida pelo mexicano Raúl Rocha Cantú e pela empresária tailandesa Anne Jakrajutatip, é a de que a fórmula do concurso se manterá a mesma, porém com uma nova roupagem.

Isso ficou evidente não só pelo perfil da vencedora, a dinamarquesa Victoria Kjaer, 21, como também pelos ineditismos numéricos marcados pelo evento deste ano.

Quanto à miss, ela é a primeira dinamarquesa que vence a coroa, a primeira europeia eleita desde 2016 e também a primeira mulher loira a usar a coroa após 20 anos —a última foi a australiana Jennifer Hawkings, em 2004. Em um certame que é historicamente dominado por ganhadoras latinas, esses pontos são mais que apenas curiosos.

Quanto aos números, o Miss Universo teve um recorde de 128 misses concorrendo (três delas saíram da competição). Antes havia um teto estabelecido de 95 postulantes, por motivos logísticos. Um dos pontos que impulsionou esse fato foi o fim do etarismo na competição.

A partir de janeiro deste ano, o evento abriu a possibilidade para que mulheres de qualquer idade, a partir de 18 anos, pudessem entrar -- antes a idade limite era de 28 anos. No elenco, 34 delas se enquadravam nesse novo limite, o que equivale a quase 30% das candidatas. A mais velha era a Miss Malta, Beatrice Njoya, 40.

Outra mudança de regra que impulsionou o boom de candidatas foi a permissão da entrada de mães mulheres e casadas. No grupo, 16 mamães se fizeram presente, incluindo a Miss Brasil, a pernambucana Luana Cavalcante, 25 —que não se classificou.

Outro ponto que chama a atenção é que, apesar da grandiosidade do evento —o palco foi um dos maiores dos últimos anos e foi realizado na Arena CDMX, que comporta cerca de 22 mil pessoas— a organização deixou bastante a desejar. A transmissão, tanto do show preliminar quanto da final, desagradou aos fãs, com erros de roteiros e de coreografia.

Exemplo disso é que as misses não desfilaram em traje de gala na etapa de avaliação preliminar dos jurados, no dia 14. Bastante tradicional, e inerente à figura da miss, o fato gerou bastante desconforto na plateia presente quanto às próprias misses e estilistas, que tanto se empenham nesse ponto.

Nas três semanas de evento havia ainda um certo caos na infra-estrutura, possivelmente por conta da grande quantidade de misses. Elas pouco fizeram atividades fora do hotel sede da competição, o luxuoso Intercontinental Presidente, assim como a comunicação com a imprensa falhou bastante.

Toda mudança traz consigo momentos de adaptação. Esperamos que, em 2025, o concurso traga ajustes para que o tradicionalismo não morra com as necessárias atualizações para que o Miss Universo se mantenha relevante e vivo.

De faixa a coroa

Fábio Luís de Paula é jornalista especializado na cobertura de concursos de beleza, sendo os principais deles o Miss Brasil e o Miss Universo.

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