Miss Universo: Brasileira é uma das candidatas ao Miss Suíça 2024; conheça Barbara Suter
Natural de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, ela é filha de passista de escola de samba e pode ser a terceira representante do Brasil na disputa do mundial deste ano
A seletiva da Suíça para o Miss Universo 2024 tem uma candidata brasileira este ano: a carioca Barbara Suter, 33. Ela mora desde 2017 no país europeu. Se vencer, pode ser a terceira brasileira no elenco do mundial, já que além da Miss Brasil, que será eleita em 19 de setembro, a mato-grossense Raika Coutinho, 36, disputa no dia 31 de julho o título de Miss Canadá.
Natural de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Barbara é filha de pai suíço e mãe brasileira e, portanto, tem dupla nacionalidade. Apesar de ter crescido e morado no Rio, ela sempre esteve bem familiarizada com o país europeu, já que o visita desde criança.
"A Suíça é também minha casa e sempre esteve em meu coração. Estou indo com tudo para lutar por essa coroa e ir ao Miss Universo. Quero muito representar a Suíça, país que amo bastante e escolhi para viver", diz Barbara, em conversa exclusiva com a coluna "De Faixa a Coroa".
"Decidi vir para cá há sete anos por um conjunto de motivos. Entre eles está fazer meu mestrado em veterinária e consolidar minha carreira nessa área aqui. Também levei em conta sair da insegurança e dessa política difícil que a gente tem no Brasil. Aqui tudo funciona", disse ela que, além de ser médica veterinária, faz trabalhos como modelo e em eventos.
Segundo a miss, apesar do fato curioso de ser brasileira, ela não é a primeira candidata do concurso nacional a ter dupla nacionalidade, já que a Suíça é um país composto por mais de 20 nacionalidades diferentes. "Quero levar todas as forças e emoções das minhas raízes brasileiras para ter a classificação mais alta possível no concurso".
Se for coroada, um dos desafios de Barbara será fazer a Suíça voltar a entrar nas classificações do Miss Universo. Afinal, a última vez em que o país avançou no mundial foi em 2013, quando a representante Dominique Rinderknecht entrou no grupo de 16 semifinalistas (Top 16). Desde então, não obteve mais colocações na disputa. Já o resultado mais alto da história do país no Miss Universo foi o 3º lugar de Lauriane Gilliéron, em 2006.
MISS POLIGLOTA
A data do Miss Suíça ainda não foi anunciada, mas a expectativa é de que a final aconteça na segunda quinzena de setembro em Zurique, uma das principais cidades do país (a capital, Berna, também pode ser uma possibilidade). Um grupo de cerca de 20 mulheres disputa a coroa, que hoje pertence à Lorena Santen, titular de 2023. "Estou cuidando bastante do físico e da pele, e vou começar em breve aulas de passarela e postura, além de me preparar na questão da entrevista e oratória", explica ela, que vive em uma localidade na região de Cantão Schwyz, perto da cidade de Lucerna.
Barbara terá dois diferenciais em relação às outras candidatas do concurso nacional. O primeiro deles é que, por conta de seu histórico familiar, a miss sempre estudou idiomas e hoje é fluente em português, inglês, alemão e suíço alemão, além de se comunicar bem em francês, espanhol e italiano. O segundo é que ela pode ser considerada uma miss de carreira, pois já participou de múltiplos concursos no passado.
A experiência mais recente foi sua vitória em junho de 2022, representando a Suíça, na 7ª edição do Miss Europe Continental —tradicional certame que recebe representantes de todos os países europeus. Antes disso, ela disputou o Miss Brasil Mundo em 2015, representando a Baixada Fluminense, mas não obteve classificação.
"O mundo miss chegou na minha vida quando eu tinha 18 anos e a minha irmã Luana me inscreveu, sem eu saber, no Miss Mundo Caxias. Minha mãe, Lecy, sempre quis que eu fosse passista do Carnaval como ela, mas me incentivou a ir para o concurso, e eu fui e venci. O que me encantou foi que eu descobri ali que toda mulher já é uma miss, a gente tem isso dentro da gente, só precisa fazer florescer. É algo que vai muito além da beleza e tem muito a ver com a responsabilidade da representatividade", analisa.
Vale lembrar que a participação de Barbara, que tem 33 anos, em uma etapa do Miss Universo só foi possível após a mudança da regra de idade anunciada em setembro passado pela organização mundial, que prega o fim dos limites de idade para participar do concurso. Antes disso, só podiam estar na competição misses entre 18 e 28 anos.
A Argentina teve este ano uma candidata de 60 anos entre as favoritas ao título nacional, o que a credenciaria a disputar o país no Miss Universo. Alejandra Rodriguez, de Buenos Aires, no entanto, acabou superada pela Miss Córdoba, Magalí Benejam, 29. Ela terminou entre as 15 mais bem colocadas e venceu na categoria Melhor Rosto.
Apesar de a data exata não ter sido revelada, já foi anunciado que o Miss Universo 2024 vai acontecer em novembro, no México. Quem passa a coroa é a nicaraguense Sheynnis Palacios, vencedora da última edição, em El Salvador. A miss, inclusive, é uma das convidadas confirmadas para a coroação da Miss Universe Brasil, que acontece no dia 19 de setembro em São Paulo, no Teatro Gamaro.
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