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De faixa a coroa

'Minha missão aqui tem cunho social', diz atual Miss Supranational sobre visita ao Brasil

Equatoriana Andrea Aguilera acompanha etapa brasileira do concurso

A equatoriana Andrea Aguilera é a Miss Supranational 2023
A equatoriana Andrea Aguilera é a Miss Supranational 2023 - Ricardo Siviero
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São Paulo

Uma das surpresas desta edição do Miss Supranational Brasil é que, pela primeira vez, a ganhadora mundial vai acompanhar presencialmente a coroação. A equatoriana Andrea Aguilera, 22, atual Miss Supranational 2023, chegou ao país no sábado (9) e, desde então, acompanha todas as atividades do concurso.

"Esta é minha primeira vez no Brasil e estou achando tudo incrível. Quero muito conhecer outras cidades, como o Rio de Janeiro, mas não sei se terei tempo", disse ela, em entrevista exclusiva a "De Faixa a Coroa". "É incrível a oportunidade de conhecer novos países, mas essas viagens como miss, mais do que diversão ou férias e turismo, são trabalho. Minha missão aqui tem também um cunho social".

Segundo a miss, depois da final nacional ela vai participar por aqui de algumas atividades de cunho social junto ao Morhan (Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase), órgão sem fins lucrativos apoiado pelo concurso brasileiro.

Natural da cidade de Ventanas (Equador), a modelo é a 14ª Miss Supranational e apenas a quarta latina a ocupar o trono. Ela é também a quarta equatoriana a vencer uma das grandes coroas mundiais —antes dela, o país já contabilizava uma vitória no Miss International (2011) e duas no Miss Terra (2011 e 2016).

"Após a vitória fui recebida com muito amor pelos meus conterrâneos, os fãs estavam muito felizes e orgulhosos. Senti naquele momento que a vitória não era em meu nome, e sim em nome do meu país", relembra. "Quando voltei com a coroa, o Equador estava passando por alguns problemas de segurança mas, mesmo assim, as pessoas foram me apoiar. Foi muito especial".

Atualmente Andrea está totalmente dedicada ao trono, mas já cursou negócios internacionais e medicina, apesar de não ter concluído os cursos. "Eu sou muito focada quando quero algo e gosto de fazer muito bem o meu trabalho. Então eu sabia que se entrasse em um concurso de beleza, eu não conseguiria me dedicar aos estudos da forma integral como eu gostaria. Então entendi que a universidade teria que esperar", justifica.

Andrea é também considerada uma miss de carreira, e já participou de vários concursos, sendo que o primeiro foi aos 16 anos. Em 2021, ela ficou em segundo lugar no Miss Grand International, considerado uma das grandes competições mundiais da atualidade.

"Eu e minha mãe sempre tivemos uma tradição de, todos os anos, assistir juntas aos concursos de beleza. Então, desde muito pequena eu sempre amei os concursos de beleza e achava que as misses como seres inalcançáveis, anjos ou deusas. Quando senti que havia chegado minha hora, me preparei e fui atrás do meu sonho. Meu primeiro concurso foi aos 16 anos.".

Vale lembrar, Andrea disputou o título no final de julho, na Polônia, com um grupo de 65 misses. Entre elas estava a gaúcha Sancler Frantz, 32, que ficou em terceiro lugar e se despede do reinado na noite desta quarta (13). Chamada pelos fãs de Barbie Brasileira, por sua semelhança física com a boneca, ela fez história ao tornar-se a primeira brasileira a entrar no grupo de cinco finalistas do Supra.

QUEM SERÁ A MISS SUPRA?

Um grupo de 27 mulheres concorre no Machadinho Thermas Resort, no noroeste do Rio Grande do Sul, pela vaga brasileira na edição 2024 do Miss Supranational. Desde este domingo (10), elas estão participando de uma série de desfiles e eventos, além de entrevistas, fotos e gravações preliminares até a final, que será transmitida pelo YouTube, no canal oficial do Miss Supranational.

No grupo de candidatas de todo o país há desde modelos, atrizes, influenciadoras digitais e estudantes universitárias, até médicas, psicólogas, advogadas, empresárias, servidoras públicas e artesãs. O destaque deste ano vai para a presença inédita de duas mulheres transgênero, as misses Ceará, Angel Gadelha, 27, e Sergipe, Isabella Lima, 23.

O recente aumento da regra de limite de idade no Miss Supranational, que foi de 29 para 32 anos, já surtiu efeito. Tanto que a média de idade do grupo de misses desta edição é de 26 anos, a mais alta dos concursos nacionais realizados na última década.

Do elenco deste ano, também sairá a representante do país no Miss Charm, cuja atual vencedora é a mineira Luma Russo. O concurso vietnamita aconteceu em fevereiro deste ano e, desde então, está elegendo candidatas em todo o mundo para sua próxima eleição, ainda não agendada.

De faixa a coroa

Fábio Luís de Paula é jornalista especializado na cobertura de concursos de beleza, sendo os principais deles o Miss Brasil, Miss Universo, Miss Mundo e Mister Brasil. Formado em jornalismo pelo Mackenzie, passou por Redações da Folha e do UOL, além de assessorias e comunicação corporativa.
Contato ou sugestões, acesse instagram.com/defaixaacoroa e facebook.com/defaixaacoroa

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