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De faixa a coroa

Favorita ao Miss Grand, paulista Isabella Menin diz não ter medo de perder

Brasileira de 26 anos disputa final de concurso internacional nesta terça

Miss Brasil, Isabella Menin, se apresenta na preliminar

Miss Brasil, Isabella Menin, se apresenta na preliminar Divulgação/MGI

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São Paulo

Quando entrou no palco do Miss Grand Brasil, em julho, a paulista Isabella Menin, 26, mostrou que não estava ali a passeio. Agora, ela tenta repetir o mesmo impacto que causou no público, mas na Indonésia, onde disputa nesta terça-feira (25), com outras 67 misses, a final do Miss Grand International 2022.

A modelo é considerada, por especialistas e fãs, a super favorita ao título, liderando praticamente todos os rankings publicados por missólogos em todo o planeta —chamados de "hot picks". Apesar da pressão do favoritismo, a miss contou com exclusividade para a coluna que está tranquila.

"Não tenho medo de perder, nem de nada", disse ela. "Para conquistarmos algo, temos que primeiro acreditar no nosso potencial e que tudo sempre é possível. Eu acredito que posso vencer!".

Por aqui, o elemento surpresa que arrebatou o júri e lhe deu a vitória foi o vestido prata da final, que tinha um capuz acoplado na parte de trás da cabeça, com um pingente na testa. A peça lembra um dos véus usados no islamismo, religião predominante na Indonésia.

Por lá, ela também usou o capuz, mas desta vez em um vestido com toques vermelhos e uma capa da mesma cor. A look, conjugado com sua performance de palco, a catapultou imediatamente ao patamar de grande favorita à coroa.

Natural de Marília, no interior de São Paulo, Isabella sempre esteve muito perto dos concursos de beleza. Sua avó e sua mãe são misses, e ela esteve em muitas disputas infantis e adolescentes. Só mais tarde, já como modelo internacional, foi que percebeu que as faixas e coroas não eram só referência familiar, mas também sua paixão.

"As carreiras de modelo e de miss, mesmo tendo alguns aspectos diferentes, são fáceis de conciliar. A verdade é que, mesmo trabalhando como modelo, eu sempre soube que queria voltar para a minha paixão, que é o mundo miss. Por isso larguei tudo para me preparar para ser Miss Brasil e disputar o Miss Grand", conta ela, que morava na Turquia antes da disputa.

"Comecei a preparação para o nacional um ano antes do concurso. Com aulas de oratória, passarela, coaching, espanhol e artes cênicas. Para o mundial, foram três meses de preparação. Para mim, a parte mais fácil foi passarela e comportamento de palco, que flui mais facilmente. A mais difícil são as redes sociais", revela.

Se vencer, a paulista entra para a história quebrando um jejum de 51 anos desde que o Brasil venceu em um dos grandes concursos mundiais —o chamado Grand Slam. A última vez foi com a médica carioca Lúcia Petterle, no Miss Mundo de 1971.

Com a coroa na cabeça, ela terá quer morar durante um ano na Tailândia, onde fica a sede do mundial. O posto de Miss Grand International exigirá que Isabella viaje pelo mundo representando o concurso e compartilhando suas mensagens e valores. Confira abaixo a entrevista completa com a miss.

Como você se descreve? Qual sua principal característica?
Sou uma pessoa determinada, que se entrega por inteiro quando tem um desafio. Mas sou também uma pessoa tranquila e grata, sempre olho o lado positivo das situações e tenho a consciência que alguns resultados estão apenas nas mãos de Deus. O que ele tem para mim, eu sei que é sempre o melhor.

Você já é uma modelo bem-sucedida. Por que decidiu apostar na carreira de miss?
O mundo miss esteve na minha vida desde nova, antes mesmo de ser modelo. As carreiras de modelo e de miss, mesmo tendo alguns aspectos diferentes, são fáceis de conciliar. A verdade é que mesmo trabalhando como modelo, eu sempre soube que queria voltar para a minha paixão, que é o mundo miss.

Por que você escolheu disputar na franquia Grand?
Escolhi a franquia Grand porque, para mim, nos dias de hoje, ela tem a melhor produção nos concursos de beleza. É uma franquia nova mas, mesmo assim, alcançou o seu espaço em muito pouco tempo. Eles investem muito no concurso e conseguimos ver isso a cada ano com o seu admirável crescimento.

Esperava vencer no Brasil? O que você pode destacar do concurso?
Eu participei em um ano com fortíssimas candidatas. Mulheres lindas, inteligentes e muito determinadas. Nunca tive certeza de nada, pois foi uma competição acirrada. Mas eu acredito que nosso mindset é essencial para tudo que nós propomos fazer. Então eu entrei lá com o pensamento convicto de que eu iria ganhar até o último minuto da competição.

Qual o legado que você quer deixar como Miss Brasil?
Quero deixar um legado para que, assim como eu, as pessoas e também outras misses não tenham medo de se arriscar e que sigam seu coração. E que, principalmente, acreditem que são ganhadoras antes mesmo de receberem sua coroa na vida ou no concurso.

Como foi sua preparação para o mundial? Qual foi a parte mais fácil e a mais difícil?
Comecei a minha preparação para o nacional um ano antes do concurso. Com aulas de oratória, passarela, coaching, espanhol e artes cênicas. Para o mundial, foram três meses de preparação com uma extensa lista de profissionais super qualificados do Miss Grand Brasil. Entre eles professores de oratória, passarela, conhecimentos gerais e inglês, stylist, preparadora espiritual, mentoria e preparador físico. A direção do nacional sempre me apoiou em tudo e compartilhou seu conhecimento sobre o concurso. Para mim, a parte mais fácil foi passarela e comportamento de palco, pois flui mais facilmente. A mais difícil são as redes sociais, que agora como miss e figura pública me demandam ser mais ativa.

Como está sendo a experiência no Miss Grand, aí na Indonésia?
Está sendo uma experiência fantástica! Eles nos tratam incrivelmente bem aqui. No staff do MGI, todos são muito carinhosos e atenciosos. Visitamos e ficamos em lugares lindos, além de vivenciarmos experiências únicas sobre a cultura local, como se vestir de kebaya [vestido tradicional usado na Indonésia e Malásia], aprender dança balinesa, visitar o zoológico... Sem tirar que somos super mimadas aqui! Quase todos os dias recebemos presentes maravilhosos dos parceiros do concurso. Nos divertimos, mas trabalhamos muito também. Temos treinos quase todos os dias por horas e horas. É um schedule apertado, mas muito divertido.

Está tendo alguma dificuldade/desafio por aí? Qual seria?
Acho que manter o meu cabelo enrolado! Eu amo deixá-lo com cachos, mas tenho evitado por aqui. Acredito que é super importante mostrarmos a versatilidade do cabelo, mas o clima de temporada de chuvas aqui na Indonésia está limitando essa possibilidade. Normalmente o meu cabelo já não segura os cachos por muito tempo, mas agora está bem menos.

Acredita que pode vencer o título? Como vai ser se você vencer?
Se eu vencer, terei que residir durante um ano na Tailândia, onde fica a sede do mundial, atuando como Miss Grand International, viajando pelo mundo representando o concurso e compartilhando suas mensagens e valores. Para conquistarmos algo, temos que primeiro acreditar no nosso potencial e que tudo sempre é possível. Se você não acredita em si, não passa credibilidade e confiança no que você tem a oferecer. Eu acredito que posso vencer!

Você tem medo de perder? Qual seu maior medo?
Não tenho medo de perder, nem de nada. Estou tranquila quanto a isso. Tenho a consciência de que Deus tem sempre algo melhor guardado para mim. Ele já fechou algumas portas na minha vida que na hora eu não entendi o motivo, mas depois vi nitidamente que era o melhor para mim.

De faixa a coroa

Fábio Luís de Paula é jornalista especializado na cobertura de concursos de beleza, sendo os principais deles o Miss Brasil, Miss Universo, Miss Mundo e Mister Brasil. Formado em jornalismo pelo Mackenzie, passou por Redações da Folha e do UOL, além de assessorias e comunicação corporativa.
Contato ou sugestões, acesse instagram.com/defaixaacoroa e facebook.com/defaixaacoroa

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