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Zapping - Cristina Padiglione
Descrição de chapéu skate surfe tecnologia

Primeiro canal de surfe do Brasil, Woohoo se reinventa com games

Segmento, que movimenta R$ 12 bilhões no Brasil, se junta a competições de skate e de ondas

Apresentadoras de TV
Letícia Marques, Ana Xisdê e Thais Matsufugi, novas apresentadoras do canal Woohoo. - Divulgação Woohoo
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São Paulo

O Woohoo foi o primeiro canal pago de surfe criado no Brasil, ainda nos anos 1990, sob o chapéu da então programadora Turner, hoje Warner Bros Discovery. Logo após a lei da TV paga, regulamentada em 2012, que não favorecia sua condição de canal nacional abrigado pela gringa Turner, ele se libertou do vínculo e se tornou independente, então totalmente nacional.

De lá para cá, o volume de assinantes de TV paga caiu vertiginosamente no Brasil, de 20 milhões para 13 milhões, obrigando todos os canais a se readequarem ao consumo de seus conteúdos, por meio de outras plataformas.

No caso do Whoohoo, a transformação abrange conteúdo, e não só distribuição, com a adesão a um segmento que só cresce no país: o de games. Antes um pilar da comunidade brasileira de surfe e skate, o canal se reinventou para abraçar a plateia mais jovem atualmente engajada em uma indústria que arrecadou cerca de US$ 196 bilhões no mundo em 2022 e cresce a cada ano.

Só no Brasil, o negócio de games movimenta R$ 12 bilhões ao ano. Isso coloca o país na liderança em receita no setor na América Latina.

Atualmente, o Woohoo atinge mais de 8,5 milhões de lares com uma programação que abrange os universos gamers e geek. Com investimento de R$ 50 milhões da holding Brickto Games S/A, o canal idealizou uma programação que explora todas as vertentes da indústria de games, abrindo a discussão sobre o assunto com novas atrações, apresentadores e temáticas de inclusão e diversidade.

O Brasil é o 10º maior mercado de games do mundo.

Nomes importantes da indústria e personalidades populares da comunidade geek comandam as novas atrações do canal, sobretudo no campo relacionado a este universo, como e-sports, torneios, lançamentos, discussões e game plays. A meta é atrair os 78% dos jovens que, de acordo com a PGB (Pesquisa Game Brasil 2023), consomem jogos eletrônicos como forma de lazer.

"Estamos indo para um novo desafio, com novos canais e um novo propósito: ser um pilar da comunidade gamer para legitimar e moldar a imagem do gamer diante da sociedade", argumenta Antonio Ricardo Lopes, fundador do canal. Ele pretende desconstruir discursos como "Saia da frente do PC, vá trabalhar, vá estudar ou fazer algo que preste".

Nada diferente do que fez com o incentivo ao surfe e ao skate, a despeito do sedentarismo presente na prática de um joy sticker e ausente nas modalidades que antes contemplavam o alvo do canal. Mas já que uma coisa não exclui a outra, o canal planeja para 2023 a exibição de 235 horas de competições e 169 horas voltadas para conteúdos específicos sobre games, além de dedicar outras 160 horas para seguir explorando o universo do surfe e skate.

A ideia do Woohoo é trazer engajamento não apenas entre fanáticos por e-sports, mas também entre jogadores casuais, que representam quase 77% do mercado.

Zapping - Cristina Padiglione

Cristina Padiglione é jornalista e escreve sobre televisão. Cobre a área desde 1991, quando a TV paga ainda engatinhava. Passou pelas Redações dos jornais Folha da Tarde (1992-1995), Jornal da Tarde (1995-1997), Folha (1997-1999) e O Estado de S. Paulo (2000-2016). Também assina o blog Telepadi (telepadi.folha.com.br).

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