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Zapping - Cristina Padiglione
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Volta de 'Mulheres Apaixonadas' tem ibope de novela das 7

Estreia no Vale a Pena Ver de Novo foi impulsionada pela reta final de 'O Rei do Gado'

Helena (Christiane Torloni) e Téo (Tony Ramos) em cena na novela 'Mulheres Apaixonadas', de Manoel Carlos - Renato Rocha Miranda/Globo
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São Paulo

Novela clássica de Manoel Carlos, "Mulheres Apaixonadas", de 2003, voltou ao Vale a Pena Ver de Novo nesta segunda-feira (29), com audiência digna de novela das sete --lembrando que a atual novela das sete, "Vai na Fé", encontra-se hoje com patamar de novela das nove, com índices acima de 25 pontos.

Falamos, é claro, do contexto de 2023, não de duas décadas atrás, quando o alcance à internet ainda era modesto e a Helena de Christiane Torloni se apresentava pela primeira vez na tela. Naquele tempo, um folhetim das nove na Globo alcançava mais de 40% do público e ultrapassava fácil a casa dos 50%. Agora, uma trama das 19h30 que supere 25% da nação já é considerada de grande êxito.

Segundo dados preliminares da medição de audiência da Kantar Ibope Media, "Mulheres Apaixonadas" chegou a 19 pontos de média de audiência com seu capítulo inicial, em sua segunda exibição no Vale a Pena Ver de Novo.

É um placar bem acima das estreias do horário nos últimos três anos, mas é preciso considerar que o relançamento da novela foi colado na reta final de "O Rei do Gado", novela de Benedito Ruy Barbosa de 1996, que bateu nos 20 pontos de média em São Paulo na sexta-feira (26).

A saga dos Mezenga e Berdinazzi termina na sexta (2). Só a partir da próxima segunda-feira (4) teremos uma noção mais exata dos méritos que cabem a "Mulheres Apaixonadas", sem o apoio do desfecho de outra novela de grande sucesso.

Neste ano, cada ponto de audiência na Grande São Paulo equivale a 206.674 telespectadores, segundo projeção da Kantar Ibope Media.

NA CONCORRÊNCIA

Se a Globo sofreu uma desidratação dos índices de audiência nas duas últimas décadas, o mesmo aconteceu com suas duas maiores concorrentes, Record e SBT. Nenhuma das duas emissoras, em 2º e 3º lugar, respectivamente, no ranking das mais vistas, registra atualmente dois dígitos de audiência, a não ser em casos excepcionais de jogos de futebol entre grandes times ou, no caso da Record, com o Domingo Espetacular, que não raro supera os 10 pontos, normalmente durante as reportagens de Roberto Cabrini.

O SBT, que chegou a superar 20 pontos nos tempos de "Éramos Seis" e da Casa dos Artistas, mal chega a 5 pontos em algum programa da grade diária. Já a Record fica normalmente abaixo de 8, superando os 7 só no Cidade Alerta.

Nas medições mais recentes das pesquisas de audiência que consideram o consumo de streaming nas residências, o YouTube já ocupa 15% de espaço entre todos os vídeos vistos dentro de casa, considerando todos os aparelhos disponíveis. É verdade que muita gente assiste a duas telas ao mesmo tempo, mantendo um olho na TV e outro na tela do celular, mas essa dispersão de atenção do telespectador não deixa de ser mais um fator de risco ao até bem pouco tempo inabalável reinado da TV aberta.

Zapping - Cristina Padiglione

Cristina Padiglione é jornalista e escreve sobre televisão. Cobre a área desde 1991, quando a TV paga ainda engatinhava. Passou pelas Redações dos jornais Folha da Tarde (1992-1995), Jornal da Tarde (1995-1997), Folha (1997-1999) e O Estado de S. Paulo (2000-2016). Também assina o blog Telepadi (telepadi.folha.com.br).

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