Aviso
Este conteúdo é para maiores de 18 anos. Se tem menos de 18 anos, é inapropriado para você. Clique aqui para continuar.

Zapping - Cristina Padiglione

Viva inaugura nova faixa de novelas em tributo aos 90 anos de Manoel Carlos

Canal abre homenagens com reprise de 'A Sucessora', folhetim clássico com Susana Vieira

Em 'A Sucessora', Susana Vieira era a jovem e inocente Marina Steen, criada em uma fazenda. Casa-se com Roberto Steen (Rubens de Falco). (Foto: Cedoc / TV Globo)
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Autor de tantas Helenas, Manoel Carlos completa 90 anos no próximo dia 14. A efeméride motiva o canal Viva a abrir mais um horário de novelas, só para celebrar o aniversário do autor que melhor retratou o Leblon e seus moradores.

Mas para inaugurar a faixa, o enredo dispensa Helena e Leblon, começando pela reprise de "A Sucessora", folhetim cuja protagonista se chama Marina, vivida por Susana Vieira.

Jovem inocente da decadente aristocracia rural fluminense (D. Pedro 2º havia pernoitado na fazenda de sua família), Marina foi criada em ambiente rural. E se apaixona por um galante hóspede de seus pais, o rico viúvo Roberto Stein, papel de Rubens de Falco, proprietário de uma aristocrática mansão na zona sul do Rio de Janeiro.

Os dois se casam. Marina, agora madame Stein, muda-se para a mansão carioca, onde deve ocupar a posição de senhora da casa. Mas logo descobre que não será uma tarefa fácil.

Além das dificuldades para se adaptar ao luxo dos Stein, Marina tem de conviver com a forte presença de Alice, a falecida esposa de Roberto. Apesar de morta, Alice continua a ser lembrada e cultuada pelos empregados da casa, a começar pela governanta, Juliana, personagem de Nathalia Timberg.

Apaixonada pelo patrão, Juliana não deixa que a falecida seja esquecida e cria um clima sombrio na casa. Idealizada por todos com quem convivera, a presença de Alice é reforçada por um retrato de corpo inteiro da falecida, pendurado na sala principal da mansão. Marina também sofre com as intrigas criadas por Juliana, e esse homônimo com a empregada de "O Primo Basílio", de Eça de Queiroz, uma peste, não é por acaso.

Baseada no romance homônimo de Carolina Nabuco, a novela é ambientada nos anos 1920 e tem estreia marcada para 27 de março, às 11h45. A direção-geral é de Herval Rossano, que já havia dirigido Falco em "A Escrava Isaura", onde ele era o pérfido Leôncio. A equipe de direção contava ainda com Gracindo Júnior e Sergio Mattar.

Maneco escreveu sua última novela, "Em Família", em 2014. Chegou a apresentar outros projetos para a Globo, mas não chegou a executar mais nenhum.

A última Helena foi Júlia Lemmertz, escolha que, para o autor, fecharia um ciclo desde "Baila Comigo" (1981), quando passou a batizar todas as protagonistas com esse nome, tendo a mãe de Júlia, Lilian Lemmertz, como intérprete da heroína.

Mocinha da história em "A Sucessora", Susana viveria mais tarde uma das melhores vilãs do autor, Branca Letícia, na novela "Por Amor" (1997), sempre alvo de boa audiência em todas as reprises.

Zapping - Cristina Padiglione

Cristina Padiglione é jornalista e escreve sobre televisão. Cobre a área desde 1991, quando a TV paga ainda engatinhava. Passou pelas Redações dos jornais Folha da Tarde (1992-1995), Jornal da Tarde (1995-1997), Folha (1997-1999) e O Estado de S. Paulo (2000-2016). Também assina o blog Telepadi (telepadi.folha.com.br).

Final do conteúdo
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem