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Cinema e Séries
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Amor, sexo, política: podcast Nós foca vários tipos de relacionamentos

Novo projeto tem apresentação de Sarah Oliveira e Roberta Martinelli

Apresentadoras do podcast Nós, Roberta Martinelli e Sarah Oliveira Foto: Nadja Kouchi

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São Paulo

Da amizade entre Roberta Martinelli, 39, e Sarah Oliveira, 42, nasceu o podcast Nós. A produção original Spotify, fala sobre os mais diversos relacionamentos e busca contar as histórias explorando os pontos de vista dos envolvidos.

A trilha de abertura é uma interpretação exclusiva da música “O Seu Olhar”, de Arnaldo Antunes e Paulo Tatit, feita pela cantora Mahmundi, 34. Para Sarah Oliveira, conhecida por sua passagem pela MTV e pelo Vídeo Show (Globo), a música casa perfeitamente com o intuito do programa.

“[O podcast] fala de várias perspectivas de uma história”, conta ela em entrevista por videochamada ao F5. “A letra [da música] fala ‘o seu olhar melhora o meu’, e eu sempre tive isso com a Roberta: o olhar dela sempre melhorou o meu. Eu penso que nessas histórias as pessoas mostram isso.”

O primeiro episódio do programa foi ao ar no dia 10 de maio, no Spotify. Intitulado “O Mundo é um Moinho”, ele convida o ouvinte a conhecer a história da relação de Reinaldo e Julia, que representam o amor entre um pai e uma filha.

A radialista e apresentadora do programa Cultura Livre (Cultura), Roberta Martinelli, diz que as histórias apresentadas no podcast são as mesmas que ela e Sarah Oliveira recebiam em seus programas anteriores, mas que sempre em segundo plano, já que o foco era a música.

Um desses programas foi o especial de Dia dos Namorados que as duas amigas fizeram juntas, no ano passado, na rádio Eldorado. “Nunca tínhamos apresentado nada juntas e quando acabou, falamos: ‘vamos fazer alguma coisa juntas?’”, conta Martinelli. Oliveira completa: “Eu falei para a Rô: 'vamos, já que todo mundo pede, mas não vamos fazer de música não!".

Para Oliveira, o projeto tem a cara das duas apresentadoras e não funcionaria da mesma forma se fossem outras pessoas: "Somos nós duas, a nossa amizade e as histórias que nos encontram e nos procuram, sobre nós e sobre todos. E sobre os nós que a vida traz.”

Os episódios são divididos em duas partes: na primeira, a história é contada pelos dois lados do relacionamento, já na segunda as apresentadoras refletem e conversam sobre os dois lados que elas ouviram.

“A Sarah entrevista um lado e eu entrevisto o outro. Não conversamos sobre, não ouvimos o outro lado, nem lemos. Quando chegamos no estúdio, não sabemos nada sobre o outro”, explica Martinelli. “Não podemos estragar a surpresa uma da outra”, completa Oliveira.

“Então chegamos no estúdio, colocamos o fone e escutamos a história do jeito que ela foi editada, então é a primeira vez que eu escuto o outro lado da história e a voz da outra pessoa, que é uma pessoa que eu meio que construí na minha cabeça”, diz Martinelli.

As comunicadoras contam que cada uma fica em um aquário do estúdio de edição e que essa segunda parte do “Nós” é um exercício de escuta. “Não julgamos nada, não existe esse verbo julgar. E também não somos ‘divã’, nem psicanalistas”, diz Oliveira, “somos duas comunicadoras e criamos esse formato para poder abrir diálogo.”

“A comunicação é muito sobre ouvir, e esse podcast tem isso, é um podcast de escuta”, completa Martinelli. “Eu e a Sarah estamos lá, mas refletindo sobre o que escutamos, muitas vezes ficamos sem palavras para descrever uma história.”

Além disso, por se tratar de relacionamentos, os episódios buscam trazer memórias afetivas e causar identificação do público, mesmo que a história não seja exatamente igual a do ouvinte. “A história do outro ecoa em você de alguma forma”, diz Oliveira.

“Do fundo do coração, nós temos um desejo de que as pessoas ouçam esse podcast com a mente aberta porque são histórias e vivências distintas. Cada um tem um raciocínio, uma família, um ambiente externo. Então tudo isso influencia a vivência”, reflete a apresentadora, que completa: "É um dos processos mais lindos que eu já vivi no audiovisual."

PODCAST E PANDEMIA

Oliveira comenta que durante a pandemia, mais pessoas começaram a consumir podcasts. Para ela, ouvir esse formato de programa é como “colocar o fone e sentir um lance que entra no ouvido e sai no coração. É um sussurro, um íntimo, e eu acho isso muito bonito e a Roberta também.”

Para os próximos episódios, Martinelli afirma que os ouvintes podem esperar “babado e confusão! Tem tudo o que é história”, completa. “Tem história de amor, de sexo, de desencontro, repressão sexual, luto, divergência política, tem de tudo.”

A dupla afirma que agora recebem ainda mais histórias do que antes. “Temos histórias para dez temporadas”, brinca Oliveira. “Pensamos no Spotify porque ele tem esse poder de alcance, por isso que está repercutindo tanto”, explica.

“Queríamos que fosse um original Spotify para poder democratizar e todo mundo poder ouvir de graça”, completa Oliveira. O programa é produzido pela Trovão Mídia e os episódios já estão disponíveis e vão ao ar toda segunda-feira.

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