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Celebridades
Descrição de chapéu The New York Times

Confira detalhes do musical que Alicia Keys prepara baseado em sua própria vida

Com 20 pessoas no elenco, terá o maior orçamento de qualquer espetáculo: 'É uma grande virada na minha trajetória'

A cantora Alicia Keys - AFP
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Michael Paulson
The New York Times

Por mais de dez anos, Alicia Keys vem desenvolvendo um musical inspirado em sua própria adolescência turbulenta, crescendo entre artistas em Nova York. Agora o musical, "Hell’s Kitchen" está quase pronto para ser visto. Vai estrear neste outono do hemisfério norte no Public Theater, a entidade sem fins lucrativos no centro de Nova York da qual vieram "Hamilton" e "A Chorus Line".

O musical será grandioso, segundo qualquer critério: tem 20 pessoas no elenco, o maior orçamento de qualquer espetáculo já montado pelo Public Theater e, é claro, com músicas de Alicia Keys, cantora pop e de R&B que já vendeu dezenas de milhões de álbuns. O show terá algumas das canções mais famosas de Keys, além de materiais novos que ela escreveu para o musical.

"Este musical é meu orgulho e minha alegria", ela disse em entrevista. "É uma grande virada na minha trajetória."

"Hell’s Kitchen" não acompanha com precisão os acontecimentos da vida da própria Alicia Keys, mas há paralelos evidentes. Ambientada na década de 1990, a história acontece ao longo de alguns meses na vida de uma garota de 17 anos chamada Ali que está sendo criada por sua mãe solo em Manhattan Plaza, um grande complexo habitacional cujos moradores são artistas cênicos. Há tensão familiar, sexo e descoberta musical. Como a própria Alicia Keys, Ali é transformada por sua paixão pelo piano.

Keys se envolveu profundamente no desenvolvimento do musical, e sua própria produtora possui os direitos comerciais de qualquer vida que o show possa vir a ter depois do Public Theater. "Nunca faço as coisas de longe", disse Keys. "Não há uma página, uma partitura, uma palavra, uma canção, uma melodia, nada que aconteça neste show sem que eu esteja completamente imersa nele e que eu garanta sua autenticidade."

O musical foi ideia de Keys, e em 2011 ela escolheu o dramaturgo Kristoffer Diaz ("The Elaborate Entrance of Chad Deity") para escrever seu libreto. Em 2018, os dois convidaram Michael Greif ("Rent") para juntar-se ao projeto como diretor, e então Greif o levou ao Public Theater.

"É sobre uma mulher jovem que testa limites", disse Greif. "É a história de uma série de colisões dela com pessoas muito importantes em sua vida quando ela tem 17 anos e de como essas colisões afetam a pessoa que ela se tornará futuramente."

As pré-estreias de "Hell’s Kitchen" estão previstas para começar em 24 de outubro, e o musical vai estrear em 19 de novembro. Uma atriz emergente chamada Maleah Joi Moon fará o papel de Ali; a mãe de Ali será representada por Shoshana Bean ("Wicked"), e seu pai, com quem ela não tem contato, por Brandon Victor Dixon ("Hamilton"). As coreografias são de Camille A. Brown.

O Public Theater já planeja encenar "Hamlet" neste verão, com direção de Kenny Leon e Ato Blankson-Wood no papel principal, em sua única produção do programa Free Shakespeare in the Park. Agora a peça será seguida por uma nova adaptação pelo Public Works de "A Tempestade", com canções de Benjamin Velez e direção de Laurie Woolery. O programa Public Works, que encena adaptações musicais de obras clássicas com alguns poucos atores profissionais e um grande elenco de artistas amadores de Nova York, nasceu em 2013 com uma adaptação diferente de "A Tempestade".

"The Tempest" será a produção final no Delacorte Theater, no Central Park, até 2025; o Public Theater está tentando decidir se e onde pode apresentar uma produção no verão de 2024, enquanto o Delacorte estiver sendo reformado.

Em outubro o Public Theater vai formar uma parceria com a NYU Skirball para apresentar três peças de Seán O’Casey em montagem da companhia de teatro irlandesa Druid.

A partir de novembro, em seu teatro no centro, o Public pretende encenar "Manahatta", uma peça que conecta a história indígena americana de Manhattan com a indústria financeira contemporânea, escrita por Mary Kathryn Nagle e com direção de Woolery. Em fevereiro será a vez de "The Ally", escrito por Itamar Moses e dirigido por Lila Neugebauer, com Josh Radnor no papel de um judeu ateu cujos engajamentos com a justiça social são complicados pela política do Oriente Médio.

Em março haverá "Sally & Tom", de Suzan-Lori Parks e direção de Steve H. Broadnax III, sobre uma companhia de teatro contemporânea que procura montar uma peça sobre Sally Hemings e Thomas Jefferson. E em abril será a vez de "Jordans", escrito por Ife Olujobi e dirigido por Whitney White, uma comédia sobre a negritude em um local de trabalho de grande maioria branca.

Uma coisa que a Public Theater não vai fazer é apresentar seu festival de trabalhos experimentais Under the Radar, antes realizado anualmente. "É uma decisão movida exclusivamente por considerações financeiras", disse o diretor artístico da companhia, Oskar Eustis. "Não quer dizer que a Public esteja abandonando seu relacionamento com artistas experimentais do centro. Mas vamos procurar uma nova maneira de incorporar isso."

Tradução de Clara Allain 

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