Celebridades

Jussie Smollett decide processar a cidade de Chicago por arruinar sua reputação

Ator chegou a ser preso por, supostamente, forjar ataque homofóbico

Jussie Smollett
Jussie Smollett - Nuccio DiNuzzo/AFP
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São Paulo

O ator conhecido pela série "Empire", Jussie Smollett, 37, está processando a cidade de Chicago após considerar que o prefeito e o chefe de polícia da cidade americana arruinaram a reputação dele.

As autoridades o acusaram de fingir ter sofrido um ataque racista e homofóbico em janeiro deste ano, o que o ator nega. Os advogados do ator afirmam que esses processos causaram "humilhação e extrema angústia" a Smollett, segundo reportagem da BBC. 

Na ação contra ele, a cidade pede o pagamento de US$ 130 mil (mais de R$ 500 mil) pelos custos e tempo perdido pela polícia na investigação do caso. 

A história envolvendo o ator é longa e complicada. Em janeiro deste ano, Smollett foi hospitalizado após, supostamente, ter sido vítima de um ataque homofóbico e racista. Um mês depois, ele foi acusado de ter forjado o ataque e chegou a ser preso. 

A polícia afirmou que ele teria pago dois irmãos para simular o ataque com a intenção de promover a sua carreira, porque ele estava insatisfeito com o seu salário. 

Depois de sua prisão, os produtores executivos de "Empire" chegaram a remover as cenas do personagem dele, Jamal Lyon, nos dois episódios finais da quinta temporada do drama.

Mas, em março, após uma audiência de emergência, todas as acusações contra Jussie Smollett foram retiradas. Seu advogado disse que seu registro foi apagado, descrevendo-o como uma "vítima que foi difamada e feita para aparecer como um criminoso".

O promotor Joe Magats acredita que o ator seja culpado, mas explicou que desistiu da ação contra ele porque Smollett pagou US$ 10 mil (cerca de R$ 42 mil) em fiança aos tribunais e prestou serviço comunitário. Ao mesmo tempo, a cidade de Chicago anunciou que estava processando o ator pelo dinheiro gasto na investigação do ataque.

Nos documentos apresentados nesta semana, Smollett classificou como "maliciosa" a ação da cidade de Chicago contra ele e, então, o ator acusou a cidade, a polícia e outros de causar "danos econômicos substanciais, além de danos à reputação, humilhação, angústia mental e extrema angústia emocional".

Um porta-voz do departamento jurídico de Chicago disse à agência Reuters que a cidade "mantém sua queixa original" e acrescentou: "Esperamos ser bem-sucedidos em derrotar essas reconvocações". 

ENTENDA O CASO

O ator Jussie Smollett, abertamente gay, relatou à polícia que em 29 de janeiro dois bandidos se aproximaram dele enquanto saia de um restaurante. De acordo com TMZ, ele tentou reagir ao ataque, mas acabou tendo a costela fraturada pelos agressores.

Mas, de acordo com a polícia, os irmãos Abimbola “Abel” e Olabinjo “Ola” Osundairo teriam sido contratados por Smollett. Eles são modelos e ambos atuaram como figurantes na série de TV e usam o mesmo ginásio que o ator de "Empire".

No dia 13 de fevereiro, Abimbola e  Olabinjo foram detidos para serem interrogados pela polícia de Chicago, mas foram libertados, dois dias depois, sem acusação, ao concordarem em "confessar a acusação" ou enfrentar acusações de agressão, segundo reportou o canal Fox 32 Chicago.

Ainda de acordo com o canal americano, os irmãos disseram a policiais que compraram a corda usada no pescoço de Smollett após o ataque. Eles entregaram a polícia o recibo da compra. 

Em entrevista ao Entertainment Weekly, os advogados do ator, Todd S. Pugh e Victor P. Henderson, disseram que  Smollett estava "irritado e abalado" após os investigadores de polícia afirmarem que ele teria orquestrado seu próprio ataque. 

Na noite do último sábado (16), Pugh e Henderson emitiram uma declaração, em nome de Smollett, minimizando a amizade do ator com os irmãos e insistindo que seu cliente é uma vítima de crime de ódio. "Jussie Smollett está furioso e abalado com relatos recentes de que os perpetradores são pessoas com quem ele está familiarizado."

No dia seguinte, Jussie Smollett afirmou ao jornal Daily Mail que não pagou aos irmãos nigerianos para atacá-lo quando deixava um restaurante em Chicago. 

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