Ex-Uber, Anderson Tomazini, o Xodó de 'O Outro Lado do Paraíso', diz que fase como motorista o enriqueceu
'Sou um cara simples que adora falar da vida', diz o ator
No ar como o intérprete de Xodó de "O Outro Lado do Paraíso", atual trama da faixa das 21 horas da Globo, Anderson Tomazini, que está em seu primeiro papel na TV, ainda não se considera famoso.
"Sou um cara simples que adora falar da vida. Tenho recebido mais carinho do que assédio, o Xodó é um personagem muito querido", diz em entrevista ao F5.
Antes de estrear na telinha, o brasiliense trabalhou como motorista de Uber por cinco meses. O intuito, afirma, era complementar a renda mensal e sustentar o sonho de ser ator.
"Tenho orgulho de toda a minha trajetória até aqui e a fase como Uber enriqueceu meu material humano de uma forma incrível. Essa experiência somou muito na minha minha formação como ator, que é constante."
Ao falar da fase como motorista do aplicativo de caronas, Tomazini garante não ter vergonha do passado antes de se tornar um dos galãs da nova safra de atores da emissora do Rio de Janeiro.
"Qualquer pessoa no mundo que sente vergonha de ter exercido qualquer trabalho honesto, pra mim, é desprovida de humildade."
O ator, aliás, rejeita o rótulo de bonitão da vez. "Não me considero um galã", diz o Mister Brasil 2015 —título que o fez mudar para as Filipinas, mesmo que por curto período, logo após ganhar a faixa.
"Fiquei um tempo trabalhando lá como modelo, mas o choque cultural foi muito grande. A saudade do meu filho, que ficou no Brasil, também gritou forte e me fez voltar logo." Caio mora com a mãe, em Brasília, cidade onde também vive a família de Tomazini.
"Ele é tudo pra mim, morro de saudades sempre. Minha mãe traz ele para me visitar quando pode e mantemos contato pelas ligações de vídeos, quase todos os dias. Acho lindo quando a mãe dele me manda vídeos dele assistindo TV e apontando o dedinho pro papai. Quando a novela acabar, vou correndo para os braços do meu pequeno."
XODÓ EM BOA FASE
Na trama de Walcyr Carrasco, o garimpeiro Xodó acaba de se casar com Cléo (Giovana Cordeiro), neta da vidente Mercedes (Fernanda Montenegro), que trabalhava como prostituta.
Xodó pagou as dívidas da amada e a tirou do bordel de Caetana (Laura Cardos) para se casar. Por amor, Tomazini garante que seria capaz de fazer o mesmo na vida real. "Amor é maior que tudo nessa vida."
Na reta final da trama —que estreou em outubro de 2017— Tomazini, que se diz "supersticioso por natureza", mantém o mesmo ritual de usar meias de linho na cor chumbo sempre que está em cena.
"No primeiro dia de gravação me deram uma meia. Era de linho e cor chumbo. Estava muito nervoso, mas no fim deu tudo certo. Quando o diretor cortou a cena, olhei para meus pés e a meia estava toda suada. Na hora de devolver para o camareiro, disse a ele: 'Essa é minha meia da sorte'. Ele também era supersticioso e comprou a ideia, e desde então ele só me manda meias deste tipo. Acho que deu certo", diz, rindo.
Tomazini também é religioso. "Tive uma criação voltada para o cristianismo e sempre gostei de usar um terço no pescoço. Gosto tanto que usei ele como objeto de cena no casamento do Xodó e da Cléo —com a autorização do diretor, é claro."
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