Renato Kramer

'Vale a pena ver várias vezes', brinca Caco Ciocler sobre reprise de 'O Rei do Gado'

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O "Vídeo Show" (Globo) desta segunda-feira (12) levou ao ar algumas matérias da época em que "O Rei do Gado" (Benedito Ruy Barbosa) foi lançada em 1996, e depoimentos atuais de alguns atores que participaram da novela que voltou a ser exibida no "Vale a Pena Ver de Novo" (Globo).

Não fosse pela bela história, só pelo elenco já vale a pena parar em frente à telinha: o saudoso Raul Cortez, Eva Wilma, Tarcísio Meira, Antônio Fagundes, Patrícia Pillar, Glória Pires, Vera Fischer e Walderez de Barros são alguns nomes de peso da trama.

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E não é a primeira vez que esse sucesso volta ao cartaz. Em 1999 já esteve neste mesmo "Vale a Pena Ver de Novo" e em 2009 foi reapresentada no Canal Viva. A saga dos Bezenga X Berdinazzi percorreu mais de 30 países.

Na época, Renata Ceribelli acompanhou as primeiras gravações da novela e conversou com alguns atores. Letícia Spiller confidenciou que, para criar a sua Giovanna Berdinazzi conviveu com as boias frias no cafezal que lhe ensinaram a lida. Marcello Antony confessou que aprendeu a andar a cavalo para fazer a sua estreia na TV com o seu Bruno Berdinazzi.

Outros atores também fizeram a sua estreia na telinha em "O Rei do Gado": Lavínia Vlasak (Lia), Emílio Orciollo Netto (Giuseppe), Mariana Lima (Liliana) e Caco Ciocler (Jeremias Berdinazzi jovem), atualmente vivendo o jornalista Paulo em "Boogie Oogie".

Crédito: Joel Silva - 2.jun.1996/Folhapress O ator Antonio Fagundes descansa durante intervalo das gravações da novela "O Rei do Gado"
O ator Antonio Fagundes descansa durante intervalo das gravações da novela "O Rei do Gado"

Caco, que ganhou o Prêmio APCA como revelação masculina com esse trabalho, explicou no "Video Show", a repórter Bia Feres, como foi estrear em um papel tão importante numa novela que marcou tanto. "Foi incrível porque eu estava num momento muito especial da minha vida", declarou o ator.

"Minha ex-mulher estava grávida do meu filho, eu fazia engenharia química, minha vida tava uma confusão e esse convite veio na semana que eu soube que ia ser pai, então esse convite na verdade serviu para eu resolver minha vida: vou realmente largar a engenharia, vou ser ator, vou sair de casa e constituir uma família. A lembrança que eu tenho dessa época é que para mim tinha que dar certo, não era só um convite qualquer, era o início de uma carreira nova que ia resolver a minha vida!", confidencia Ciocler.

O ator comenta sobre o trabalho e o processo. "O Luiz Fernando Carvalho é um diretor muito especial, é um diretor que gosta muito do ator, ele acredita no processo de ensaio. Ficamos dois meses nos preparando para fazer sete capítulos, que era a primeira fase da novela. Tivemos aula para andar à cavalo e eu tinha que cavalgar fingindo quer não tinha medo. Eu estava morrendo de medo!", lembra Caco.

Ciocler lembra também de um detalhe importante: "Você vê que eu tinha o olho azul, né?", observa o ator mostrando para a repórter uma foto do personagem. "Eu estava estreando e recebia muitas cartas de fãs, dizendo: gente, que olhos azuis são esses? E eu pensava, e quando eu tiver que tirar essa lente?".

Sobre como surgiu o convite para fazer a novela, Caco confessa não se lembrar direito: "Parece que alguém da novela assistiu o espetáculo que eu fazia e me chamou para fazer um teste. Ei fiz o teste para outro personagem, mas então eu pedi para fazer o teste para o Jeremias. Aí eu vi que o olho do Luiz Fernando brilhou e eu peguei o personagem". Na segunda fase foi brilhantemente interpretado por Raul Cortez.

"Imperdível. Vale a pena ver várias vezes!", complementa Caco Ciocler sobre "O Rei do Gado" que reestreou ontem no "Vale a Pena Ver de Novo" (Globo). E vale mesmo.

Renato Kramer

Natural de Porto Alegre, Renato Kramer formou-se em Estudos Sociais pela PUC/RS. Começou a fazer teatro ainda no sul. Em São Paulo, formou-se como ator na Escola de Arte Dramática (USP). Escreveu, dirigiu e atuou em diversos espetáculos teatrais. Já assinou a coluna "Antena", na "Contigo!", e fez críticas teatrais para o "Jornal da Tarde" e para a rádio Eldorado AM. Na Folha, colaborou com a "Ilustrada" antes de se tornar colunista do site "F5"

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