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Regina Gonçalves relata fuga de suposto cárcere privado: 'Consegui escapar em um descuido dele'

Socialite e familiares acusam motorista de mantê-la presa em seu apartamento durante meses

A socialite Regina Gonçalves em seu apartamento no edifício Chopin - Ana Cora Lima - 26.abr.2024/Folhapress
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São Paulo e Rio de Janeiro

Finalmente de volta ao seu apartamento no Edifício Chopin, nesta sexta-feira (26), a socialite Regina Gonçalves relatou ao F5 como escapou de seu motorista, José Marcos Chaves Ribeiro, a quem acusa de mantê-la em cárcere privado.

Acompanhada de familiares e amigos em sua casa, Regina conversou com a reportagem e disse que, daqui em diante, só quer ter uma vida tranquila. Ela também negou ter tido um relacionamento amoroso com Marcos e o acusa de roubar joias e contas bancárias.

Regina afirma ter fugido de sua casa no dia 2 de janeiro, após passar um ano e meio confinada e constantemente vigiada por Marcos. Ela teria ido um táxi para a casa do irmão, também em Copacabana, onde passou os últimos meses "se recuperando dos traumas".

"Consegui escapar em um descuido dele. Levantei, apanhei minha bolsa e saí pela porta dos fundos. Ele quis vir atrás, mas eu andei mais depressa que ele, pedi um táxi na esquina da [rua] Fernando Mendes e pedi ao taxista que não abrisse a porta para ele", explicou Regina.

Ela também negou que tinha um relacionamento com Marcos. "Ele nunca foi meu marido, era um chofer. Sou viúva do grande empresário Nestor Gonçalves", diz.

Regina conta que contratou Marcos em 2011 por indicação de conhecidos em Minas Gerais, sua terra natal. "Eu tinha receio de contratar qualquer chofer aqui no Rio de Janeiro", conta.

Ela acusa o motorista de ter limpado sua poupança no banco e roubado joias e obras de arte. A reportagem viu quatro cofres abertos e esvaziados no apartamento.

"Achei que ele era de confiança, mas um dia ele gritou comigo. Depois comecei a ver que ele não era uma pessoa de confiança. Ele já havia pego muitas coisas. Pegou 30 anos de poupança que juntei no banco. Me deixou a zero. Fiquei muito triste, mas entrego para Deus", disse.

"Levou joias, levou pedras preciosas que meu marido havia trazido da Europa, eram alexandritas. Muito lindas, eu tinha um carinho enorme. Ele pegou de dentro do meu cofre", relata.

A socialite nega, no entanto, que teria sofrido agressão física de Marcos. "Bater ele não se atreveria, porque eu sou de uma família de muita tradição em Minas Gerais. Ele não ousaria me bater. Mas ele tentou causar acidentes, deixou cair coisas na minha cabeça", diz. "Tinha receio que ele se excedesse porque nunca fui tratada assim".

"Daqui em diante só espero ter uma vida tranquila", concluiu a socialite.

Nesta sexta-feira (26), a desembargadora Valeria Dacheux, da Câmara de Direito Privado, ordenou que Regina voltasse a viver com Marcos, que é seu tutor legal. Ela afirmou ao sobrinho que "prefere morrer" a "voltar a morar com aquele facínora".

A reportagem tentou contato com José Marcos Chaves Ribeiro várias vezes no decorrer da semana, mas ele não atendeu às ligações.

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