Renato Kramer

'2013 foi o pior ano da minha vida', afirma a roqueira Pitty

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Já era madrugada de segunda-feira (11) quando a roqueira Pitty ficou "De Frente Com Gabi" (SBT).

"Você passou recentemente por questões de vida e morte muito marcantes...", foi como introduziu Marília Gabriela o assunto sobre o qual a cantora não dá muitos esclarecimentos. "2013 foi um ano muito atípico. Um ano em que aconteceram mortes reais que são mortes metafóricas também", declarou Pitty.

Relembre 5 filmes marcantes da carreira de Robin Williams
Após separação, Klebber Toledo é fotografado abatido em praia
Globo corta cenas quentes entre Zé Alfredo e Isis em 'Império'

E acrescentou: "Muita coisa mudou, muitas relações se encerraram, coisas físicas com o meu próprio corpo... eu tive que fazer alguma coisa com isso e a saída foi escrever. E entender que todo o fim é um começo. É um clichê, mas é verdade. Você tem duas opções: ou você fica amargo e deprimido ou você pega isso e usa como trampolim. Eu preferi escrever", concluiu a roqueira.

E é sobre as suas mais recentes composições, que integram o disco "Setevidas", de cuja canção homônima Gabi se confessa apaixonada —cantando o refrão à capela antes mesmo de começar a entrevista, que a cantora prefere discorrer.

"O sete me ronda desde muito nova. Eu já nasci no dia sete do ano de 1977. E esse sempre foi o meu número da sorte, mesmo que eu não seja uma pessoa tão mística, mas ele sempre esteve por perto", confidencia Pitty.

"Aí, quando rolou a música (Setevidas) e ainda tinha a questão das sete vidas do gato, eu falei: meu Deus, é muito sete! Preciso deixar isso passar! Aí, acabou virando a temática do disco", conta a roqueira que foi até pesquisar todo o contexto histórico do número 7 desde o começo das civilizações.

Crédito: Adriano Vizoni/Folhapress A cantora Pitty
A cantora Pitty

"Como é que você foi parar no 'rockão'?", perguntou Gabi. "Na adolescência, quando tava tentando me encontrar, me deparei com o rock. Encontrei uma fita com músicas do Raul Seixas no bar do meu pai e as coisas foram acontecendo", relata Pitty. "Aquela música me comunicava, me representava. Tinha um discurso muito forte e me mostrou que era possível fazer isso em português também", comenta a compositora.

"Pra ser um bom roqueiro você tem que carregar uma rebeldia?", questionou Gabi. "Não sei, mas eu carrego", retrucou Pitty, "e sempre vou carregar, porque eu acho que isso faz parte... Querer quebrar estereótipos, questionar coisas, não simplesmente se conformar com o que nos é imposto, com o que tem que ser. O que é que tem que ser? Não tem que ser nada, tem que ser o que você quiser", declarou a roqueira cujo primeiro disco foi o de sua "ídola" Rita Lee, a quem muito reverencia.

Muito contrariada com a notícia leviana veiculada há algum tempo de que ela seria uma das dez mulheres mais ricas e bem sucedidas do país, a cantora confessa: "Eu queria muito que isso fosse verdade!". "Bem sucedida você é", observa Marília Gabriela. "Bem sucedida sim, porque amo o que faço e é isso que é ser bem sucedido, não é?", argumentou a roqueira baiana que já tem 4 milhões de seguidores no Twitter.

Renato Kramer

Natural de Porto Alegre, Renato Kramer formou-se em Estudos Sociais pela PUC/RS. Começou a fazer teatro ainda no sul. Em São Paulo, formou-se como ator na Escola de Arte Dramática (USP). Escreveu, dirigiu e atuou em diversos espetáculos teatrais. Já assinou a coluna "Antena", na "Contigo!", e fez críticas teatrais para o "Jornal da Tarde" e para a rádio Eldorado AM. Na Folha, colaborou com a "Ilustrada" antes de se tornar colunista do site "F5"

Final do conteúdo
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem

Últimas Notícias