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Caso de ganhador da loteria que foi encontrado morto sob concreto ganha novos detalhes

História de Abraham Lee Shakespeare, de 2010, voltou a viralizar nas redes sociais

Abraham Lee Shakespeare
Abraham Lee Shakespeare ganhou US$ 30 milhões em 2006 - Abraham Lee Shakespeare/Facebook
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São Paulo

A história trágica de Abraham Lee Shakespeare, que ganhou US$ 30 milhões (cerca de R$ 150 milhões) na loteria norte-americana em 2006, voltou a ser notícia nesta quinta-feira (27). Uma reportagem do jornal The Mirror apresentou mais detalhes do crime contra Shakespeare, que foi assassinado por uma consultora financeira quatro anos depois e enterrado sob concreto por ela em um jardim.

Conforme apurado pelo The Mirror, Shakespeare era um assistente de motorista de caminhão e vivia com a mãe quando foi premiado na Flórida, Estados Unidos. Logo em seguida, ele manteve sua alma generosa, mas passou a desconfiar de amigos que ficavam na porta de sua casa. "Ele realmente não entendeu nada da situação e pensava que todas as pessoas eram amigas dele, mas percebeu que só queriam se aproveitar", narra Samuel Jones, que era amigo dele.

Um ano depois, Shakespeare conheceu Dorice Donegam Moore, chamada de DeeDee, que se aproximou dizendo que gostaria de escrever um livro sobre a vida dele. A amizade foi crescendo e ela se tornou uma consultora financeira pessoal, no mesmo período em que o magnata comprou uma casa nova, avaliada em US$ 655 mil.

Aos poucos, DeeDee começou a agir nos bastidores, e chegou a fazer um saque de US$ 1 milhão, de acordo com investigadores. Ela alega que Shakespeare lhe deu o dinheiro de presente, que foi usado na compra de dois carros e um caminhão. O xerife do condado de Polk, Graddy Judd, responsável pelo caso, chamou ela de "artista da enganação". "DeeDee Moore enganou Abraham Shakespeare por seu dinheiro, e isso possivelmente custou a vida dele", completou Judd, ao The Mirror.

Shakespeare foi visto, pela última vez, em abril de 2009 e familiares suspeitaram que ele estaria aproveitando a fortuna em uma praia. Para fingir que ele seguia vivo, investigadores contam que DeeDee usava o celular da vítima para mandar mensagens de texto, como se fosse ele, a amigos e parentes. Ela também teria pagado US$ 5 mil dólares a um parente de Shakespeare para entregar um cartão de aniversário à mãe dele, em nome do ricaço.

O corpo de Shakespeare foi encontrado no ano seguinte sob concreto no jardim de uma casa que tinha pertencido a DeeDee, no passado. Um ex-marido dela ajudou a investigação e confessou que usou uma máquina de escavação para fazer um buraco no jardim. Ele, no entanto, não fazia ideia de que havia um corpo ali.

Por fim, em 2012, um júri considerou DeeDee culpada por assassinato em primeiro grau, com pena de prisão perpétua, sem a possibilidade de liberdade condicional. A história ainda tem um detalhe curioso: a própria condenada fez uma campanha para que vencedores da loteria tivessem a identidade protegida por, pelo menos, seis meses após retirar o prêmio. O projeto foi aprovado em 2022.

DeeDee segue presa em Ocala, na Flórida, nos Estados Unidos.

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