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Torcedor acusado de perseguir e ofender Gilberto Gil no Qatar será investigado pela Polícia Federal

Identificado pelas redes sociais, Ranier Felipe dos Santos Lemache vai ser intimado a depor nos próximos dias

Em foto colorida, techo de um vídeo de um homem com a camisa do Brasil perseguindo um homem de camisa azul
Brasileiros atacaram Gilberto e Flora Gil na estreia do Brasil na Copa do Mundo do Qatar - Reprodução/Twitter
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Rio de Janeiro

Três meses depois de ter sido hostilizado por um grupo de brasileiros na estreia da seleção na Copa do Mundo do Qatar, Gilberto Gil recebeu a notícia que a Polícia Federal abriu inquérito para apurar os possíveis crimes cometidos por Ranier Felipe dos Santos Lemache. O empresário, acusado de provocar e agredir com ofensas verbais o cantor, 80, e sua esposa, a empresária Flora Gil, 62, vai ser intimado a depor nos próximos dias.

Identificado pelas redes sociais, Ranier, 43, será investigado pelos crimes de discriminação contra pessoa idosa, exibição ou veiculação de informações ou imagens depreciativas ou injuriosas de idoso. Ainda de acordo com o site G1, existe a possibilidade de ser incluído também o delito de injúria com base em elementos de raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência. A intimação é a primeira providência do inquérito aberto na última quinta-feira (23) para apurar o caso.

Sócio de diversas filiais das redes Domino’s Pizza e Spoleto espalhadas pela cidade e pelo estado do Rio de Janeiro, ele vive nos Estados Unidos. Nas imagens divulgadas na época, Ranier aparece vestindo a camisa amarela da seleção com o nome de "Papito Rani" escrito nas costas. Em determinado momento, o empresário grita "Vamos Bolsonaro" e "Você ajudou o Brasil para c...". No vídeo, ainda é possível ouvir: "Vamos, Lei Rouanet" e, ao final, uma voz se sobressai xingando Gil: "obrigado, filho da...".


Após a repercussão do vídeo e identificado por usuários do Twitter, Lemache chegou a fazeruma publicação assumindo as provocações ao cantor por posições contrárias, mas negou ser o responsável direto pelas ofensas ao casal, aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O empresário era apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro.

"Gostaria de me solidarizar com o Sr. Gilberto Gil e sua família em virtude da ofensa que a ele fora proferida, uma vez que eu também não gostaria de ouvi-la. No entanto, estão veiculando a minha imagem essa ofensa o que não é verdade. Inobstante a minha divergência aos ideais políticos do Sr. Gilberto Gil, reitero o mais absoluto respeito que tenho ao nobre artista, porém, deixo claro novamente que a ofensa/xingamento não foi por mim proferido", escreveu o acusado.

Gilberto Gil também se pronunciou através de um vídeo publicado em uma rede social no qual agradeceu o apoio que recebeu após os ataques, os quais classificou como uma "coisa estúpida". "Os inconformados querendo manter essa coisa do ódio, da agressividade", disse no final de novembro.

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