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BBB24
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BBB do Vaquer

BBB 24: Globo exagera com merchans e edição de TV aberta vira cosplay do Shoptime

Atração usa quase 15 minutos de seus conteúdos para expor marcas na edição de terça (30) e cansa telespectador

Tadeu Schmidt na casa do BBB 24: programa ainda não soube equilibrar ações de merchandising com conteúdo na TV aberta - Manoella Mello - 5.jan.2023/Glob
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Aracaju

Segundo o dicionário, cosplay é uma abreviação de palavra em inglês costume play, e nada mais é que uma atividade em que os participantes usam fantasias e acessórios para representar um personagem específico. Essa palavra também caiu na gíria da internet quando se quer dizer que algo foi copiado, mas não foi muito bem feito.

O termo é perfeito para definir a sensação do público em relação a edição de TV aberta do BBB 24, da Globo. Prestes a completar um mês no ar, o reality comandado por Tadeu Schmidt ainda não soube equilibrar suas entregas comerciais com o conteúdo apresentado.

O BBB 24 que vai ao ar na TV aberta parece ainda acontecer apenas para entregar os compromissos publicitários do programa.

Não foram poucas as vezes em que a edição não soube ou não mostrou acontecimentos da casa. Quem só vê na TV aberta não sabe, por exemplo, como começou a fixação de Wanessa Camargo em Davi Brito.

O programa lembra o Shoptime, o antigo canal de TV dedicado exclusivamente para vendas de varejo, mas sem assumir isso diretamente. Nada contra os anunciantes, claro. Eles pagam a conta do programa. Mas a prioridade não parece ser o conteúdo.

Já notando essa situação há algumas semanas e incomodado com o notável exagero de publicidade na edição da última terça (30), que marcou a eliminação de Lucas Luigi, decidi monitorar a quantidade de minutos dedicados a entregas comerciais do reality.

Ao todo, o BBB 24 teve duração 1 hora, 11 minutos e 8 segundos na terça (30), sem contar os quatro intervalos comerciais que foram exibidos. Entre publicidade, QR codes na tela, testemunhais e exposição de marca na tela, foram 14 minutos e 41 segundos com alguma publicidade no vídeo.

De fato, no frigir dos ovos, não parece tanto tempo. Mas o problema é que justamente a falta de equilíbrio. Entre o minuto 20 e o minuto 40:21, o BBB 24 fez três grandes ações com Estácio, Oi e Chevrolet.

Somadas, elas duraram 9 minutos e 35 segundos. E ainda teve um intervalo nesse período, o que causou exaustão ao assistir.

O curto quadro de humor de Luís Miranda foi o mais diretamente afetado. Com duração total de 3 minutos e 50 segundos, o ator precisou usar 71 segundos para encenar uma ação publicitária. Com conteúdo já questionado, esse tempo exagerado prejudicou ainda mais seu desempenho no programa.

Sempre bom lembrar: estamos falando aqui de um produto de uma emissora comercial. Mas não tem telespectador que aguente ficar ligado até perto de meia-noite com ação de publicidade atrás da outra. Isso prejudica a Globo futuramente e as próprias marcas.

A emissora precisa encontrar o equilíbrio. Ou mudar o nome do BBB para Shoptime.

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